Carla Elektra, Faceless, FCOST e Richard Marty: Histórias Inspiradoras de Artistas da Beatplay que Trilham a Cena Eletrônica

Fomos conhecer de perto desafios, estratégias, dificuldades da carreira de quatro artistas e descobrir como seguir em frente com qualidade.

Qual o momento que “vira a chave” na carreira de um(a) artista? Certamente cada indivíduo tem sua história e sua experiência, assim como nas dificuldades e ações tomadas.

Para destrinchar o assunto entrevistamos quatro artistas que tem crescido junto com a beatplay bookings, que facilitou a conversa com Carla Elektra, Faceless, Fcost e Richard Marty. Aqui eles compartilham suas jornadas pessoais, destacam desafios, conquistas e as atitudes que marcaram suas carreiras. Suas histórias ilustram como, através de um olhar profissional, é possível transformar desafios em oportunidades, atingindo novos patamares no cenário da dance music. Cada um deles traz uma perspectiva única sobre o papel da agência em suas trajetórias e como o suporte recebido foi crucial para superar obstáculos e alcançar reconhecimento.

Para descobrir mais sobre estes e outros assuntos Nazen Carneiro bateu um papo com os artistas e você confere com exclusividade aqui, na coluna tudobeats, publicada com exclusividade pela revista de música eletrônica do Brasil, a House Mag!

House Mag: Qual a sua história pessoal que poderia inspirar outros artistas?

Carla Elektra: Minha jornada artística começou cedo, com a decisão corajosa de me mudar para São Paulo aos 18 anos para seguir meus sonhos na música. Lá, encontrei uma comunidade vibrante de músicos e DJs que se tornaram meus amigos e mentores. Aprendi e cresci ao lado de artistas renomados, o que moldou meu estilo e visão musical.

Minha dedicação a construir uma rede sólida de contatos me permitiu tocar em eventos pelo Brasil e pelo mundo, mostrando que o sucesso vem de parcerias e apoio mútuo. Minha história demonstra que seguir seus sonhos com determinação e valorizar conexões pode transformar desafios em conquistas e inspirar outros a seguir seu próprio caminho na arte.

House Mag: Qual foi a maior dificuldade da sua carreira?

Carla Elektra: Acredito que não só para mim, como para muitos, a pandemia foi um grande susto na carreira. Quando tudo parou e nós DJs, não podíamos tocar em eventos com público presencial, nos impossibilitando de ter nossa principal fonte de receita. O isolamento social impactou profundamente a cena musical e os clubes, deixando um vazio que ainda estamos tentando preencher.

Durante esse período desafiador, tive que me reinventar e voltei a trabalhar como hostess no mesmo local onde antes era DJ. Foi um retrocesso inesperado, mas consegui me adaptar para manter o sustento enquanto a indústria se ajustava à nova realidade. Esse período me ensinou a resiliência e a importância de diversificar habilidades, além de me preparar melhor para enfrentar futuros desafios.

House Mag: Como superou isso?

Carla Elektra: Para superar esse desafio, busquei me cercar de pessoas com objetivos e energias semelhantes. Juntei-me a coletivos que apoiavam mulheres, DJs e produtores, o que me proporcionou uma rede de suporte essencial. Também comecei a fazer Lives para continuar compartilhando minha arte e levar alegria às pessoas, mesmo à distância.
Em 2021, ainda durante a pandemia, enquanto trabalhava em Trancoso, conheci o Anderson Noise, meu companheiro até hoje. O apoio e o amor que encontramos um no outro tiveram um impacto profundo, oferecendo-me forças para enfrentar aquele período difícil. Essas conexões e o suporte emocional foram fundamentais para minha recuperação e evolução como artista.

House Mag: Quando foi que sua carreira deu aquela virada de chave?

Carla Elektra: A virada de chave na minha carreira aconteceu quando comecei a receber convites para tocar fora do país. Esse foi o momento em que percebi que poderia unir minha paixão por viagens com minha profissão de DJ. Investi em tours nacionais e internacionais, como minha viagem para São Jorge e a Europa, onde tive a oportunidade de conhecer lugares e pessoas incríveis enquanto tocava.

Além disso, o lançamento da minha primeira track, “Feel Good,” foi um marco importante. Esse projeto me permitiu investir na minha marca pessoal, lançar um videoclipe e revelar um novo lado da minha identidade artística, consolidando minha presença no cenário musical.

House Mag: Qual foi o papel da estratégia e planejamento nesse processo?

Carla Elektra: A Beatplay desempenhou um papel fundamental nesse processo, especialmente no que diz respeito ao marketing pessoal e ao investimento no crescimento dos artistas. Eu já conhecia o trabalho da Jamila através de nossa colaboração em coletivos de DJs e estava impressionada com o rápido crescimento da agência. Decidi me unir à Beatplay para aproveitar essa dinâmica e colaborar no desenvolvimento mútuo e nossa parceria tem sido crucial para impulsionar minha carreira, fornecendo o suporte e os recursos necessários para alcançar novos patamares e expandir minha presença no cenário musical.

House Mag: Qual a sua história pessoal que poderia inspirar outros artistas?

Faceless: Sou natural de Ribeirão Preto-sp, mas morava em Palmas-TO, mas no final de 2023 eu me mudei para São Paulo só para me dedicar na música, larguei tudo para trás e “apostei” All in nisso, entrei de cabeça. Cheguei aqui sem saber nada e em questao de um mês eu já estava tocando para o público. Semanas depois me vi na final do Contest do Vintage Culture, e quando percebi já estava toando em clubs em São Paulo. 

Estou com menos de um ano de carreira e já tive a oportunidade de tocar em Ibiza em um beach club, recebendo convites para tocar em uma rádio local e até mesmo para voltar no próximo verão. Quando cheguei em São Paulo tive muito medo, medo de nao dar certo, medo de nao conseguir, medo de muita coisa. Passei perrengues no inicio, mas nunca pensei em desistir. Ë normal ter medo das coisas novas, principalmente quando estamos sozinhos e em um mundo novo, porque isso tudo para mim era novo. Sempre fui em festas, clubs, festivais e afins, mas nunca fui da musica. Então tudo era novidade, tudo mesmo. Isso ajudou muito também, porque qualquer coisa, por menor que fosse, eu curtia muito. Acho que isso é algo muito importante também, curtir o processo, no seu tempo. 

Mas o principal, acho que quando colocamos na cabeça que queremos algo e estamos dispostos a nos dedicar, fazer a nossa parte, correr atras, as coisas acontecem. Podem nao ser no tempo que você gostaria, mas acontecem.

House Mag: Qual foi a maior dificuldade da sua carreira?

Faceless: Acho que a mesma dificuldade de quem esta começando em qualquer área, mas uma coisa que pesou também é que nao conhecia praticamente ninguém em São Paulo, mas com o tempo isso melhorou. No inicio estava meio perdido, mas o que me ajudou muito foi ter a orientação de pessoas que já eram da música.  Uma outra coisa também foi me adaptar ao estilo de vida e principalmente ao ritmo da cidade. O ritmo de São Paulo é bem diferente do que eu estava acostumado.

House Mag: Como superou isso?

Faceless: Tive, como ainda tenho, a sorte de ter excelentes profissionais a minha volta, então isso me ajudou muito. Mas procurei conhecer novas pessoas, novos sons, conhecer os clubs da cidade, investi em networking, em marketing e etc. O fato de você sair, colocar a cara a tapa, ajuda muito a você fazer contatos, fazer as pessoas te conhecerem e principalmente, conhecer e entender a cena eletrônica.

House Mag: Quando foi que sua carreira deu aquela virada de chave?

Faceless: Acho que depois de Ibiza, pois muitas oportunidades apareceram. Recebi um convite para tocar em uma rádio local de lá, coisa que antes seria bem difícil, pois as pessoas de lá não conheciam meu trabalho. O bom é que isso fez com que outras pessoas passassem a me conhecer, tanto lá em Ibiza quanto aqui no Brasil. 

House Mag: Qual foi o papel da estratégia e planejamento nesse processo?

Faceless: A Beatplay é muito importante e fundamental para minha carreira. Lembro que logo que entrei nós sentamos e conversamos para alinhar o projeto de Ibiza. Com o esforço e dedicação de todos, eles e lá e eu de cá, conseguimos tirar do papel o projeto e realizar um sonho, Faceless em Ibiza.  A vibe deles é muito foda, vibe acolhedora, de família mesmo. E isso é muito importante.

House Mag: Qual a sua história pessoal que poderia inspirar outros artistas?

Fcost: Desde os 9 anos de idade, a música é a força que move minha vida. Com o apoio dos meus pais, comecei a me destacar em grandes eventos regionais, o que reforçou minha paixão. Ao mergulhar na produção musical e receber o suporte de grandes DJs, continuo evoluindo e aprimorando meu trabalho. Para quem está trilhando o mesmo caminho, minha mensagem é, siga sua paixão com determinação. Veja os desafios como oportunidades para crescer e mantenha-se fiel à sua visão. A jornada pode ser difícil, mas a perseverança transforma sonhos em realidade.

House Mag: Qual foi a maior dificuldade da sua carreira?

Fcost: A maior dificuldade da minha carreira foi começar com poucos recursos, e enfrentar o desânimo por um certo período, sem saber para qual caminho seguir. Cheguei a dar uma pausa e quase desisti, mas a música sempre tocava profundamente em mim. Percebi que meu amor por ela era inabalável, então voltei com mais força e determinação, transformando os desafios em combustível para seguir em frente.

House Mag: Como superou isso?

Fcost: Para superar essa fase difícil, me reconectei com minha paixão pela música e foquei em aprimorar minhas habilidades. Parei de me comparar com os outros e deixei de me preocupar com rótulos e reconhecimento imediato. Além disso, a terapia tem sido uma grande aliada, ajudando a transformar o desânimo em determinação. Essa abordagem me deu a força necessária para seguir em frente com uma nova perspectiva e energia.

House Mag: Quando foi que sua carreira deu aquela virada de chave?

Fcost: Minha carreira deu uma grande virada quando deixei de seguir o que todos estavam fazendo e passei a focar no que realmente estava no meu coração. Ao parar de me comparar com os outros e investir no meu próprio desenvolvimento, encontrei uma nova motivação e clareza. Além disso, a terapia me ajudou a transformar desafios em força e renovou minha determinação. Como resultado, meu próximo lançamento está a caminho pela Endless, em colaboração com o Volyri.

House Mag: Qual foi o papel da estratégia e planejamento nesse processo?

Fcost: A Beatplay tem sido essencial no meu processo de crescimento. Toda a equipe estão me oferecendo suporte estratégico e oportunidades valiosas, ajudando a conectar com outros profissionais da indústria e expandir meu alcance. Com o apoio contínuo da Beatplay, posso focar ainda mais em aprimorar minha música e explorar novas possibilidades criativas. Essa parceria está sendo fundamental para o meu desenvolvimento e para transformar desafios em sucessos.

House Mag: Qual a sua história pessoal que poderia inspirar outros artistas?

Richard Marty: Faz quase 2 anos que sou Dj. Até o início desse ano eu não me via crescendo dentro do cenário nacional, pelo menos tão rápido. Apesar de eu estar focado, sabia que o mercado é disputadíssimo e que, para ganhar relevância, precisaria de tempo e constância – algo que, confesso, estava um pouco desanimado. Até o dia que ganhei um contest a nível nacional e me apresentei em Uberlândia, ao lado de Vintage Culture, Doozie e Brisotti. Após esse dia, as coisas começaram a acontecer para mim. No meio desse ano toquei no Cretya Ubud (um club em Bali, na Indonésia), na Vibe (Curitiba), Asbtratto (São Paulo) e ainda nesse mês irei me apresentar no Rio de Janeiro e lançar minha primeira track, pela gravadora Alphabeat. Do que eu retiro de tudo isso é: não desista dos seus sonhos, quando você menos esperar, tudo pode acontecer.

House Mag: Qual foi a maior dificuldade da sua carreira?

Richard Marty: Maior dificuldade é se manter firme, produzindo músicas e conteúdos interessantes e lidar com o fato de que, cada vez mais, preciso me profissionalizar. Conquistei várias coisas legais? Sim. Mas preciso me manter ativo, me fazer ser lembrado para chegar em objetivos maiores. E para isso é necessário muito estudo, organização e escolher as pessoas certas para estar ao seu lado

House Mag: Como superou isso?

Richard Marty: Comprei cursos sobre redes sociais, fui atrás de pessoas especializadas em marketing e comecei duas mentorias sobre desenvolvimento de carreira e produção musical. Sinto que hoje estou mais preparado para o mercado, mas sei que preciso melhorar.

House Mag: Quando foi que sua carreira deu aquela virada de chave?

Richard Marty: Certamente foi quando ganhei o contest e me apresentei em Uberlândia, ao lado de Vintage Culture, Doozie e Brisotti. Além de conhecer pessoas maravilhosas, ganhei muito reconhecimento depois desse dia. Isso me ajudou a alcançar novas conquistas e me deu a garantia que eu estava no caminho certo

House Mag: Qual foi o papel da estratégia e planejamento nesse processo?

Richard Marty: A Beatplay está comigo desde antes desse evento em Uberlândia. Então me viu crescer de perto e teve papel fundamental nessas conquistas. Com todo o suporte da agência eu pude me profissionalizar e ficar mais competitivo para o mercado, que, como eu disse, é concorridíssimo. O suporte da agência é diário e isso é muito legal. Me sinto acolhido por todos e sou muito feliz fazendo parte desse time. Dedico as minhas conquistas à Beatplay.

Por Nazen Carneiro

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