Por redação
Foto de abertura: divulgação
A Intima surgiu no Rio de Janeiro em agosto de 2017, idealizada por Sean Diss e Gui Toledo, com a proposta de um evento acessível envolvendo techno e lo-fi house. Trata-se de um movimento coletivo que propõe uma linguagem e estética com referências que vão desde a cultura clubber dos anos 90 até o vaporwave.
Sean Diss e Gui Toledo – Foto Art Inn
Os eventos do núcleo têm rolado sempre em locais diferentes da cidade, proporcionando experiências imersivas e intimistas como as edições do espaço Boca, na Praça Tiradentes, no Centro; e o Hostel Rio Forest, em Santa Teresa. A cada nova edição, DJs, artistas visuais e performers são convidados para enriquecer a experiência do público.
Por acaso ou destino, na primeira edição do coletivo, o também DJ e produtor cultural mineiro de Belo Horizonte, Pablo Araújo, estava presente. Pablo já vinha de uma experiência de coletivos e festas na capital mineira e fez amizade imediata com Sean e Gui, que o convidaram para integrar o time da Intima. Nascia então uma possibilidade de intercâmbio entre as cenas das duas capitais.
Desde então, a Intima vem promovendo eventos recorrentes nas duas cidades. Em BH, o primeiro evento rolou na Alfaiataria, com apoio da galera da Underlight. O coletivo busca fomentar a cena local convidando outros DJs, artistas e performers, assim como no Rio. Numa das edições na capital mineira em que Sean tocou, as janelas do Deputamadre Club ficaram totalmente isoladas da luz ao nascer do sol em uma edição “no escuro”. Em parceria com outros coletivos, realizou a Santíssima na Rua, um evento gratuito que abarrotou uma das ruas no hipercentro de BH, e acabou ficando na memória da galera. Essa edição ainda ganhou uma palinha de Joy Velas, uma DJ e estudante maranhense que atualmente reside em São Paulo.
Gui Toledo, Florence Massé, Pablo Araújo, Sean Diss, Letícia Santana e Yuri Landarin – Foto: divulgação
Voltando as elevadas temperaturas cariocas, em uma edição histórica de 12 horas de duração, que rolou no After Bar, o line escalado construiu uma crescente frequência de batidas por minuto. Gui Toledo iniciou com micro-house, Sean lançou um live de uma hora e meia, e a galera elétrica da pista finalmente se jogou no dark pelas mãos de Yuri Landarin & Leticia Santana (E2tr4nh4), somando ao talento de Florence, Pablo e Factory Girl que compuseram a noite conectando toda essa loucura.
Foto: divulgação
E para comemorar essa história recente, com tantas conexões realizadas e noites memoráveis, o grupo está organizando duas festas, ambas com DJs das duas capitais, além de performers e artistas visuais.
A edição do Rio de Janeiro acontece na próxima sexta, 7 de dezembro, e volta ao inferninho em que a primeira aconteceu: na Boca. Para o line, estão escalados os próprios Gui e Sean, além de Florence Massé e Factory Girl, todos do coletivo carioca. Ragazzi, que faz parte do coletivo em BH, também encara essa. Como DJ convidado, Gabriel Najhar completa a lista. A festa ainda conta com performances dos artistas Pek0, Perfeita e Vinicius Pinto Rosa. As projeções estão nas mãos de Vinícius Balarini. Mais informações aqui.
Uma semana depois, também em uma sexta-feira, 14 de dezembro, em Belo Horizonte, o time mineiro da Intima embarca em uma experiência dark wave/techno/ebm impulsionado pela DJ Frontinn, do coletivo ODD, de São Paulo. Entram na onda Jota Januzzi, do coletivo 1010, Mary B e Jamie Blonde, ambas residentes da Intima em Minas. Ragazzi e Florence concluem a tarefa nas duas edições. A artista visual Gabriela Luiza, recentemente de volta a BH depois de uma temporada em Sampa, será a responsável pela cenografia. Confira a programação completa aqui.