Ao olhar para o seu excepcional 2024, Viot percebe que foi um ano no qual diversas oportunidades foram criadas por meio do seu trabalho, planejamento e dedicação. Aproveitar cada uma delas foi uma meta do DJ e produtor que finalizou o ano com uma super colaboração, “Anthem”, com Vintage Culture, e a confirmação como anfitrião da primeira edição da ANTS no país, sendo o único brasileiro no line up, dia 25 de janeiro, no Laroc Club.
O DJ e produtor também lançou sua gravadora com Brisotti, Casa Bonita Records; estreou no Ushüaia na festa ANTS e se apresentou no Hï Ibiza, em Ibiza; Tomorrowland Brasil; releases pela Solid Grooves, Higher Ground, e tracks virais como “Blitz (Você Não Soube Me Amar)” e “Chove Chuva”, que comprovam a sua pluralidade sonora, reforçando seu lado A e lado B em um mesmo projeto sem perder a sua identidade; além de uma agenda de apresentações que o levou para turnês pelo Brasil e pelo mundo.
Se em 365 dias Viot conquistou todo esse espaço, imagina o que vem em 2025, com uma carreira solo cada vez mais consolidada e admirada pelos fãs e por grandes medalhões da música eletrônica que têm dado suporte para o brasileiro, entre eles, Marco Carola, Jamie Jones, Locodice e Carlita. Todo esse reconhecimento cria uma pressão a mais ou estimula nessa caminhada? Conversamos com exclusividade com o artista!
Ouça “Anthem”, lançamento do Viot com Vintage Culture, lançado pelo projeto “Vintage Culture & Friends” na última sexta-feira, 13, enquanto lê essa entrevista
HM – 2024 pode ser considerado um grande ano na sua carreira. Você teve uma agenda de gigs dentro e fora do país agitada. O que você considera a maior conquista profissional deste ano e por quê?
2024 foi um ano de virada na minha carreira. Fico muito feliz com tudo que aconteceu, todo o carinho e todas as oportunidades que surgiram. E minha maior conquista este ano foi ter tocado na ANTS, o primeiro grande núcleo que acompanho em Ibiza. Já vi vários outros artistas tocando e poder tocar lá foi muito foda. Inclusive, poder tocar na primeira edição da ANTS no Brasil é muito importante pra mim. Estou animado!
HM – Como foi o planejamento da sua carreira em 2024? Você considera que conseguiu cumprir todas as metas? Como todo esse planejamento realizado em 2024 vai impactar na sua carreira em 2025?
Minha carreira é planejada, mas sempre vai mudando um pouquinho aqui e ali. Tem algumas coisas maiores que a gente vai correndo atrás e outras que a gente conseguiu cumprir, e está dando um retorno muito ‘da hora’, com um número maior de pessoas conhecendo o meu trabalho. Estou muito feliz e, praticamente, todas as metas foram cumpridas, e as que não foram, estamos correndo atrás.
HM – É incrível perceber que em um ano você demonstrou uma capacidade criativa com lançamentos com características muito individuais umas das outras. Recentemente, lançou “Blitz (Você Não Soube Me Amar)” e agora lançou “Anthem”, com Vintage Culture. Esse processo criativo varia de acordo com as suas vivências atuais, como é desenvolver trabalhos tão cheios de personalidade?
A minha criatividade e as minhas produções estão ligadas à minha vivência. Parte da minha inspiração vem da forma como eu vivo e todas as influências que estão além da música eletrônica, como a música brasileira – gosto muito de frequentar esses rolês de brasilidade -, e também com as influências da própria música eletrônica. Depende do humor também, tem dias que a gente está mais alegre, outros dias menos. Mas o importante é sempre colocar a minha identidade, para que as pessoas escutem e pensem: “pô, essa música é do Viot.”
HM – O seu nome vem sendo citado constantemente por grandes DJs e produtores mundiais. O reconhecimento facilita ou cria um desafio ainda maior?
Quanto ao reconhecimento, eu tento sempre ser feliz e aproveitar cada conquista. Quando eu ganho suporte é muito bom, mas também traz uma responsabilidade. Não nego que estou mais ansioso no momento, porque sinto um peso de responsabilidade por estar chegando em um certo ponto da carreira. Mas estou muito feliz. O que importa é que sempre tento estar feliz com o trabalho que estou fazendo, independente da pressão ou do tamanho das coisas. O mais importante é estar feliz e ver que as pessoas estão reconhecendo o meu trabalho. Estou bem e isso é o que importa antes de qualquer coisa.
HM – “Anthem” é quase uma oração e tem um drop explosivo, que tem funcionado muito bem nas pistas. Conta um pouco pra gente sobre a track e. Principalmente, sobre o vocal, que é muito marcante.
Sobre a “Anthem” eu sempre gostei de vocais gospels, mesmo não sendo uma pessoa religiosa. Sou um cara que acredita que se você faz o bem, coisas boas acontecem. Eu estava procurando esse tipo de vocal, principalmente na cultura afro-americana, e achei esse, que é até um trecho da Bíblia. Achei muito ‘da hora’. Passa uma energia muito forte e sendo religioso ou não, você consegue sentir a vibe dela, principalmente, na parte do piano e do break.
HM – Você já tem uma meta para 2025? Pode compartilhar conosco?
Minha principal meta para 2025 é continuar executando o trabalho do jeito que fiz em 2024, confiando muito nos conteúdos que crio e na estética do Viot. Quero consolidar cada vez mais o meu trabalho no mundo, ficando cada vez mais firme em relação ao que faço. Claro que tenho várias metas, como alcançar tal club, mas acho que o principal é conseguir executar tudo o que eu penso em fazer. Isso é o que vai me deixar feliz no final. Se eu estiver fazendo um trampo que me deixa contente e que posso compartilhar com os outros, deixando-os felizes também, isso já me deixa satisfeito. É isso que busco desde o primeiro ‘V.Rec’ que gravei.
Por Lu Serrano