El Fortin recebe mais uma vez a Tribe Club

Por Alan Medeiros

Há quase duas décadas, em meados dos anos 2000, um grupo de amigos juntou cerca de 50 pessoas dançando na sala de uma casa de sítio em Itapecerica da Serra, interior de São Paulo, ao som de psytrance. O encontro, que deveria ser ao ar livre e acabou ocupando a casa por conta da chuva, foi realizado com o intuito de compartilhar novidades sonoras e apreciar a arte do eletrônico. Assim, quase que de brincadeira, nasceu um dos maiores e mais importantes festivais de música eletrônica do país: a Tribe.

Meses depois do encontro inicial, ainda no ano 2000, o grupo formador realizou um novo evento ao ar livre no mesmo local, que contou com a presença de 400 pessoas. No ano seguinte, a festa rumou para outro sítio, dessa vez em São Roque, para mais dois eventos e chegou à marca de 3000 participantes. Estava formada essa que, na época, era a maior rave do Brasil.

Em 2005, para comemorar os cinco anos de sucesso, a festa foi para Itu e contou com um palco de 53 metros de largura por 13 metros de altura inteiramente grafitado, que abrigou o primeiro grande público da label, 25 mil pessoas. Esse também foi o primeiro ano, excluindo-se o encontro inicial de 50 pessoas, que choveu na Tribe, fato que conferiu à essa icônica edição o apelido de “Tribe Lama”, até hoje lembrada por muitos.

De lá pra cá, muita coisa mudou. Acompanhando as mudanças do cenário eletrônico nacional ao longo desses quase 20 anos e também o crescimento do público, que se tornou cada vez mais diversificado, a Tribe conseguiu se reinventar constantemente e criar uma verdadeira legião de fãs que a tem acompanhado por todos esses anos. 

O psytrance dividiu espaço com o techno e o tech house e a festa ganhou mais palcos, hoje também para o deep house. A rave se transformou em um festival que não só compartilha música eletrônica para diferentes gostos, mas também arte e interações visuais. Foi criado um verdadeiro DNA para a marca que se dividiu em selos menores e desde 2006 roda o país em turnê, mantendo as grandes edições com público de mais de 30 mil pessoas, que tem acontecido a cada dois anos. 

A label, que já está em seu 18º ano de existência, leva o seu selo Tribe Club de volta ao El Fortin, em Porto Belo, no próximo sábado, dia 21 de abril, após um hiato de três anos sem passar pelo club. Foi escalado um line-up de peso para o evento que vai contar com três palcos e nomes conhecidos da Tribe, como o Israelense (que na verdade nasceu na Rússia) Astrix, um dos pioneiros do psytrance que é figurinha carimbada da festa; Sharam Jey, Wrecked Machines e Adrian Hour e alguns nomes regionais proeminentes como Colussi e Dahan. Saiba mais sobre o evento aqui.

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