Por Luiza Serrano
Foto de abertura: divulgação – artwork by Yan Campioti
Se a boa dose de lançamentos dessa dupla italiana disponível nas principais plataformas de streaming não forem o suficiente para você entender o motivo do projeto ter caído no gosto de nomes como Solardo, Nic Fanciulli e até Adam Beyer e Joris Voorn, a gente te ajuda com essa entrevista e, claro, um podcast especial e exclusivo para a House Mag.
A produção de Mattia Turchetti e Francesco Cozzolino é dançante, criativa e com energia. Uma mistura de backgrounds que passeiam pelo techno, tech house, house music e acid house, extremamente pista, que já conquistou os dancefloors do Reino Unido, onde residem atualmente, além de Barcelona e contando pela Europa afora.
A personalidade das suas faixas impulsionou o duo para um selo mais próprio, e o que mais poderia ser do que a sua própria gravadora, Observatory Music, que conta com releases autorais além de produtores que compartilham dessa pegada musical.
Os últimos lançamentos do M.F.S. Observatory são um termômetro da evolução do seu som: Relief Records, do Green Velvet; Food Music UK e Viva Music. Inclusive, o último, “Shine EP”, com Oliver Knight, pela 303 Lovers, reforça o que acabamos de descrever.
E, orgulhosamente, como vocês poderão ler na entrevista, o remix para a britânica de descendência japonesa Mary Jane Coles é um marco na carreira do duo que nunca veio ao Brasil, mas, além de querer passar por aqui em sua primeira tour mundial, é fã de um dos ícones da música eletrônica brazuca, Gui Boratto.
Foto: divulgação
HM – O que vocês quiseram nos mostrar neste podcast para a House Mag?
Neste podcast tentamos mostrar nosso estilo e paixão pela música. O podcast é uma evolução da nossa vibe e humor, do techno à música eletrônica.
HM – Como vocês começaram a produzir na Itália? Quais são suas referências musicais e artísticas?
Nós começamos a produzir em 2011. Começamos como um hobby e depois disso entendemos a nossa paixão e desejo de sermos produtores, passo a passo crescemos, mas, a nossa paixão está sempre se tornando maior.
Vários artistas nos influenciam, como Maya Jane Coles, Green Velvet e Butch.
HM – Falando nisso, acho que um dos mais importantes projetos de vocês é o remix para Maya Jane Coles. Por que?
Sim, até o momento acho que o remix para Maya Jane Coles foi o maior sucesso que nós tivemos porque Maya foi uma das nossas principais inspirações artísticas. Então, nós tivemos a chance de fazer um remix para ela pela Skint Records, temos muito orgulho disso.
Mattia e Maya – Foto: divulgação
HM – Como vocês descrevem a sua música?
Nossa música é um mix dos nossos backgrounds. Mattia é mais focado no techno underground, enquanto Francesco é mais focado no tech house e na house music. Então, temos uma mistura de tudo isso além de influências da música ambiente e acid house.
HM – Vocês têm a sua própria label. Por que vocês decidiram criá-la e como é o cronograma de lançamentos?
Sim, nós temos a nossa própria gravadora. Nós abrimos a Observatory Music porque queríamos lançar apenas nossas músicas, mas, depois de alguns meses, decidimos abrir a label para outros artistas.
O calendário de lançamentos agora está realmente cheio, nós temos muitos lançamentos por vir e com ótimos artistas, alguns nomes como Raffa FL, Luigi Rocca, Dissolut, Ricardo Espino e muitos outros.
HM – Nessa quarentena, o que vocês têm feito? E sobre livestreams, vocês têm feito?
Nós temos feito muita música durante a quarentena. Livestreams não muitas, somente uma ou outra em nossa página no Instagram há alguns meses.
HM – A cena por aí está voltando aos poucos. Como estão os clubs e festas na Itália? Vocês têm notícias quando voltarão a tocar novamente?
Não temos muitas notícias sobre os clubs nesse momento, nós sabemos que os clubs na Itália estão fechados e serão abertos em breve. Esperamos que possamos começar a tocar em breve, porque sentimos muito a falta da vibe dos clubs.
HM – Sobre a cena brasileira: o que vocês sabem? E sobre os fãs e produtores daqui?
Não sabemos muito sobre a cena brasileira, mas vimos uma live da edição do Time Warp em São Paulo. Foi absolutamente incrível.
“Nós amamos Gui Boratto, ele é um produtor fantástico”.
HM – Quais são os projetos e planos futuros?
Nosso projeto é continuar evoluindo como produtores e tentar assinar com grandes selos e, talvez, começar a nossa primeira tour mundial. Esperamos que essa pandemia acabe logo.
HM – Vocês podem deixar uma mensagem para os fãs brasileiros?
Estamos mandando muito amor para nossos fãs brasileiros e esperamos que essa pandemia termine logo. Temos certeza que iremos começar a dançar juntos em breve. Fiquem fortes e em seguros!