Em 2023, inúmeros festivais sofreram com as condições climáticas adversas que vem se intensificando cada vez mais. No Brasil, The Town, show do The Weekend, Tomorrowland Brasil sofreram com a chuva, e no show de Taylor Swift chegou ao extremo: a morte de uma jovem fã devido ao calor absurdo que fazia no Rio de Janeiro. O Burning Man, festival que acontece no meio do deserto, foi surpreendido com a maior tempestade já registrada no local. No último mês, o Ultra Miami precisou cancelar um dos dias do evento enquanto ele ocorria devido a chuva.
O problema do clima no mundo é uma questão muito séria, pois influencia nossa vida de forma direta. 2023 foi o ano mais quente já registrado na história e 2024 já dá sinais que não será diferente. Esse problema não parece ter solução em curto prazo, visto que é resultado da ação humana desde muitos anos. Segundo o site Agência Brasil, em 2023 a concentação de CO2 na atmosfera subiu para o nível mais alto já notificado. Atingidindo 419 partes por milhão.
Eventos ao ar livre estão sujeitos a condições climáticas imprevisíveis, e as mudanças climáticas estão aumentando a frequência e a intensidade de eventos climáticos extremos, como tempestades, ondas de calor, chuvas intensas e ventos fortes. Esses acontecimentos podem resultar em cancelamentos de última hora, interrupções durante os eventos e até mesmo riscos à segurança dos participantes.
Em relação ao fenômeno do aquecimento global, o aumento das temperaturas globais pode tornar os festivais ao ar livre menos confortáveis para os participantes, especialmente durante os meses mais quentes. E já que o inverno está chegando, é melhor preparar os looks para a época! Segundo a metereologista Nadiara Pereira, o inverno deste ano será marcado por fortes frentes frias devido ao resfriamento do oceano causado pelo fenômeno La Niña.
Também não podemos tirar a responsabilidade de nós amantes da música eletrônica. Os festivais com telões gigantes, megaestruturas e até clubs influenciam também o clima no mundo, já parou para pensar nisso?
Festivais de música eletrônica muitas vezes requerem uma grande quantidade de energia para alimentar sistemas de som, iluminação, telas LED e outros equipamentos de produção. Com o aumento das temperaturas globais, a demanda por energia elétrica pode aumentar ainda mais devido ao uso intensivo de ar-condicionado e sistemas de resfriamento para manter os participantes confortáveis. Isso aumenta a pegada de carbono do evento e contribui para as mudanças climáticas.
Além disso, eventos com milhares de pessoas podem gerar grandes quantidades de resíduos, incluindo plásticos descartáveis, garrafas de bebidas, equipamentos eletrônicos obsoletos e outros materiais. A maioria desses resíduos acaba em aterros sanitários ou no meio ambiente, contribuindo para a poluição e os impactos negativos na biodiversidade.
Diante desses desafios, os organizadores de festivais estão cada vez mais conscientes da necessidade de adotar práticas sustentáveis e resilientes às mudanças climáticas. Isso inclui medidas como a redução do uso de plásticos descartáveis, a implementação de fontes de energia renovável, a gestão eficiente dos recursos hídricos, o apoio à agricultura local e orgânica, e a educação e sensibilização dos participantes sobre questões ambientais. Em resumo, as mudanças climáticas representam desafios significativos para os festivais de música eletrônica, mas também oferecem oportunidades para inovação, liderança e ação coletiva.
Por redação