Por Luiza Serrano
Foto de abertura: ZOOE
O Parkinho cresceu. Provavelmente, você já deve ter ouvido falar do Park Art, um club em Curitiba que é carinhosamente chamado de Parkinho, mas o diminutivo fica só no apelido. O local tem sido palco para grandes DJs nacionais e internacionais, mantendo uma programação semanal sempre com casa cheia, uma realidade rara nos dias de hoje.
O club foi criado em 2012, com a proposta de somar música e natureza, uma fórmula bem conhecida e explorada pela maioria dos festivais de música eletrônica em todo mundo. Mas a diferença está na criação de um local que abre as suas portas semanalmente, sempre com atrações interessantes.
Uma curiosidade é que o projeto inicial era apenas o de construir um club descontraído, de médio porte, para funcionar apenas nas tardes de domingo. Porém, o projeto ganhou novos horizontes. Os sócios do club acreditam que o trabalho sério e o amor pelo que toda equipe faz, não poderia proporcionar resultado diferente. “Acabamos tendo um crescimento que passou o que a própria cena permitia na época. Hoje, temos um mercado muito maior, com opções todos os finais de semana, e isso fez o público crescer em todo o Paraná. Temos certeza que contribuímos muito para isso”, contam.
Jeniffer Ávila é produtora de eventos e acompanha o Park Art há quatro anos, seja levando artistas ou curtindo em uma das pistas mais enérgicas do país. “Eles se superam a cada abertura. A evolução é constante, prova de que tudo é feito com muito amor. A recepção é impecável e a pista, uma das mais quentes do Brasil, muito sensível, respeitando o artista, do menor ao maior nome, independente do estilo”, afirma.
De lá pra cá, o nome Park Art vem se consolidando e proporcionando dias e noites memoráveis. “No início havia apenas uma pista, nosso amado Domo, que em seu formato de construção é um dos maiores que existe no mundo. Mas depois fizemos expansões de estrutura, de público, de artistas e de labels, e o negócio ficou mais sério”, conta um dos sócios do club.
Em julho deste ano, o duo Clubbers inaugurou a pista caçula do Park Art, o Garden Stage. “O Garden é a pista mais nova do Park Art e a estrutura é bem massa. Uma vibe diferente da Domo, que é a pista principal do club. O Park Art é um lugar único e a energia de Curitiba é diferenciada. A galera dança, grita e pula durante o set. Um dos melhores fronts do Brasil ”, revela Luiz Lopes (Bozito) do duo Clubbers, formado também por John Patrício.
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É possível contabilizar mais de 700 artistas. Praticamente todos os DJs nacionais de renome e um expressivo número de artistas internacionais passaram pelos palcos, ficando sempre surpresos com o público muito fiel.
É o caso da DJ e produtora Ashibah. Com um amor explícito pelo Brasil, a artista já se apresentou algumas vezes no Parkinho, que a abraçou desde a sua primeira vez por lá. “Eu amo o Park Art! É um dos meus clubs favoritos no mundo. A vibração é real, as pessoas são gentis, a energia é sempre crescente. Eu estou sempre com um sorriso no rosto quando estou lá. Simplesmente amo esse lugar”, conta a dinamarquesa.
Para escolher entre tantos nomes, a curadoria das atrações é realizada por quatro núcleos, cada um com um foco diferente. “A agenda mescla os estilos sempre levando em conta o calendário geral da cena, a disponibilidade de artistas e as ideias que cada núcleo pretende lançar dentro do Park, do underground ao mainstream”, explica um dos sócios.
Por lá, noites bombadas de labels como Progressive, Winter&Summer, Pimp Chic & Friends, TNT e Nature Land se revezam trazendo sempre o melhor da música eletrônica. E há espaço para novidades. Uma das primeiras edições da Beattz, label em parceria com o duo Breaking Beattz, aconteceu no Park Art. “Temos um carinho especial pelo Park. A recepção do público é sempre incrível e foi lá que tivemos nossos primeiros fãs, que hoje, inclusive, são nossos amigos”, explica Rafael Zocrato, integrante do duo.
A estreia da festa autoral da dupla, formada também por Lauro Viotti, contou com um sold out que deixou a galera pedindo bis. “Tivemos um feedback de uma das melhores noites que rolaram por lá. Por essas e outras que temos tanto amor pelo Parkinho e esperamos que a nossa história continue cheia de capítulos inesquecíveis”, completa Zocrato.
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Spoiler: em fevereiro vai rolar uma edição inédita da Beattz no Park Art. Vale a pena ficar de olho!
Para 2019, o Parkinho prevê fortes emoções. De acordo com a direção do superclub, a equipe está produzindo uma agenda com noites que vão unir o trance com as vertentes do techno e house. “Vamos aumentar a contratação de nomes internacionais e lançar um projeto que terá foco nos artistas locais que, atualmente, têm menos espaço na cena”, adianta. E tem mais, um programa de rádio semanal também está previsto para o ano que vem.