Aos 22 anos, Daphne leva música eletrônica para o The Voice

Por Rodolfo Conceição

Foto de abertura: divulgação

Quem está acompanhando as audições da atual temporada do programa The Voice Brasil certamente lembra de uma jovem ruiva que impressionou os jurados cantando uma versão da música “Dog Days Are Over”, da banda Florence + The Machines. Daphne Eduarda Labes conseguiu fazer os quatro jurados virarem a cadeira, tornou-se a candidata mais comentada até aqui na temporada e encantou pela simpatia durante sua passagem pelo programa.

Carregando a bandeira da música eletrônica no programa global, a jovem não é nenhuma desconhecida para quem frequenta as principais pistas do sul do Brasil. Daphne já apresentou sua live cantando ao vivo sobre bases de produção própria para o público do Winter Festival, um dos mais importantes da agenda do sul do país e que acontece anualmente na capital catarinense, P12, Hakko Club, Natural Forest, Matahari, P12, Sungai e El Fortin.

“Já temos uma agenda bem legal para após a pandemia! O programa me deu a visibilidade que eu precisava para ir além do Sul do país e estou muito empolgada para os próximos passos. Estamos preparando uma live incrível que será veiculada no dia da publicação do top #100 DJane, onde também se apresentarão DJs como Ekanta Jake, Blancah e várias outras mulheres que tenho como inspiração, e estou me sentindo honrada por esse e todos os outros convites que venho recebendo”, comenta Daphne sobre a participação no programa.

A blumenauense de 22 anos já foi maquiadora, modelo, deu aula de passarela e cresceu se apresentando em bares e restaurantes antes de se tornar a primeira DJ a se apresentar no programa global. De gosto eclético, já passeou pelo R&B, rock, blues e até sertanejo. Mas, há quatro anos, esbarrou com a música eletrônica em uma festa e decidiu se dedicar à vertente. Agora, se prepara para a primeira turnê internacional.

“Estamos nos preparos para minha primeira turnê internacional, que faremos em 2021, e é a realização de um dos meus maiores sonhos! Teremos as datas assim que essa pandemia se atenuar, então não vejo a hora disso acontecer”, revela. A turnê terá cinco datas nos Estados Unidos, passando por cidades como Boston, Miami e Atlanta.

Produção

Daphne é mais um exemplo de multi instrumentista que se reinventa na música eletrônica, investindo em produções orgânicas que valorizam seu vocal marcante. Carregando a bandeira da cena, conquistou os jurados do The Voice e consegue manter um caminho ascendente mesmo nesse período em que as festas continuam paralisadas.

“Estou também produzindo novas músicas que mostrarão meus dois lados para o público, meu lado mais popular e comercial como cantora, mas também o lado um pouco mais “under”, que sempre busco trazer nos meus sets. São dois mundos que eu amo e não me vejo abrindo mão de nenhum deles. É quem eu sou, pois sempre fui versátil, sempre gostei de todo tipo de música, e com os subgêneros da e-music não poderia ser diferente. Temos em construção colaborações com nomes desde Jetlag a Paranormal Attack! E essa versatilidade é a identidade do projeto Daphne Live que estou tão ansiosa para levar ao público!”, explica.

Nova track

Durante a pandemia, compôs a track “Routine (Quarantine)”, na qual fala sobre a rotina que os artistas tiveram que se adaptar durante a pandemia, bem diferente daquela a qual estavam habituados. A canção é a principal aposta da artista para o ano e deve sair em dezembro.

“Essa track é um trabalho muito especial para mim, produzido em parceria com Cris Castro, vulgo Tropic, um profissional novo da cena mas que promete muito. E já recebemos elogios da Só Track Boa e até mesmo do Vintage Culture por essa música. Tenho certeza que as pessoas se identificarão com a letra e vão curtir demais a vibe!”, conta.

Nos últimos anos, a jovem também vem lançando diversas tracks em collab com outros artistas, passeando pelos subgêneros da house music, como “Burn Me”, em parceria com Doozie e Bass Maze, lançada via UP Club Records. “After”, em collab com a dupla Malik Mustache (Liboo/Universal Music), e “Take Me Home”, com Baron Dance e Zord (pela russa Mixfeed), já ultrapassaram a barreira dos 300 mil plays cada no Spotify.

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