entrevista com schutzer

Em constante evolução, Schutzer comenta lançamento de ‘’Somos Um’’ e projeta sequência de seu projeto: ‘’é essencial acompanhar as inovações’’

Uma das maiores alegrias de um produtor musical é poder experimentar em seu processo criativo, quando há a oportunidade de fazê-lo com um colega melhor ainda. Schutzer é um desses artistas que está sempre em busca do novo, mas mantendo sua identidade sonora.

Na última semana, ele lançou sua segunda colaboração com DVoid. Em ‘’Somos Um’’, o vocal marcante de suas tracks esteve presente e a vibe dançante também. É uma mistura entre o afro house e a música brasileira que já foi provado dar super certo.

O artista de 25 anos coleciona suportes como Tiësto e Lost Frequencies e lançamentos por Spinnin Records e Sony Music. Para conhecê-lo melhor, trocamos um papo com ele abordando diferentes ângulos de sua carreira. Confira!

1- “Somos Um” marca mais um passo na sua trajetória, e agora você trouxe a fusão do afro house com vocais brasileiros. Como você trabalhou para encontrar o equilíbrio entre essas influências culturais e garantir que cada elemento brilhasse na faixa?

R: Em ‘Somos Um,’ minha intenção foi unir o afro house com elementos inovadores e os vocais brasileiros de forma harmoniosa. Trabalhei para respeitar as raízes de cada estilo, encontrando o equilíbrio ideal por meio de muita experimentação e atenção aos detalhes. O resultado é uma faixa onde cada elemento tem seu destaque, criando uma experiência musical que flui de maneira orgânica e envolvente.

2- A colaboração com o DVoid trouxe uma camada autêntica para a música. Quais foram os principais desafios e aprendizados desse processo colaborativo, e como a sinergia entre vocês influenciou o resultado final?

R: Trabalhar com o DVoid sempre traz uma sinergia incrível. Já tivemos uma experiência muito positiva em nossa colaboração anterior na track ‘Dimensão,’ onde tudo fluiu de forma rápida e natural, e o mesmo aconteceu com ‘Somos Um.’ Um dos principais desafios foi garantir que nossas visões artísticas se complementassem sem perder a essência de cada um. Aprendemos muito ao explorar novos sons e ideias juntos, e essa troca constante foi fundamental para o resultado final. 

3- Você mencionou que “Somos Um” reflete a beleza das conexões temporárias, mas intensas. Como essa visão se alinha com as suas próprias experiências pessoais e artísticas?

R: ‘Somos Um’ nasce de minhas experiências pessoais e artísticas, onde percebi que as conexões mais intensas muitas vezes são aquelas que, embora temporárias, deixam marcas profundas. Na minha trajetória, tanto na vida quanto na música, encontrei momentos de conexão que, apesar de breves, tiveram um impacto duradouro. Essa música reflete essa dualidade: a beleza e a intensidade do momento presente, sabendo que ele é passageiro, mas ainda assim, vale a pena aproveitá-lo ao máximo.

4- Sua carreira já conta com suportes de grandes nomes da música eletrônica mundial. Como esses reconhecimentos impactam a sua abordagem na produção musical e nas suas decisões de carreira?

R: Receber suporte de grandes nomes da música eletrônica mundial é muito gratificante e me dá confiança para explorar novas sonoridades com autenticidade. Esses reconhecimentos me motivam a continuar inovando e a tomar decisões de carreira que reflitam minha visão de longo prazo, tanto na produção musical quanto no apoio a novos talentos.

5- Quais técnicas e ferramentas você considera essenciais para alcançar uma riqueza sonora, e como você as utiliza para transmitir a sua identidade nas suas criações?

R: Para alcançar uma sonoridade rica e envolvente, costumo criar layers de timbres que me agradam e utilizar técnicas detalhadas de design de som. Além disso, sempre tento colocar sintetizadores e plugins inovadores. Essas abordagens me permitem criar texturas únicas e refinar minha identidade musical, assegurando que cada faixa possua um caráter distinto, sem comprometer sua essência.

6- A música eletrônica tem um público vasto e diverso, e a cena está sempre se renovando. Como você enxerga a evolução desse mercado, especialmente no Brasil, e o que você acredita que é necessário para manter a relevância no cenário atual?

R: A música eletrônica está sempre evoluindo, e no Brasil, o mercado está crescendo com novas tendências. Para mim, para manter a relevância, é essencial acompanhar as inovações, experimentar novos estilos e entender o que ressoa com o público. A chave é equilibrar inovação com autenticidade e manter uma abordagem criativa e adaptável.

7- Com a criação da sua própria gravadora e o lançamento de “Somos Um”, quais são os próximos passos que podemos esperar na sua carreira? Existe algum projeto ou colaboração em desenvolvimento que você possa compartilhar?

R: Estou muito empolgado com os próximos passos na minha carreira. Além do lançamento de ‘Somos Um,’ estou trabalhando em novas músicas que exploram diversos estilos. Até o final do ano, planejamos lançar mais três faixas. Também estou aberto a ouvir e colaborar com novos artistas de diferentes gêneros, com o objetivo de lançar músicas promissoras e apoiar talentos emergentes. Estou ansioso para compartilhar essas novidades e continuar expandindo minha gravadora, AEONWAVE Records.

Por Adriano Canestri

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