Por assessoria
Foto de abertura: divulgação
“Harvest Moon”, em português, significa Lua Cheia, fase na qual seu simbolismo representa a união do Yin e Yang, favorecendo a expansão, a abundância, a força e o movimento. Assinada por Blazy e Kevin Brauer, do Sevenn, a faixa carrega muitos sentimentos e carimba o encerramento de uma passagem sabática que o produtor enfrentou nos últimos meses, que está em sua música e sua aparência, anunciando novos rumos.
No início da quarentena, Blazy sofreu o baque de ter a sua rotina completamente paralisada, assim como todo o setor artístico e de eventos. “Fiquei bem chocado, desanimado. O projeto vinha em uma ascensão, tudo dando certo”, conta Blazy que teve um início de isolamento social um tanto quanto depressivo.
“Prometi que só cortaria o cabelo e tiraria a barba quando lançasse minha nova música. Sumi das redes sociais, fiz um detox digital, apaguei aplicativos e fiquei off durante cinco meses”, conta Henrique Janelli que mergulhou no estúdio, transformando o sentimento de angustia em música.
Desde o meio do ano passado, o produtor já buscava uma identidade sonora nova para o projeto, com mais melodia, mais vibe, com referências do off beat e progressive house. “’Harvest Moon’ foi a primeira música que fiz na quarentena. Acordei com o peito apertado, sentindo falta de alguma coisa. Criei a harmonia, os acordes, até chegar em algo que falasse esse sentimento”, revela.
A track, dedicada a conexões com familiares, amorosas, entre amigos, ganhou o vocal de Kevin Brauer, do Sevenn, com o qual nunca havia conversado. “O Kevin é uma das pessoas mais talentosas, se não a mais, que eu já conheci. Chamei ele, ele gostou da música e, em questão de dias ele mandou as ideias. Ele fez muito rápido o vocal, que encaixou perfeitamente, bem espacial, como eu buscava para a música. O gosto dele é parecido com o meu e chegamos a um resultado satisfatório”, afirma Blazy.
Assim como esse era o momento de apostar em um novo ciclo para o produtor, a HUB Records também enxergou em “Harvest Moon” um espaço para apresentar algo diferente em seu catálogo. Coincidentemente, aos 15 anos, Blazy lançou a sua primeira track na antiga gravadora de Felippe Senne. “Ele foi a primeira pessoa que acreditou no meu trabalho. Me fez acreditar no meu projeto, em mim”.
Agora, nesta fase de virada, com uma pegada mais melódica e mais palatável a diferentes públicos, a HUB apostou na ideia. “Resolvemos ver como vai ser a aceitação dentro desse universo. Não vejo a hora de voltar a tocar”, conta Blazy que, dias antes deste lançamento, chocou os fãs ao aparecer com o novo visual, a lá “O Náufrago”. “Foi engraçado, quando a galera viu, virei até meme”, se diverte.
Blazy – Foto: divulgação
Assim como essa transformação de Blazy de dentro para a fora, sua música trouxe esse feeling para se sentir internamente, fechar os olhos e se entregar. “O segredo para passar essa fase é manter a calma, já aconteceu outras vezes na história e agora é com a gente. O foco é cuidar da gente”, finaliza.
