Uma das mulheres de maior destaque da cena eletrônica atual, Samhara bateu um papo com a HM!

Por redação

Foto de abertura: divulgação

Com uma agenda cheia, ultrapassando 20 apresentações mensais, milhões de players no Spotify e quase meio milhão de ouvintes, Samhara é uma das DJs mulheres de maior destaque no mercado eletrônico atual.

Primeira e única mulher a tocar no palco principal do Tomorrowland Brasil, Samhara é atração principal de grandes festas e festivais pelo país afora.

samhara_image_500
Foto: Image Dealers

Um de seus sucessos mais conhecidos é a canção “Eu não valho nada”, em parceria com a banda Lagum e KVSH, chegando a marca de 10 milhões de players no Spotify.

Batemos um papo exclusivo com a DJ para saber mais sobre a sua carreira, a dobradinha música eletrônica e outras vertentes musicais, e planos para 2019. Confira!

HM – Conta um pouquinho para a gente sobre o início da sua carreira.

Um amigo que já era DJ praticamente me obrigou a tocar em uma festa quando colocou minha foto em um flyer. Ele falava que eu levava muito jeito, tinha bom gosto musical e adorava festas. Eu falava que ele era louco (rs). Treinei para tocar nessa festa que ele fez e desde então nunca mais parei! Ele realmente foi um anjo na minha vida. Enxergou o que eu mesma não via e me deu a oportunidade de viver para a música! Eu sinto que as coisas dão um jeito de chegar até você naturalmente quando é para ser. Essa é a grande prova que tenho disso.

HM – Em um cenário predominantemente masculino, foi difícil ter o reconhecimento pelo seu trabalho?

Sim! Mas em todo meio é difícil ter reconhecimento, isso vai além de ser mulher. Conquistar seu espaço requer trabalho, dedicação, você abre mão de muitas coisas, e quando você é mulher, a carga é um pouco mais pesada porque muitos caras não querem que uma mulher chegue tão longe! Existe ego em todo lugar e na música não é diferente, mas sendo mais difícil posso dizer que cada vitória tem um gosto muito especial.

HM – A música “Eu não valho nada” se tornou um hit. Como nasceu essa parceria que deu tão certo com KVSH e a banda Lagum?

Eu conheci o Luciano (KVSH) primeiro porque éramos da mesma agência, e logo em seguida ele me apresentou o Pedro e contou a história da banda. Nos três temos muito em comum: mineiros, sonhadores, com muita vontade de fazer algo diferente! Então surgiu a “Eu não valho nada”, uma mistura de eletrônico com MPB. A sinergia entre a gente foi muito gostosa e acredito que a música feita nesse clima tenha resultado nesse estouro! 

HM – Você se apresenta em diferentes pistas do país. Eventos de vertentes musicais que vão além da música eletrônica. Como você percebe o crescimento do gênero e essa dobradinha com outros estilos?

É sempre um desafio tocar em eventos de outros estilos porque você precisa conquistar quem foi ali ouvir outro ritmo. Mas acredito que a música eletrônica seja a cereja do bolo desses eventos, porque é a hora da explosão! Ser DJ e ainda mulher são duas vitórias para mim nesse mercado, e a mistura de ritmos é algo que já faz parte da música brasileira e tem tudo a ver com a nossa cultura. Graças a esses mega eventos a cena eletrônica ganha mais visibilidade e admiradores! 

HM – Sobre a música nova. Como tem sido a recepção do público?

A música nova agora em parceira com Mojjo e Cello veio com muita aceitação, já pela história que fiz com a “Eu não valho nada”. Ela chegou no momento certo porque é dedicada a tudo aquilo que traz paz, seja um grande amor, um momento de felicidade, uma festa, um amigo, um dia na praia. Fazer parte de momentos assim é algo que realmente me preenche, porque música é memória, e estar nesses momentos especiais das pessoas é demais! 

HM – Você foi a única mulher a se apresentar no palco principal do Tomorrowland Brasil. Deu aquele frio na barriga?

Muito! Principalmente quando você está ali atrás e se dá conta da magnitude do que vai fazer. Quando subi as escadas para o palco já fiquei tremendo, e logo pude ver pessoas que me acompanham desde o começo e até gente da minha cidade natal ali comigo. Foi inesquecível! Quando toquei “OPUS” para fechar o set, olhei para o Maycon que conhecia toda a minha história e a gente sabia que aquele momento ali ficaria marcado para sempre, que aquela barreira tinha sido quebrada e ser a primeira mulher naquele palco ficaria marcado na história! Chorei muito, ele também! (rs) 

 HM – Você consegue listar as cinco músicas mais tocadas por você em 2018?

Chemical Surf – “Cala Conte”

Loud Luxury – “Body”

Ookay – “Thie” (Zerb Remix)

Camelphat – “Panic Room”

Vicetone e Tony Igy – “Astronomia”

HM – Quais são os planos da DJ Samhara em 2019?

Quero voltar maior e melhor nos lugares que já estive e também conquistar novos territórios. Por isso estou preparando muitas novidades para os shows de 2019. Quero realmente criar um formato de show com a minha energia e minha vibe. Comecei a montar isso há três meses e estou empolgadíssima! Também tenho novidades musicais que vão mostrar todos os meus lados. Vai ser um ano de realizações. Quero fazer muita gente feliz ainda!

 

Fique por dentro