Anderson Noise e Deputamadre é uma combinação que está marcado na cena de música eletrônica de Belo Horizonte e do Brasil. Tocando em vinil ainda? É história!
O DJ e produtor com mais de 30 anos de carreira está se preparando para voltar aos decks à moda antiga após 18 anos. O Deputamadre, um dos locais mais tradicionais da noite na capital mineira, será o palco dessa jornada. A festa Infiltrado ocorre nesta sexta-feira, 13, e recebe também Carla Elektra e Daniel D, que também tocarão em vinil.
Com muitas histórias em tantos anos de estrada, Noise relembra cinco casos que ocorreram ainda na época em que a discotecagem com vinil era o padrão.
1 – Perrengue em Londres e discos perdidos
“Em 2001, em Londres, eu havia comprado vários discos e estava a caminho da casa do meu amigo Marco Lenzi. Estava com a case de discos quando entrei em um ônibus antigo inglês pela porta de trás. A case escorregou e caiu na Tottenham Court Road, abrindo-se e espalhando os discos pela rua. Na hora, gritamos muito para o motorista parar e conseguimos pegar vários discos, mas alguns deles ficaram arranhados.”
2 – Salvo pelo gongo por Paco Osuna no Privilege Ibiza
“Em 2005, na noite Meganite no Privilege Ibiza, com Mauro Picotto, Paco Osuna, Adam Beyer e eu, a companhia aérea alemã extraviou case de vinis com os discos enquanto eu voava de São Paulo para Munique. Se não fosse meu amigo Paco Osuna para me emprestar os discos, eu não teria conseguido tocar.”
3 – DJ: profissão perigo
“No início da década de 2000, havia uma forte onda de pessoas se autodenominando DJs. Em uma festa do D-Edge em Campo Grande, eu, Marky e Murphy estávamos no aeroporto de Guarulhos quando fui detido por causa da minha case de discos. Fui abordado e revistado por ser um DJ.”
4 – Hidratando os discos durante o show
“Durante toda a minha trajetória tocando vinil, uma das perguntas que mais recebi foi: ‘Por que você joga água no vinil enquanto está tocando?’ Essa é, sem dúvida, uma das perguntas mais frequentes. A resposta é simples: o disco estava sujo, e a água ajudava a evitar que ele pulasse.”
5 – A mudança ao digital e o retorno às origens
“Há 18 anos, quando mudei para a mídia digital, fui muito criticado. Hoje, o mercado é dominado pela mídia digital, e acredito que esta minha volta ao vinil vem em um momento muito interessante para mostrar ao público minha coleção e habilidades na discotecagem em vinil.”
É muita bagagem, experiência e uma carreira brilhante na música eletrônica que fizeram Noise chegar até aqui e ser respeitado pelos maiores nomes da cena no mundo inteiro.
Não perca a oportunidade de vê-lo de volta às origens na próxima sexta. Os ingressos ainda estão disponíveis na plataforma Shotgun.
Qual foi a melhor pista que você pegou com Anderson Noise?
Por Adriano Canestri