Por Irena de Almeida
Foto de abertura: divulgação
Qual o ápice na carreira de um artista? O grande momento divisor, o antes e o depois de um marco na sua história? Pimpo Gama tem a resposta e saboreia este gostinho desde o último final de semana, quando atualizou a imensa lista de suportes para a track “Let’s Play It Again”, com nomes do gabarito de Carl Cox, Marco Carola e Nic Fanciulli. A música é hit absoluto, tocada do Rock in Rio a Ibiza e tem a melhor resposta possível do público.
A House Mag falou com o artista na manhã desta segunda-feira, 7, na ressaca dos acontecimentos do final de semana. “Eu toco há mais de 20 anos. Foi a coisa mais doida que já me aconteceu”, diz. Acostumado a lançar tracks pelas maiores gravadoras e com suportes estrelados, Pimpo sabia do potencial do novo som. Mas “Let’s Play it Again”, lançada em 27 de setembro pela Dirtybird Records, virou hit quase que instantaneamente. Encabeça a compilação Campout, a principal do ano para a gravadora de Claude Vonstroke – que a tocou em todos os sets durante os últimos quatro meses.
Poucas horas após o lançamento, Pimpo Gama acordou com inúmeras mensagens em seu celular: Nic Fanciulli havia tocado a track na apresentação do Rock in Rio, e a repetiu na mesma noite, desta vez no palco do Warung Beach Club, num dos momentos mais quentes da noite. Chris Lake tuitou uma mensagem para Pimpo, dizendo que “este lançamento é monstro!”, logo depois repetiu o elogio no instagram do artista. E no último final de semana, veio a consagração. A gente deixa o próprio Pimpo contar.
“Para mim já era o suficiente, estava realizado com tudo o que aconteceu. No sábado, recebi uma mensagem com um link: Você viu? Carl Cox e Marco Carola, em Ibiza, tocando sua música?! Primeiro abri o vídeo achando que era brincadeira, quando vi que era verdade e comecei a chorar, abraçado no meu filho, que dançava assistindo o vídeo. Então, foi uma sequência de vídeos que começaram a chegar, Chris Lake, Fisher, Carl Cox b2b Fanciulli, Wade, Mathias Tanzmann, DJ Glen e Bruno Furlan no Campout, entre outros”. E a lista só cresce: Fisher, Wade, Claptone, Steve Lawler, Oliver Heldens, Gawp, Guettoblaster, ZDS, Gene Farris, Basser Baker, Loulou Players, Sharam Jey, Mason, Ashibah.
E ele segue, inspirado. “Sempre que a gente faz algo e tem o reconhecimento de grandes artistas, logo pensamos em promover, usar como ferramenta online, gerar conteúdo. Esta foi a única vez na minha vida que eu pensei diferente, aquilo ali não tava ali pra gerar alguma coisa, aquilo ali era o prêmio para tudo. Não importa se uma ou duas pessoas viram, se isso vai fazer a música ou meu trabalho crescer. O que importa é que a missão da vida foi cumprida. Posso parar”, decreta.
Mas, logicamente, não é isso que o público quer. Passada a avalanche, Pimpo avalia o momento e pensa no futuro. Mas sem pressa. “A primeira reação dos meus amigos e a equipe que trabalha comigo, foi me dizer ‘Você entende o que fez? Agora você pode fazer isso ou aquilo, seu cachê vai aumentar’. Mas sabe que tô curtindo tanto essa sensação, foi uma coisa que lutei a minha vida toda para acontecer. Só quero curtir o momento, aproveitar esse turbilhão de boas emoções e transferir isso para minha música”.
O que esperar de Pimpo Gama, então? Outros grandes lançamentos ao longo dos próximos meses. Fiquemos de olhos e ouvidos atentos.
