Tudo fluindo na chegada ao Lollapalooza! Tiramos nossas credenciais bem tranquilo, e fomos para a pista!
Recebidos por Ratier mandando uma sonzera e a primeira impressão do palco já foi a melhor possível! O Perry’s Stage by Johnnie Walker além de lindo era todo asfaltado então nós já sabíamos que mesmo chovendo ali não teríamos problema com lama!
Mila Journée não tava aí que eram 4 da tarde e desceu a lenha!
Logo entrou o Classmatic, que foi capa da House Mag e mandou um set classudo passando pelo Tech House e Minimal Deep/Tech.
Começaram as atrações internacionais e Kittin entregou tudo antes de MK.
E fomos dar um bizu pelo festival. Quem pegou Lounge Pass foi bem servido, com open budweiser, espaço confortável com visão de todo o festival e afters exclusivos (nesse dia comandado pelo Ratier)
Voltando pra pista, a chuva já dava uma bela atrapalhada no clima do set do Diplo, que ainda estava concorrendo com Blink-182. Arregaçando as mangas pra esse desafio, seu set teve de tudo um pouco, desde hits da sua carreira, remixes de clássicos e claro, muito funk brasileiro; Até o MC Lan deu as caras no set dele pra cantar “Rave de Favela” que fez o baile na pista.
Finalizando esse dia bora pro sábado!
Chegamos na hora do tio Gabe, que já tinha a pista um pouco mais cheia no seu horário em comparação com sexta-feita. Seu set foi completo, não tendo só músicas que marcaram sua própria carreira como “Enjoy The Silence”” que arrancou emoções, mas também reinterpretações de classicos do MPB que vieram muito a calhar, como o remix de “chove chuva” e “Trem das Onze”. O set foi bem enérgico e ele terminou muito aplaudido por quem esteve presente!
Groove Delight veio com um sonoridade mais agressiva e estridente, aqui da pra perceber também uma caracteristica do palco eletrônico que rolou em quase todos os momentos:
A pista não estava cheia, estava bem transitável e em praticamente qualquer momento que você chegasse, dava pra alcançar o front sem muita dificuldade.
Em seguida o set do Loud Luxury foi bem EDMzado, assim como performam em outros grandes festivais, fizeram aqui também, subindo na mesa, interagindo muito com o público no microfone e assim vai, com a diferença que por aqui teve muita música BR no set (uma caracteristica de quase todos os gringos que tocaram é tentar de alguma maneira valorizar a nossa cultura)
Timmy Trumpet já é um pouco mais acostumado e muito bem recebido pelo público brasileiro, ele já é treinado em controlar as multidões e tem uma das maiores presenças de palco da atualidade. Com todo esse currículo ele elevou os bpm’s la em cima, agora, um dos pontos mais altos do set foi quando tocou a track do Camacho em um edit com o clássico do Detonautas, e que a galera cantou e curtiu muito!
E o palco finalizou com a atmosfera emocionante do Above & Beyond. E nós fomos descansar porque ninguém é de ferro né?
E domingo embora não tivessem tantas atrações eletrônicas programadas foi bem surpreendente e já vamos contar o porquê:
Assim que chegamos ao palco Perry’s, encontramos a pista mais cheia do que em nenhum outro dia (incluindo durante shows de atrações internacionais). Não teve aquela passagem lisa até o front que tínhamos acostumado nos dois primeiros dias e adivinha quem iria subir ao palco?!
MC LIVINHO!
Pra alguns, estava no lugar errado e o palco eletrônico não é mais tão eletrônico assim, para outros, funk também é música eletrônica e tá tudo certo!
O público preencheu toda a pista, que ao fim do espetáculo se dissipou na entrada de J. Worra.
Set ruim? Jamais!
Cumpriu muito bem a missão de trazer a pista de volta a house music com um Tech House enérgico para aquecer a pista e se dedicou, como uma verdadeira DJ que se importou com o público presente e não na quantidade de pessoas que tinham a sua frente.
Dombresky entrou e como segundo DJ teve mais liberdade de pesar a mão e aquecer ainda mais a galera. Logo em seguida ZHU mandou em sequência os hits mais aguardados, e não economizou nos live vocals.
A questão é que ambos estavam competindo com uma atração muito esperada: Sam Smith
Nós estavamos por lá e fomos impactados com quanto a sua mensagem tem a ver com a música eletrônica.
No seu show ele fala sobre liberdade, principalmente de dançar, se jogar em meio a música e deixar o corpo fluir mesmo tendo “estranhos” ao seu redor. No meio desse show, performou dois de seus feats com Calvin Harris, performou I Feel Love, um clássico de Donna Summer, que não deixou ninguém parado, a pista se soltou mesmo!
Já no ultimo show do palco eletrônico, quem comandou a pista foi Meduza, um show muito aguardado e que não deixou a desejar! O artista compartilhou com o público sua admiração pelo Ayrton Senna e soltou Piece Of Your Heart em homenagem ao ícone brasileiro. O show foi intenso e o plot twist do final, maior ainda.
O som não parou no horário marcado e MC Lan foi convidado pela segunda vez por um DJ do festival a fechar. A galera veio junto! A internet não gostou, mas por fim quem manda é a pista, que na hora cantou, gritou e fez até coreografia junto com o funkeiro.
Talvez o Lolla 2024 tenha nos mostrado o verdadeiro significado de: Se não pode com eles, junte-se a eles!
Vendo tantos artistas incorporando diferentes gêneros em seus shows, fica difícil achar um caminho para a continuidade e expansão da música eletrônica que não seja fazendo o que nosso estilo sempre fez de melhor, SE MISTURAR.
Servir como um guarda-chuva que envolve todos os outros estilos, que as pessoas vindas de qualquer lugar, possam ter um momento de liberdade, de dançar, sentir a música e as batidas (independente se elas são 4×4 ou tem um ritmo mais quebrado), sem preconceitos, como nasceu pra ser.
Essa foi a nossa experiência e o que sentimos por lá, agora conta nos comentários:
Pra você como foi viver o Lollapalooza 2024 e qual sua perspectiva sobre todo esse cenário?
Por redação
