Saiba mais dos players que estão trazendo o arrojado evento de Ben Klock para São Paulo

Por Chico Cornejo

Foto de abertura: divulgação

Mesmo que seja chegado a fazer as coisas do seu jeito, Ben Klock é um dos mais profícuos colaboradores do universo do techno atual e procura sempre estender sua atuação ou mesmo dividir sua visão sobre quase tudo que faz dessa vertente algo ainda tão cheio de surpresas enquanto chega a sua trigésima década de existência.

O próprio Ben é hoje em dia um veterano de um gênero que ajudou a renovar em um momento de muita mesmice na virada do século. Ele e Marcel Dettmann, tendo o então vagamente conhecido club OstGut (que posteriormente viria a se tornar o Berghain) como seu quartel-general, formaram a vanguarda de uma necessária revolução que injetou nova vida nos teutonic beats para que ganhassem o mundo novamente.

Foi logo após essa época, em 2008, que ele veio ao Brasil pela primeira vez e se apresentou no club Vegas a convite de ninguém menos um de nossos baluartes locais: Magal. Agora, quinze anos depois, ele retorna com seu PHOTON que tem como cerne conceitual a fusão da sólida identidade musical pela qual ele é mundialmente conhecido com um ousado projeto de iluminação.

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Ela é um dos elementos primordiais do leitmotiv do evento, como bem seu nome sugere, e é através dos talentos de um tarimbado e criativo escultor de ambientes como Lars Murasch, que cria ambiências e manipula humores através de delicados e intrincados jogos de cores e sombras que todas essas forças físicas formarão algo inusitado e inédito em São Paulo.

Segundo a Liminal, uma das responsáveis pela transposição dessa sofisticada empreitada para solo brasileiro, fazer algo único assim exigiu tempo e planejamento, além de uma dedicação especial mas que promete ser um dos pontos altos de um calendário nada modesto do techno na América do Sul que em muito é fruto dos esforços da agência para consolidar a cena regional em torno de iniciativas de portes e propostas diversos.

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Já o pessoal da Tantsa, coletivo à frente das festas mais originais e revigorantes devotadas a esse sonoridade no país e responsáveis pela recepção do projeto no Brasil, estão tomados por uma sensação de dever cumprido. “É algo que queremos desde que soubemos da primeira edição, na Printworks Londres, em 2017”, revela o staff.

E, ainda que não se sintam intimidados pelos desafios inerentes a uma empreitada dessa magnitude, estão bem cientes do que os espera. “A produção do evento é levada com muito carinho pelo Ben Klock. Quando começamos a evoluir com o projeto, em meados de 2018, o Ben visitou os espaços pessoalmente conosco, até encontrarmos a ARCA, que é perfeita para o projeto. A parte técnica da produção, como vocês podem ver nos vídeos que rodam por aí, é o ponto alto desse projeto, algo que acredito que nunca fui visto em um evento desse porte. É luz PRA CARAMBA. Além da produção, vender esse conceito que é consideravelmente novo para o público brasileiro é o outro desafio, mas sentimos que a galera comprou o projeto e está bem animada para o show”.

 
 
 
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Uma publicação compartilhada por PHOTON (@photon_klockworks) em27 de Mai, 2019 às 10:47 PDT

Ao fim e ao cabo, é na confluência de vontade, competências e talentos que algo assim se torna realidade e tanto a cidade como a cena que abriga possuem a maturidade e diversidade necessárias para materializar tudo isso de uma maneira, no mínimo, memorável. Afinal, as expectativas de todos os envolvidos são as mais elevadas, especialmente daquele responsável pela ideia desde sua origem. “Estou realmente muito contente em apresentar a primeira edição da PHOTON na América do Sul nessa estonteante locação em São Paulo! Nosso objetivo é criar uma relação íntima entre artistas e a audiência mesmo num  lugar imenso como o que vamos utilizar. Estamos reunindo todas as forças para fazer desta experiência audiovisual algo inesquecível e usar essa arquitetura industrial como nossa área de lazer. Espero que nessa noite nos conectemos por meio de uma energia visceral e bela – é assim que gostamos do nosso techno!”

Nós também, Ben, nós também.

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