Novo residente do Ame Club, DJ Glen comenta pontos importantes de uma residência

Por redação

Foto de abertura: Fry Films

No dia 17 de novembro, um novo club passa a operar dentro do cenário eletrônico underground brasileiro. O Ame, empreendimento anexo ao Laroc, abre suas portas oficialmente com um sunset que tem como headliner o DJ e produtor holandês Joris Voorn. Localizado na região de Valinhos, interior de São Paulo, o novo club promete fortalecer ainda mais a cena da região, que tem crescido exponencialmente nos últimos anos.

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Foto: divulgação

O experiente DJ Glen é um dos artistas convocados para fazer parte do time de residentes do club e, a nosso convite, compartilhou sua visão em torno de três assuntos pontuais para o momento: importância do residente, preparação necessária e relacionamento com público e staff. Confira!

A importância do residente

“Antes de chegarmos a importância de um DJ residente nos dias atuais, vamos passar pela minha visão sobre o que era um DJ na época que comecei, há 18 anos, quando ser residente era um sonho que nunca alcancei por completo. Talvez por falta de experiência, competência, indicação ou todas as alternativas anteriores, ou ainda por eu nem poder frequentar o club com 14/15 anos de idade.

No fim dos anos 90, apenas um artista era responsável por tocar a noite toda, todas as noites. Ele era assalariado, não precisava ter um case e nem os discos (o club era dono de tudo). A manutenção do equipamento era responsabilidade dele e o iluminador era seu fiel parceiro.

No meu caso, jovem, achava isso o máximo, pois assim poderia ir ao club quando não estava funcionando e era encantador estar nos bastidores daqueles lugares mágicos.

Aos poucos, os DJs foram se tornando mais artistas e hoje em dia o trabalhador assalariado como este que conheci há muito tempo atrás, quase não existe mais. O que chamamos de residente é um artista que toca frequentemente no club e ilustra a direção musical e imagem do local.

No caso do Ame, um grupo seleto de DJs nacionais foram selecionados para serem os porta vozes desta direção sonora. Eles contam com a experiência como fator principal, seguido do feeling, estilo e afinidade, assim como seu posicionamento dentro de uma cena, seguidores e também por estarem à altura de eventuais ausências de grandes atrações, assumindo assim o protagonismo da noite, que é uma possibilidade real em um país tão grande e com aeroportos como os nossos”.

Preparação Necessária

“Acredito que isso vem com a experiência de fato, pois somente um DJ que passou por inúmeras ocasiões várias vezes poderá dar a segurança de sua versatilidade tanto para o público quanto para os contratantes do club. Um cara sensato para não querer roubar a cena de grandes headliners é essencial, ajuda muito também se o artista for respeitado e tiver boa relação com o público.

A opinião de um DJ residente também sempre é considerada antes da contratação de headliners, pois eles fazem a linha de frente na relação com a pista e o feedback de seu repertório com o público indica alguns caminhos”.

Relacionamento com público e staff

“Acho que a relação com qualquer pessoa, seja ela do quadro profissional ou do frequentador, tem que ter respeito, em primeiro lugar; amor e boa vontade, que nunca é demais. Se essas qualidades fizerem um ciclo contínuo, o club vai fazer história como aqueles que já sabemos que fazem”.

Quer saber mais sobre o evento de inauguração do Ame Club? Confira aqui

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