Dub Recycle mostra suas influências nesse Podcast exclusivo com entrevista, confira:

Por: Nazen Carneiro, da coluna Tudobeats

Carlos Poppi é o cara por trás do som de “Dub Recycle”. Profissional na área há 16 anos, morou e estudou em Berlim durante três anos e de lá até aqui aprimorou e muito seu trabalho, sendo a Alemanha sua referência pessoal e profissional. 

DJ e produtor, envolvido com a composição de música eletrônica há mais ou menos nove anos, conquistou destaque em 2016 com trabalhos concisos e pontuais. 

Colocou o deep house aonde ele realmente deve estar, deep. Agora, mostra suas referências techno e se tornou, ele próprio, referência para novos artistas. Dub Recycle é sem dúvida um artista brasileiro promissor de quem você vai ouvir falar muito. 

O cara passou o ano passado inteiro `enfurnado` no estúdio e, entre uma produção e outra, tirou um tempinho para bater um papo com a gente nesta entrevista exclusiva para a coluna TUDOBEATS na HOUSE MAG. De quebra gravou um set exclusivo para o nosso House Mag Series:

 

 

HOUSE MAG: CONTA PRA GENTE 5 MUSICAS VOCÊ TEM  NO SEU CARRO HOJE!

Recondite – Compel (Original Mix)

 

Recondite – Sequenze (feat. Tale of Us)

 

Howling – `X Machina` (Cubicolor Remix)

 

Agents Of Time – Still Enough feat. Flowers & Sea Creatures (Original Mix)

 

DREWXHILL – Bullets (Stimming remix)

 

… Além de seleções de indie rock que gosto bastante! Rs

 

 

HOUSE MAG: O QUE TE LEVOU A ENTRAR PRO MUNDO DA MÚSICA ELETRÔNICA?

DR: Parece clichê, mas sempre fui muito apaixonado por música, desde pequeno busquei a música e já “brincava de tocar” piano na mureta do quintal de casa, acompanhando as músicas que minhas irmãs escutavam. A Débora, minha irmã mais velha, tinha alguns discos de novelas que continham faixas de música eletrônica, e eu ficava ouvindo sempre escondido dela (ela tinha bastante ciúmes). Assim fui conhecendo pouco a pouco e gostando. Depois de um tempo comecei a comprar CDs do DJ Gi Agostino, Dero e o clássico “As Melhores da Jovem Pan”.

Aos 14 anos comecei a tocar em festas de 15 anos, com 16 ganhei meus primeiros toca discos, e comecei a tocar e fazer festas de drum`n`bass, fiquei muito amigo do DJ Patife e tocamos juntos algumas vezes. A partir dai entrei para o hall dos profissionais e fiquei conhecido no interior de Sâo Paulo. Em 2007 decidi migrar para o house e lancei o projeto Dub Recycle (montagem reciclável), que no começo era entre eu e DJ Santtos, que tocava techno, mas infelizmente por questões pessois ele não pôde continuar e como o nome não tinha relação com o dueto, resolvi não trocar e levar adiante solo. No final de 2010 fui morar e estudar em Berlin, fiquei até 2013 e me mudei para Santa Catarina, onde já me considero catarinense. Rs


HOUSE MAG:  VOCÊ TEM LANÇAMENTOS DE DEEP HOUSE E APRESENTOU RECENTEMENTE UMA PEGADA MAIS TECHNO MELÓDICO. COMO VOCÊ VÊ ESSA TRANSIÇÃO?

DR: Eu sempre tive um apreço muito grande por músicas melancólicas e introspectivas. Isso me fez optar pelo lado profundo do deep house o que fez, eu acho, no começo, que eu perdesse um pouco o feeling de pista nas produções e deixei meu lado introspectivo tomar conta (fases), mas logo depois consegui me policiar e misturar a pista com a melancolia e isso foi me inspirando cada vez mais. Depois de um tempo comecei a perceber que precisava de um pouco mais, ainda não estava como eu queria. Comecei a ver alguns artistas do techno que me chamaram a atenção por produzir desta forma, o que me inspirou a trabalhar unindo exatamente a pista com a melancolia. Para mim foi até agora a melhor escolha, encaixou muitíssimo bem e tenho tido feedbacks positivos, graças a deus.


HOUSE MAG: ESTE ANO VOCÊ SE APRESENTOU AO GRANDE PÚBLICO COM UM TRABALHO CONSISTENTE. QUAIS LOCAIS MAIS TE MARCARAM NO MEIO DE TANTAS GIGS?

DR: O ano de 2016 foi de muito foco nas produções, mas dois lugares me marcaram bastante: O Zeitgeist Club, em Curitiba – um club sensacional com uma vibe indescritível e original – e o Sky Beach, em Balneário Camboriú, um local paradisíaco que é dificl não marcar pela beleza.


HOUSE MAG: ESSA PARCERIA COM A MARI-ANNA É MUITO ENTROSADA. COMO SURGIU?

DR: Foi totalmente inusitado e engraçado até… Estava tocando em um “after” na casa de um amigo depois de tocar no “At Home” – na Praia Brava de Itajaí – e ela chegou na festa e começou a cantar junto. Foi, literalmente, inesperado e mágico para dizer a verdade.

Depois conversamos um pouco e combinamos de, futuramente, produzirmos algo juntos e acabou dando certo. Produzimos juntos a música “Only You Know” e depois de dois meses veio “You And Me”.  Enviei para alguns selos e a “King Street Sounds” imediatamente propôs para lançar o EP. Ficamos muitio felizes com o resultado e combinamos de continuar essa parceria em outras músicas.

 

HOUSE MAG:  VOCÊ MOSTROU UM TRABALHO MADURO NOS SEUS LANÇAMENTOS. É DIFÍCIL SABER QUANDO ESTÁ NA HORA DE LANÇAR UMA TRACK?

DR: Confesso que sou muito perfeccionista e talvez isso me atrapalhe um pouco. Para lançar a primeira música demorei quase cinco anos, e ainda assim com o “empurrão” de um grande amigo e também produtor, o “Stark D”.

Depois do primeiro lançamento comecei a ter mais confiança no meu trabalho, mas mesmo assim eu tenho muita coisa guardada que não senti que deveria lançar. Na vida tudo é assim, estamos cada vez aprendendo com tudo e com todos, até conosco mesmo.

HOUSE MAG:  VOCÊ ESTÁ `ENFURNADO` NO ESTÚDIO, TRABALHANDO EM NOVOS LANÇAMENTOS. O QUE VEM POR AÍ?

DR: De fato, há mais ou menos 9 meses, estou praticamente cem por cento focado no trabalho em estúdio e isso me ajudou bastante no processo de criação para essa nova transição para o techno melódico, deixando de lado até minha vida pessoal, mas com um propósito positivo.

Estou bem ansioso com os próximos lançamentos e pudera! Foquei bastante neles e estou apostando bastante, principalmente no meu ep “Galax” que será lançado por uma gravadora ucraniana com remixes de ‘Against the Time’ e ‘Monobloq’. Além dele estão programados os lançamentos de “Poison Ivy” pela Thousand Records, o remix de “Metallic Soul” para o duo Karveltt e “Intentions”, com Mari-Anna pela, Triade Records.

HOUSE MAG: QUAIS OS PRÓXIMOS PASSOS NA CARREIRA?

DR: O momento é de foco nas datas da temporada de verão para conseguir sentir a reação do público com os trabalhos em estúdio sem, claro, deixar de continuar as produções em andamento com os colegas brasileiros que são, sem dúvida nenhuma, muito talentosos. Quero aproveitar aqui para agradecer ao Nazen Carneiro da coluna TUDOBEATS pelo convite e aos grandes artistas, amigos e profissionais;  Giovani Lufrani, Rafa Lutz, Alex Justino, Victor Enzo, Against The Time e Monobloq pelo apoio sempre! Deixo de presente para vocês a Tracklist do meu podcast!

 

Tracklist PODCAST DUB RECYCLE / TUDOBEATS HOUSE MAG

  • Dub Recycle – Eva (Original Mix)
  • Betise – Solum (Original Mix)
  • Dub Recycle, Stark D – Wünschen (Original Mix)
  • Marc Romboy – Nasa (Alex Niggemann Remix)
  • Someone Outside – Cloud Atlas (Original Mix)
  • Rancido – Devil`s Den (Original Mix)
  • KarVeltt – Mettalic Soul (Dub Recycle Remix)
  • Nick Devon – Ode (Original Mix)
  • RNBWS – Recovery (Dubspeeka Remix)
  • Dub Recycle – Galax (Against The Time Remix)

Fique por dentro