ludmilla e ivete sangalo

O que as turnês canceladas de Ludmilla e Ivete Sangalo tem a ver com o mercado de música eletrônica? Confira!

Esta semana, o mundo da música esteve movimentado quando Ludmilla e Ivete Sangalo anunciaram que suas turnês marcadas até ano que vem precisariam ser canceladas. A empresa que estava na gestão de ambas era a 30e.

Ambas turnês seriam apresentações de grande porte em estádios, como as duas cantoras estão acostumadas a fazer, e celebrariam os 30 anos de carreira de Ivete e os 10 de Ludmilla.

As duas artistas se pronunciaram na quarta feira, 15, e alegaram que o motivo do cancelamento foi falta de organização, logística e que a produtora 30e não poderia cumprir com o que havia sido acordado em contrato. 

Por outro lado, a empresa se posicionou alegando que a turnê ‘’A Festa’’ de Ivete Sangalo estava com baixa demanda do público e por isso propuseram uma readequação de estrutura. Em relação à turnê ‘’Ludmilla In The House’’ não houve negociação antes do cancelamento da artista.

Esta mesma produtora está habituada a fazer grandes produções como Paul McCartney, Roger Waters e também eventos importantes da música eletrônica como Rüfus Du Sol, Swedish House Mafia e Eric Prydz.

O show de Prydz, HOLO, foi este ano e gerou polêmicas em relação ao custo dos ingressos, e trouxemos uma reflexão na época. 

Por que o preço dos ingressos está tão elevado? Qual foi o motivo da baixa demanda para a turnê de Ivete Sangalo?

Os ingressos dos shows da cantora baiana variavam entre R$100,00 e R$700,00.

Sabemos que após a pandemia o custo de diversos setores está ainda elevado. Passagens aéreas, hotéis, estrutura para os shows como palco, bares, iluminação, som. Alguns produtores de eventos, tanto de pequeno quanto de grande porte, alegam que os cachês dos artistas também aumentou e tudo isso eleva o que se investe para entregar um evento de primeira linha para o público. Alguns riders também têm pedidos específicos que aumentam os gastos. Sendo assim, dependendo da adesão do público as vendas não conseguem acompanhar o custo.

Porém, o que não está fechando a conta é que todo esse aumento de tudo que faz a estrutura girar estoura no público. Dessa forma, os ingressos estão mais caros, as passagens aéreas para viajar e ver seus artistas favoritos que na maioria das vezes estão no Rio de Janeiro ou São Paulo, também estão mais caras. O custo com bebida, alimentação e hospedagem também está mais caro. 

Isso certamente afasta o público dos eventos. Estamos vivendo uma época de crescimento do setor de grandes eventos no Brasil, o que faz ter muitos shows em datas próximas e obriga as pessoas a escolherem qual será o show que vão curtir. É natural. 

Uma matéria no G1 publicada 13/05 aponta que economistas projetam aumento da inflação para 2024 e 2025, ou seja, os custos permanecerão altos por um tempo ainda. 

Neste momento é necessário traçar estratégias. 

– Eventos com menos duração; 

– Investir em artistas locais e que estão buscando seu espaço;

– Shows em locais menores com estruturas menos megalomaníacas.

Podem ser algumas soluções para ajudar tanto o público quanto os produtores de eventos.

Por Adriano Canestri

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