No Nordeste, a competição da música eletrônica pode chegar a ser desleal com a popularidade massiva de outros gêneros mais populares. Portanto, mais do que nunca, produtores, DJs, clubbers e fomentadores da cena são resistência em meio a um ambiente já predominantemente não-eletrônico.
Conheça 09 coletivos do Ceará que movimentam a cena local.
Idealizado por DJ Matusa e Freetaaz, a Tubulosa ganhou vida ano passado chegando para somar com os coletivos já existentes em Fortaleza. Em pouco tempo, já ganha destaque na cena clubber local com seus eventos recheados de autenticidade e energia guiados pelo techno. A próxima edição é este final de semana com o evento subMISSA no Fuzuê Club.
O Fuzuê Club tem sido um espaço importantíssimo para a música eletrônica em Fortaleza recebendo coletivos da capital, do interior e até mesmo de outros estados. Além disso, a casa recebe eventos que vão do house ao funk, atraindo uma gama alta de clubbers cearenses. No feriado, de quinta a domingo, a programação está recheada com eventos de diferentes estilos.
O EDEN é um coletivo focado na house music. Feito para resgatar as essências do movimento e conectar através da música, ancorados pela euforia da liberdade que a música eletrônica proporciona. Este final de semana tem edição no Fuzuê Club.
Movimento que está há quase uma década na cena cearense e produz diversos eventos com sonoridades eletrônicas mais voltadas ao funk. Entre seus eventos estão Batrita, Bateu Com Fritas, Baile da Bateu, além de parcerias com eventos de fora como Dandarona Club e vários outros. Já passaram pelas festas Vhoor, RHR, Kenya20hz, Clementaum, Mu540 entre outros.
Há mais de 5 anos fomentando a cultura clubber da região, a Atrita utiliza da música eletrônica para discutir assuntos como a ocupação de espaços e a diversidade de gêneros. Já receberam Badsista, Paulete Lindacelva, cafezin, Kabulom entre outros nomes importantes do underground brasileiro.
O Voyage é um projeto que abrange a velha e a nova geração. Focado em música dos anos 80, uma das eras de ouro da música, o coletivo nasceu em 2019 criado por Estácio Facó e Mariji e é sucesso sempre com músicas e público animadíssimos.
O Bunda com Bunda é um coletivo feito com foco na comunidade LGBTQIAPN+, tanto para artistas quanto DJs. Um diferencial do projeto é que as apresentações nos eventos são feitas sempre em b2b.
Como o nome sugere, a Houzeria está focada na house music e suas vertentes. As edições já tiveram Anderson Noise, Valentina Luz, Fugaz entre outros. No próximo evento uma ação está sendo realizada para apoiar causas pela redução de danos em festas e acolhimento com ajuda psicológica.
O Coletivo Ignis foi criado para ser a potência do hard techno na região e além disso, ampliar a divulgação e cultura techno/clubber em uma comunidade onde o techno é a essência.
Por Adriano Canestri