Para não perder: Sam Sparacio vem ao Brasil e traz volumosa bagagem artística

Por Valente

Foto de abertura: divulgação

Sam Sparacio é o tipo de artista que você quer conhecer, se realmente gosta de música eletrônica. Do México à China, o artista tocou em diversos países e precisou testar suas habilidades com públicos variados. Em sua jornada, teve residência no Café del Mar em Phuket (Tailândia), no Only Ibiza (Espanha) e atualmente é residente no Mia Tulum by Selina (México). 

Foto: divulgação

O currículo do Sam fala por si só, mas se você quer mais motivos para conhecê-lo, saiba que ele possui maestria absoluta para conduzir sua experiência com a música. Nascido na Alemanha e criado no sul da Itália, Sam teve suas primeiras experiências com discotecagem aos 12 anos. Já aos 17, trabalhou com grandes marcas locais e logo conquistou seu espaço na cena eletrônica italiana.

Em sua primeira passagem pelo Brasil, Sam Sparacio conta sobre seus planos aqui e um pouco da sua formação pessoal e profissional: 

HM – Sam, é um prazer conversar com você e ser o primeiro no Brasil a contar sua história. Eu acredito no seu trabalho, mas há muitas pessoas que estão prestes a conhecer Sam Sparacio. A primeira impressão é o que fica, então o que você quer que as pessoas pensem quando ouvirem falar de você?  

Meu objetivo final é inspirar e mover as pessoas através do poder da música. Quando estou atrás dos decks, sinto que posso transportar o público para um mundo diferente e levá-lo a uma jornada que eles nunca esquecerão. 

Para mim, ser DJ não é apenas um trabalho, mas um modo de vida, que permite a mim me expressar e me conectar com pessoas de todo o mundo que compartilham do mesmo amor que sinto pela música. Eu prospero com o poder e a energia que a música carrega, acredito que é o que me define como artista e é isso que eu quero que as pessoas sintam com o meu trabalho.

HM – Toda vez que você aperta o play, aqueles que realmente entendem de música percebem que leva tempo para performar como você. O que você diria para um DJ iniciante que quer chegar a esse nível com a discotecagem?

Quando aperto o play, a magia começa. É como se eu entrasse em um estado de espírito em que me perco na música. Meu conselho para quem está começando como DJ é ser você mesmo, curtir a música e seguir as vibrações. A prática consistente é fundamental, especialmente no início.

Você também deve estudar diferentes gêneros musicais e trabalhar no desenvolvimento de um estilo individual que o diferencie de outros DJs. Lembre-se de ser único, deixe sua personalidade brilhar através de sua música, não tenha medo de arriscar e nem de experimentar coisas novas.

HM – No momento você está crescendo muito como DJ e quanto mais ocupada é sua agenda, mais cheia fica sua conta bancária. Mas, no passado, você tinha que ser como “uma pessoa normal que precisa equilibrar uma vida normal com um hobby”. Quando você decidiu ser DJ e quanto tempo levou para alcançar a vida que você sempre sonhou?

Acredito que meu destino já estava escrito ainda jovem, quando comecei a ser DJ com alguns dos meus melhores amigos aos 12 anos. Desde então, o caminho foi repleto de dificuldades e, apesar de ter caído várias vezes, nunca desisti. Por anos, trabalhei em outros empregos durante o dia para ser DJ à noite. 

No entanto, percebi que investir 100% do meu foco e energia em ser artista era uma necessidade e não apenas uma prioridade. Sustentar-se apenas da música não é fácil, mas para mim, não havia outra escolha. Atualmente, já passei mais da metade da minha vida vivendo apenas através da música.

HM – Você viajou para muitos países e conheceu muitas culturas. A conquista de ser um DJ em diferentes partes do mundo lhe dá uma pontuação mais alta, comparado com DJs que tocam apenas em seus países de origem. Qual é a “carta na manga” que um artista como você tem?

Ler a pista, entender seu ritmo e adaptar seu estilo e sua seleção para criar uma experiência única e memorável para cada público. Sinta a energia e siga a multidão. O mais importante para mim é a conexão com as pessoas. Quando isso acontece… é mágico!

Foto: divulgação

HM – Junto com AnVetta, sua parceira e namorada ucraniana, você dirige a Gasoline Records. Que outros selos vocês lideram e o que tem sido feito para desenvolvê-los?

Pela primeira vez na minha vida experimentei ter uma DJ como namorada, e devo dizer que tem sido incrível compartilhar minha música e paixão de vida com alguém que entende, diariamente, a intensidade que há por trás dos decks. Sinto-me abençoado por tê-la na minha vida. 

Trabalhamos em muitos projetos juntos nos últimos anos, antes mesmo de nos tornarmos oficialmente um casal. Nós fizemos turnês juntos em países como China, Ucrânia, Holanda, Alemanha, Espanha, Indonésia, e muitos outros. Além da Gasoline Records, gerenciamos uma festa da marca chamada Artistika Tulum.

A Artistika nasceu como um programa de rádio no centro da cidade e se tornou uma festa de vitrine que desenvolvemos em todo o México desde 2021. Agora estamos planejando levá-la ao redor do mundo: em breve estaremos desembarcando no Peru e talvez até no Brasil. Depois disso, estaremos em turnê na Europa no final do verão e na Ásia ao final do ano.

HM – Obrigado, Sam, por compartilhar sua história conosco! Estamos ansiosos por sua vinda ao Brasil. Para finalizar nossa conversa, conte-nos: o que você espera do Brasil?

Quem me conhece bem sabe que o Brasil e seu Carnaval sempre foram um sonho para mim: a energia, o amor pela música e os sorrisos – tudo isso ressoa comigo. Então nem preciso dizer que já sou apaixonado pelo seu país. Estou extremamente animado para me apresentar para o público brasileiro e muito feliz pela oportunidade que a H3 Sound – minha agência de bookings no Brasil – está construindo comigo.

A cena musical no Brasil é conhecida por sua diversidade e vibração, e mal posso esperar para me conectar com outros DJs e amantes da música por lá. Também espero colaborar com artistas e músicos locais para criar algo verdadeiramente especial.

Além disso, estou ansioso para mergulhar na cultura brasileira, explorar suas cidades, experimentar a culinária local e talvez até aprender um pouco de português. Acredito que conhecer o país e seu povo vai me ajudar a me tornar um artista e uma pessoa melhor no geral. Em resumo, estou ansioso por uma experiência inesquecível no Brasil e espero deixar uma impressão duradoura com minhas músicas e performances.

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