O Nordeste tem muitos talentos para revelar, e Ecson Lima é um deles

Por Publieditorial

Foto de abertura: divulgação

Ecson Lima é uma amostra do que o Nordeste tem a oferecer. A região é conhecida por sua riqueza natural, cultural e, também, pela música eletrônica. Além de abrigar grandes festivais e eventos, possui uma turma de DJs e produtores talentosos que têm muito o que mostrar.

Um deles é Ecson Lima, de 35 anos. O produtor é de Santo Antônio de Jesus, na Bahia e, há três anos, atua como DJ profissional e um como produtor musical. Recentemente, lançou a música “Tech Me”, pela Alphabeat, e abriu caminho para artistas do interior da Bahia.

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Foto: divulgação

A sua história na música começou na época da escola, em festas de amigos nas quais sempre selecionava os CDs, faixas mp3. Mas, foi apenas em 2017 que ele decidiu seguir a carreira de DJ, que está no nome. “Meu nome de nascimento é DJECSON de Lima Silva, logo, ser DJ é algo que adquiri desde o nascimento”, brinca o produtor.

Batemos um papo com eles para sabermos mais sobre a sua carreira e detalhes sobre o lançamento de “Tech Me”.

HM –  Como foi o processo de produção de “Tech Me”? De onde veio a inspiração e como está sendo o feedback?

Eu buscava algo que identificasse o meu próprio estilo, não queria mais seguir o que todos fazem, a mesma batida, mesma sonoridade, mesmo arranjo, e foi depois de quatro lançamentos independentes que decidi enviar “Tech Me” para uma gravadora, ela tem o meu estilo próprio de tech house, e foi aí que a AlphaBeats Records me deu a oportunidade de lançar ela em grande escala no Brasil e no mundo.

O feedback está muito bom! Ela já foi escutada em menos de uma semana em seis países, já ultrapassou marcas que não havia alcançado antes nas plataformas de streaming, e isso é muito bom!

HM –  Você é o primeiro produtor na sua região a lançar? O que significa isso para você e como inspira outros DJs e produtores próximos?

Sou o primeiro DJ/produtor do interior da Bahia e Sergipe a lançar pela label, não posso confirmar se existe outro natural de alguma das capitais (Salvador e Aracaju), mas, do interior sim.

E isso tem um significado muito especial, pois mostra aos amigos DJs que os sonhos podem ser alcançados, e que mesmo que muitos não nos deem oportunidades, a gente deve sempre buscar fazer e criar as nossas oportunidades. É essa a mensagem que eu sempre falo e mando para todos.

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Foto: divulgação

HM – Como é a cena na sua região?

A cena eletrônica no eixo Bahia/Sergipe onde moro tem crescido bastante. Grandes eventos e grandes nomes têm vindo se apresentar nos eventos feitos por aqui. Eu mesmo, antes da pandemia, criei uma label no início de 2020 chamada Live Sounds, na qual até teve uma matéria feita pela House Mag.

Temos ótimos DJ, produtores e eventos na cena por aqui. Acredito que se nos juntarmos, podemos crescer, fortalecer e aumentar ainda mais a nossa capacidade de mostrar a nossa música para os nossos conterrâneos.

HM – Quais são as suas principais referências sonoras?

Nacionalmente, o Vintage Culture e o Alok foram os que me mostraram que um DJ pode ascender no Brasil. Amigos como o Wildcap e os amigos produtores da comunidade da Make Music Now têm me influenciado bastante no estilo de produção. Posso citar, também, os DJs/produtores Bhaskar, Gabe, Almanac e o Mochakk como influências atuais nas minhas produções

Internacionalmente, eu sempre curti o som do Bob Sinclar, do David Guetta, do Tiësto e, atualmente, tenho sido influenciado pela sonoridade do Boris Brejcha, Camelphat, Gorgon City, Chris Lake, Fisher e ainda escuto diariamente as tracks do Avicii.

HM – Como a quarentena tem afetado sua vida pessoal e sua carreira e como está lidando?

Na vida pessoal enfrento as dificuldades que a maioria tem enfrentado, medo no início, angústia sem saber o que viria pela frente, mas, na minha vida, eu sempre aprendi a superar as dificuldades, e hoje posso dizer que conseguir me adaptar aos dias atuais.

Na carreira, foi uma parada muito ruim no início, eu tinha vários convites esse ano para eventos no Espirito Santo, Rio de Janeiro e até um convite para umas gigs em Londres (UK) com o apoio de uns amigos que possuo em comunidades de DJs por lá, mas, acredito que quando tudo isso passar a gente consiga alçar esses voos.

Já na produção musical, várias ideias e tracks desenvolvidas, remixes, bootlegs e muita coisa boa ainda está vindo por aí, então, não posso reclamar e só agradecer por estar vivo, estar bem e ter saúde para poder continuar a batalha diária.

HM – Atualmente, qual o seu maior sonho como DJ/produtor?

Meu sonho atual é levar minha música para todos os lugares, tanto no Brasil quanto fora dele.

Eu sempre digo que você precisa ter um sonho que possa alcançar e, daí em diante, você vai almejando outros, eu, por exemplo, tenho vários sonhos mais distantes que pretendo trabalhar para chegar lá, por por exemplo, uma collab com um grande nome da cena eletrônica nacional, me apresentar nos grandes eventos dentro da minha cidade Salvador, em Aracaju onde estou atualmente, em Recife e outras cidades do Nordeste e do Brasil.

Quero também ter a oportunidade de conhecer novos países, levar a minha música e a minha descontração como DJ para fora e mostrar que o brasileiro tem espaço na cena mundial. São esses sonhos que me motivam e me fazem trabalhar ainda mais.

HM – Quais são as novidades exclusivas que você pode soltar para gente e o que podemos esperar do projeto nos próximos semestres/pós pandemia?

[rs] Vem muita coisa boa por aí graças ao bom Deus! Tem uma collab que estou desenvolvendo com um amigo que eu considero um dos melhores produtores musicais do país.

Em breve estarei deixando meu Nordeste para estrear em eventos no sudeste do país. Tem também o convite para apresentar meu tech house em Londres após o fim da pandemia. E tem muitas tracks e remixes programados com duas labels que serão lançados ainda esse ano e no início de 2021.

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