Retrospectiva: 5 noites inesquecíveis do Caos em 2019

Por Isabela Junqueira

Foto de abertura: Image Dealers

O Caos abriu as portas em dezembro de 2017 deixando claro que sua essência e pilar principal é a música. Em 24 meses foram 39 noites dedicadas à música eletrônica em suas mais variadas vertentes e, cerca de 115 artistas (nacionais e internacionais) depois, nós podemos confirmar que é verdade. O club ressignificou Campinas e incluiu a cidade na agenda dos mais poderosos nomes da música eletrônica mundial e o segundo ano foi decisivo na consolidação do Caos como uma rota alternativa (e excelente) para os amantes da música, trazendo clubbers da capital paulista ao interior. “Antigamente a gente precisava ir para a capital ver os grandes nomes e agora tudo está mudando”, afirma Jéssica Cristina, nascida e criada em Campinas. No dia 14 de dezembro o Caos celebra suas duas voltas ao céu com a mágica de Rebolledo, junto de Gui Boratto, Eli Iwasa, Due e Gop Tun DJs, bem como as performers Lana Voodoo e Dinabólica (ingressos aqui).

Abrilhantando as noites campineiras, só esse ano, nomes como Sascha Funke, Agents of Time, DVS1, Anna e D-Nox passaram pela cabine do amado galpão. Em comemoração às suas duas primaveras, frequentadores do Caos apontaram suas noites preferidas, e nós trazemos aqui em forma de retrospectiva!

Fango (16 de março)

O italiano Fango, fundador da label Degustibus e responsável por lançamentos na Kompakt e Life and Death fez história: levou o público à magia com sua apresentação fora da curva – e só de cueca. O queridinho de Michael Mayer fez uma das gigs mais animadas da casa e recheada com as suas linhas percussivas. De fato, memorável! Gui Wittckind, que é DJ, assessor parlamentar e frequentador assíduo do club, conta que Fango era um dos nomes que ele já acompanhava e se espelhava, mas que ansiava vê-lo pela primeira vez e aponta a noite como uma das melhores.

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Foto: Image Dealers

Adriatique (2 de fevereiro)

O duo suíço Adrian Shala e Adrian Schweizer dividem mais que o nome: compartilham também o amor pela música boa. A dupla trabalha em complemento de forma impecável e já são donos de um dos trabalhos mais consistentes no âmbito da house music. Com o público em completa sinergia, o resultado não poderia ser diferente do que foi: o duo se sentiu em casa e performou um set merecedor de cada aplauso que recebeu.

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Foto: Image Dealers

Danny Daze (26 de julho)

A consequência de trazer o showcase da Omnidisc ao Caos é percebida através da euforia de quem o menciona. Mas não é à toa, afinal, Danny Daze entregou muito mais que o prometido e completou 7 horas impecáveis de set. Com as suas influências do techno de Detroit e nascido em Miami (berço dos b-boys e do bass), Daze não poderia protagonizar uma noite diferente! “Ele surpreendeu muito. Conhecia o DJ, mas a energia que ele deixou na pista foi muito surreal”, conta Jéssica Cristina, frequentadora do Caos desde sua inauguração.

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Foto: Image Dealers

Rødhåd (17 de maio)

A vinda do alemão era uma das mais ansiadas – pelos “caosadores” e pela crew. E o resultado, não poderia ser outro: uma troca 100% recíproca. Rødhåd recebeu total atenção do público enquanto os guiava por uma viagem musical que durou três horas. Em consequência, se sentiu em casa e se entregou à pista, dando o tom épico que a noite merecia.

>> Confira a entrevista exclusiva que fizemos com o DJ e produtor <<

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Foto: Image Dealers

Life and Death Party (dia 25 de janeiro)

Predominantemente essa foi a noite mais memorável do segundo ano do Caos. Pela primeira vez com a proposta de festa no Brasil, o Caos recebeu a Life and Death para uma transição do anoitecer para o amanhecer que reeditou o Caos e trouxe DJ Tennis, Red Axes e Marvin & Guy. O carinho e dedicação do crew com o evento foram nítidos, fazendo com que esse sonho se realizasse com maestria. E com gostinho de quero mais (2020?)

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Foto: Image Dealers

Após reviver algumas das noites mais marcantes que o club que vem fomentando e alegrando o espaço interiorano com o seu compromisso com a música, se você ainda não o conheceu, certamente deve estar com vontade. O primeiro ano da segunda década de 2020 já promete line ups preciosos e intensos, mas por que esperar a década virar, não é mesmo? O ano três vem aí e não se esqueça: “antes de tudo, vem o Caos”!

Nos vemos dia 14 de dezembro para celebrar mais um ciclo!

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