Por redação
Foto: Alessandra Pagu/divulgação
Na última terça-feira, 06, a DJ Alessandra Pagu relatou em suas redes sociais uma situação que ocorreu durante a sua negociação com a secretaria de turismo da cidade de Paraty no Rio de Janeiro para se apresentar na cidade durante o carnaval.
Alessandra conta que no ano novo foi contratada para tocar no evento da cidade e neste dia alguns colegas relataram a falta de água para as equipes e para os funcionários que trabalhavam no dia (como staff, técnicos de som), entretanto a DJ não percebeu durante a noite.
A prefeitura entrou em contato com ela novamente para fechar um show que acontecerá na cidade durante o carnaval que se inicia no próximo dia 10. Alessandra, portanto, disse que estaria disponível no sábado para tocar. Sabendo do que ocorreu com os trabalhadores no ano novo e buscando por condições dignas de trabalho para todos, solicitou à quem estava intermediando sua contratação que houvesse água disponível para todos e pelo menos um lanche para cada, visto que são diversas horas seguidas de trabalho.
Para sua surpresa, o intermediador agradeceu a disponibilidade, mas disse que ‘’vamos deixar para um próximo evento’’ e completou dizendo que ‘’não temos como colocar lanche e estamos sem licitação de água’’.
Conversa de Alessandra com o contratante
É importante ressaltar que após o show de Alessandra ser descartado, o line ficou apenas com DJs homens, e ela é uma das poucas DJs mulheres da cidade.
A grande questão que fica é: um artista deveria ser punido por solicitar o básico: água e lanche durante o trabalho? Eventos estão tratando todos os artistas e funcionários com dignidade? A prefeitura da cidade tem a filosofia de apoiar os artistas locais, portanto é necessário que não apenas contrate-os, como se fosse um favor, mas sim dê plenas condições para que desenvolvam seu trabalho da melhor forma.
A House Mag entrou em contato com a secretaria de turismo de Paraty, mas não obteve retorno.