Por: Lucas Arnaud
Quando se fala de remixes não oficiais (cuja nomeclatura mais apropriada seria “bootlegs”), logo nos vem à cabeça duas grandes plataformas: o Soundcloud e o You Tube.
Por seus funcionamentos se basearem apenas no streaming de conteúdo de seus usuários, é comum em suas páginas a presença de bootlegs e sets, os quais, porém, muitas vezes são bloqueados por violação de copyright.
Já há algum tempo, empresas de streaming apenas de faixas oficiais, como o popular Sporify e o Apple Music, vem dando indícios de possivel flexibilização em suas regras, com a possibilidade de aceitar bootlegs e sets.
Isso se torna oficial com a chegada dos primeiros remixes não-oficiais – sendo um exemplo o bootleg produzido pelo DJ Jazzy Jeff.
Inicialmente, isso se tornou possível com a parceria dos serviços com a plataforma Dubset, que escaneia e reconhece os remixes de uma track, ou partes delas em sets, permitindo que o produtor da versão original receba seus royalties.
As repercussões da abertura dessa nova porta talvez seja maior do que imaginamos: por um lado, o CEO da Dubset, Stephen White, enxerga um mercado de alta demanda real, visto que cerca de 700 milhões de pessoas ouvem bootlegs a cada mês.
Outro profissional que possivelmente poderá ser beneficiado seria o produtor dos bootlegs, que pode obter uma maior propagação de seu material pelos serviços do Spotify, por exemplo. Resta-nos aguardar e observar o modo como o Spotify e o Apple Music irão (ou não) se adaptar a essa nova modalidade dentro de seus serviços.