Com Deep Dish, D-EDGE SP será palco para parte viva e gloriosa da história da música eletrônica

NAVE deste sábado ainda traz Adnan Sharif B2B Breno Mos, Ratier B2B Junior_C, Carol Favero, Brisotti, Trallez, Fell Reis, Sheldon, Mau Maioli e Dan C

Neste sábado, tem atração especialíssima pintando no D-EDGE SP. Formado por Sharam e Dubfire, o lendário duo Deep Dish é a grande atração da NAVE deste 25 de janeiro, em noite que ainda conta com Adnan Sharif B2B Breno Mos, Ratier B2B Junior_C, Carol Favero, Brisotti, Trallez, Fell Reis, Sheldon, Mau Maioli e Dan C.

Formada em 1992 pelos DJs e produtores de origem iraniana Ali “Dubfire” Shirazinia e Sharam Tayebi, a dupla Deep Dish emergiu de Washington D.C., capital dos Estados Unidos, para se tornar um dos nomes mais influentes da música eletrônica mundial. Com um som que transita entre house, techno, jazz e soul, os dois conquistaram críticos, DJs e públicos ao redor do globo com suas produções, remixes e sets inesquecíveis.

Misturando progressive house com rock e pop, o duo fez bastante sucesso nos anos 1990, mas foi nos 2000, a partir de hits como “Flashdance”, “Dreams” e “Say Hello”, que alcançou  o estrelato internacional — algo até então inusitado para DJs. 

Venceram um Grammy em 2002, remixaram artistas como Pet Shop Boys, Michael Jackson e Madonna (para quem também abriram um show), assinaram trilhas para desfiles de moda, partiram em turnês épicas com shows sold-out e começaram a ganhar um espaço midiático que também não era comum a produtores. Naturalmente, foram influência para vários dos big names que viriam a estourar alguns anos depois com a febre da EDM, como David Guetta, Swedish House Mafia e Calvin Harris.

A revolução de “Junk Science”

Lançado em 1998, o álbum “Junk Science” foi o grande marco da carreira da dupla. Nele, o Deep Dish misturou influências de deep house, techno de Chicago e texturas melódicas com uma sofisticação até então rara no gênero. Faixas como “The Future Of The Future (Stay Gold)”, com vocais de Tracey Thorn, e “Stranded” se tornaram clássicos imediatos, transcendendo as pistas de dança para ganhar espaço no pop europeu e em estações de rádio. O álbum não apenas se destacou como um dos melhores do ano, mas redefiniu as possibilidades da música eletrônica.

Mestres do remix

O sucesso de “Junk Science” impulsionou o duo ao status de produtores e remixers requisitados. Entre suas colaborações icônicas estão remixes para artistas como Beth Orton, Gabrielle e Carl Craig. No entanto, o remix para “Hideaway”, de De’Lacy, lançado em 1995, se destacou como um marco inicial, conectando-os com a efervescente cena deep house da época.

Um legado de selos e compilações

Fundada em 1994, a label Yoshitoshi Records é outra peça essencial no legado da dupla. Criado inicialmente como uma extensão do selo Deep Dish Records, o projeto serviu como plataforma para novos artistas e experimentações musicais. Faixas como “Rise”, de Eddie Amador, e “The Baguio Track”, de Luzon, tornaram a Yoshitoshi em sinônimo de qualidade. Compilações como “Yoshiesque” apresentaram um panorama das influências sonoras da dupla, misturando house, techno, garage e até drum’n’bass.

Turnês e residências

Como DJs, Ali e Sharam levaram a experiência Deep Dish para as pistas de cidades como Nova Iorque, Londres, Ibiza e São Francisco. Seus sets combinam uma diversidade estilística que reflete sua filosofia: boa música é boa música, independentemente do gênero.

Durante os anos 2000, foram residentes em clubes lendários como Twilo (Nova Iorque) e The End (Londres), além de integrarem eventos da Renaissance e criarem momentos históricos em Ibiza.

Encontros e desencontros

Depois de uma estrada de quase 15 anos de muito sucesso, parceria e pioneirismo, mas também brigas, o ciclo do Deep Dish chegava ao fim. Mais maduros, Dubfire e Sharam começaram a ter suas preferências artísticas cada vez mais acentuadas, e optaram por seguir caminhos diferentes, com suas respectivas carreiras solo. 

Ainda assim, eventualmente se reencontram para novos shows e singles pontuais, o que mantém o projeto vivo e atuante. 

No sábado, o D-EDGE será palco, portanto, para uma parte viva e gloriosa da história da música eletrônica.

Por assessoria

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