EXCLUSIVO: conversamos com Rebuke, que estreia no Brasil nesta sexta

Por Luiza Serrano

Foto de abertura: divulgação

Você com certeza já ouviu “Along Came Polly”, “The Pipe” ou “Rattle”. Os hits dominaram as pistas de todo o mundo, e a mente brilhante por trás dessas produções vem de uma pacata cidade irlandesa chamada Letterkenny.

 
 
 
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Ibiza debut ❌ See you again on Friday for @bbcradio1 in Ibiza 🖖

Uma publicação compartilhada por Rebūke (@rebukemusic) em31 de Jul, 2019 às 9:04 PDT

Reuben Keeney é o responsável por essa lista musical de respeito. Não ligou o nome ao projeto? Então agora vai: Rebūke!

Público e artistas abraçaram o som original deste DJ e produtor. Com o house e o techno fortes em seus sets e produções, Reuben soube dar muita personalidade a sua música que, atualmente, pode ser reconhecida a distância.

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Rebüke e Green Velvet – Foto: divulgação

Com a série Rebūke/rave series, ele resgatou uma coleção de clássicos rave dos anos 90 dando uma repaginada nessas tracks que, para ele, ainda pouca exploradas. E uma curiosidade, ele fã de Wehbba, ANNA e Gui Boratto!

Agora chegou a vez de nós brasileiros conferirmos de perto o que já ouvimos há um tempo. Rebüke se apresenta pela primeira vez no país nesta sexta-feira, 17, no AiR Rooftop, e em ótimas companhias: Gabe e Albuquerque. Saiba mais informações sobre o evento e ingressos aqui.

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Conversamos com ele por e-mail, aproveitando uma brecha na agenda, para conhecermos um pouco mais do DJ e produtor e a sua expectativa em aterrissar pela primeira vez em terras tupiniquins. Confira!

HM – Obrigado por conversar com a House Mag. É um prazer para a gente. É a sua primeira vez no Brasil. O que você sabe sobre nosso país e quais as suas expectativas?

Eu não sei muito bem sobre o Brasil para ser honesto, mas conversando com outros DJ’s, ouvi que é um dos melhores países para se tocar. Então estou super animado!

HM – Conta para a gente alguns artistas brasileiros que você acompanha ou que você conhece o trabalho!

Wehbba e ANNA são fantásticos, e também sou fã do Gui Boratto, é claro. Recentemente eu fiz um mash-up da collab de Wehbba com SCB “Survival” and Motorcycle’s “As The Rush Comes”, o que foi muito divertido de realizar. Sempre tomo nota do que sai do estúdio de Wehbba.

HM – Após lançamentos como “Along Came Polly”, “The Pipe” e “Rattle”, seu nome circulou por todo o mundo. Como você vê seu trabalho crescendo assim?

É ótimo. Eu penso que todo artista quer ser ouvido e é por isso que fazemos o que fazemos e muito mais importante do que qualquer outra coisa. Fazer com que todas essas tracks sejam ouvidas em um ano, é a melhor sensação de todas.

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Foto: divulgação

HM – Você é a segunda geração de DJs da sua família e começou a aprender cedo, com uma das lendas irlandesas, Fergie. O quanto é importante essa influência na sua carreira? Sua família fez a diferença nesse processo?

Eu vejo Fergie não só como DJ, mas um mentor. Ele me ajudou a desenvolver minhas habilidades e música, e foi o primeiro cara a me colocar sobre suas asas e a me mostrar como era o estilo de vida noturno. Eu fui de hobby para trabalho, e ele tem grande parte nisso.

Tanto minha mãe quanto meu pai influenciaram muito na minha carreira. Meu pai era DJ e minha mãe apoiava tudo o que eu fazia. Ela deixou eu fazer essas loucas viagens quando eu tinha 11, 12 anos. Se eu tivesse um filho, não sei se deixaria que ele fizesse isso.

 

“Eles enxergaram meu potencial e me empurraram o máximo possível. Provavelmente, é a razão pela qual estou fazendo isso como meio de vida hoje.”

 

HM – A profissão DJ foi a sua primeira escolha ou você tinha outra em mente?

Não, sempre foi ser DJ. Comecei a ficar obcecado com a dance music quando tinha 11, 12 anos, era o momento em que as pessoas decidiam o que fazer. Quando eu estava na faculdade, eu sempre quis fazer música e ser DJ, então não havia outra coisa. Eu sempre gostei de computadores e tecnologia, se não desse certo, eu provavelmente estaria fazendo algo relacionado a isso, eu acho. Ser DJ e produzir sempre foram o número um para mim.  

HM – Com o seu reconhecimento global, como a sua cidade natal reagiu em ter um morador como você?

Ótimo! Na verdade, eu toquei lá apenas no mês passado, foi muito bom. Foi legal ver todos os rostos conhecidos chegando para o show, os mesmos que me apoiaram antes que tudo decolasse. Eles geralmente me apoiam e sempre me acompanham, por isso tem sido muito bom.

HM – Nós vimos fotos do seu irmão em algumas gigs. Como é a sua relação com a sua família com tantas datas e tours? Você consegue os ver sempre?

Eles são ótimos. Meu irmão vai ao maior número possível de shows na Irlanda e acho que ele irá a alguns internacionais este ano também. Minha mãe também tenta ir a shows e foi a Ibiza no último verão para me ver tocar na Radio 1 Weekender. Minha irmã também vai. Todos apoiam o que eu faço e tentam ir ao maior número possível de shows. Meu irmão mora em Dublin e ele pega os meus adesivos e tenta colá-los no maior número possível de lugares. Acho que existem pelo menos 2.000 adesivos flutuando em Dublin e acho que ele é responsável por todos eles!

 
 
 
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When u bring your younger brother to the gig and he has a bit too much to drink from the rider 😂😂 @ethankeeney

Uma publicação compartilhada por Rebūke (@rebukemusic) em9 de Nov, 2019 às 9:43 PST

HM – Quem ou o que inspira você em seu projeto? Como você descreve seu som?

Eu não diria que um DJ em particular inspira meu som. Eu acho que são anos passando por diferentes transições, gêneros e seguindo diferentes DJs que criaram um caldeirão que fundiu o som que eu faço hoje. No momento, eu realmente amo o que Adam Beyer e Jamie Jones fazem, amo como eles trabalham seus sets e produções, mas não há uma única inspiração. É uma mistura de estilos e inspirações diferentes que se combinam em um estilo único.

HM – Rebūke foi o seu primeiro projeto?

Não. Eu estive usando meu nome, Reuben Keeney, há 10 anos, cobrindo progressive house e techno, indo para o eletro. Então pensei que o projeto Rebüke seria uma boa maneira de definir um novo som. Também acho que com o projeto Rebüke, muitas pessoas acharam que soou único, e isso é porque tenho me inspirado em gêneros diferentes. Então, penso que esse é o motivo pelo qual o projeto tem uma vantagem diferente.

HM – O que podemos esperar do Rebüke em 2020? Você pode nos contar algumas novidades?

Estou de volta ao estúdio trabalhando em uma nova música. Então fiquem de olho!

HM – Deixe uma mensagem para os fãs brasileiros que estão muito felizes em ter você no nosso país!

Estou realmente animado para tocar e ansioso para conhecer a cultura e comemorar com vocês. Vejo vocês no final de semana!


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