O future rave no Brasil tem nome! Conversamos com DEADLINE, representante da sonoridade no país

Por redação 

Foto de abertura: divulgação 

Sendo o grande representante do future rave no Brasil, sonoridade que surgiu de ninguém menos que David Guetta, o DJ e produtor DEADLINE está em grande fase na carreira, mesmo durante a pandemia. Após lançamentos por grandes selos, como Revealed de Hardwell, e Sosumi de Kryder, além de colaborações com o próprio Kryder e também Antoine, ele agora é artista da Braslive e promete difundir ainda mais a vertente pelo país (e fora dele).

Seu mais novo lançamento é “Vertigo”, uma collab com a japonesa ALESSA.A e com vocais da americana Dani King. Para comemorar a faixa e entendermos este momento em sua trajetória musical, conversamos com o artista para saber detalhes. Confira!

HM – Oi, DEADLINE! Obrigado por falar conosco! A pandemia te trouxe bons frutos e visibilidade, mas seria legal você se apresentar, contando um pouco mais da sua história com a música eletrônica aos que não te conhecem.

Obrigado pelo espaço! Pra quem não me conhece, eu sou o Thiago Martins, DJ e produtor por trás do projeto DEADLINE. Apesar de tê-lo criado em 2014, foi em 2020 que muitas coisas aconteceram e que deram visibilidade ao meu trabalho, desde collabs com artistas como DJ Antoine e Vintage Culture, remixes oficiais para o Alok, até lançamentos pelas gravadoras Revealed (Hardwell) e Sosumi (Kryder).

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Foto: divulgação

HM – Que bela track que acaba de lançar! Essa é sua primeira faixa como artista da Braslive, como tem sido o trabalho com a gravadora?

Muito obrigado! Essa é a minha primeira faixa como artista da Braslive e estou muito feliz com o feedback que tenho recebido do público e da cena. Estamos realmente empolgados e planejando fortalecer ainda mais essa sonoridade do future rave aqui no Brasil, e ao mesmo tempo visando dar continuidade aos suportes da cena internacional.

HM – Ainda falando sobre “Vertigo”, essa é uma colaboração com a japonesa ALESSA.A. Em quanto tempo vocês produziram a faixa e como foi esse processo?

Essa história começou ainda em 2020. A primeira versão era um remix que eu tinha feito pro Kryder, mas que acabou não saindo. Eu já conhecia o trabalho da ALESSA por ela já ter lançado na Sosumi e na Revealed. Ela gostou muito dessa primeira versão instrumental e mandou direto pra equipe da Dani King, que rapidamente aceitou e já compôs o vocal. Depois disso, trabalhamos maiores detalhes e “Vertigo” estava pronta para ver a luz do dia!

HM – Você está entre os sete produtores brasileiros com maior suporte, de acordo com o Climax Play! Como foi receber essa notícia? Tem algum suporte que você considera mais especial?

Essa notícia foi uma das minhas grandes surpresas de 2021. Fiquei muito honrado e feliz com essa posição. É difícil escolher o suporte mais “especial”, mas acho que o David Guetta pela influência musical e o Vintage Culture pela visibilidade que me trouxe na cena nacional.

HM – Lançamentos na Revealed e na Sosumi, collab com grandes nomes como DJ Antoine e Kryder, ainda há algum sonho de parceria ou selo que gostaria de realizar?

David Guetta e MEDUZA são os artistas que mais me inspiram atualmente, uma collab com qualquer um desses nomes seria um grande sonho realizado.

HM – Com relação à parceria com Kryder, “You & I”, que inclusive foi a faixa de abertura do projeto Metaverse na Insomniac, conta pra gente como foi seu primeiro contato com o artista e qual a relevância de trabalhar com um dos grandes nomes da cena eletrônica.

Eu tive contato com a equipe do Kryder depois de me pedirem a promo do meu remix de “Deep Inside Of Me” do Vintage Culture. Depois disso, lancei a faixa “Show Me How” pela Sosumi e continuei recebendo muitos suportes do Kryder no Kryteria, até que no início de 2021 ele me chamou no Direct dizendo que queria trabalhar comigo, e começamos a trocar mensagens no WhatsApp. Depois, acabei enviando a demo de “You & I” para ser lançada pela gravadora dele, e pra minha surpresa ele gostou tanto que perguntou se eu gostaria de fazer essa collab! Sempre fui um grande fã do trabalho do Kryder, e agora sou mais ainda, pois ele é um cara bem legal que está sempre disposto a ajudar novos talentos espalhados pelo mundo.

HM – O maior representante do future rave no Brasil! Quais seus planos com essa sonoridade dentro e fora do país? Em que momento você se encontrou com esse som e decidiu desenvolvê-lo? 

Eu fico honrado em ser reconhecido como o representante brasileiro desse movimento. O plano é fortalecer a sonoridade aqui no Brasil, principalmente com o retorno das festas, pois sinto que tem grande potencial, por ser essa mistura enérgica entre o underground e mainstream. Eu tenho me conectado muito com outros produtores revelação de future rave da cena internacional, e também buscado maneiras de diferenciar as minhas tracks e criar ainda mais identidade para aumentar o meu destaque entre os produtores internacionais.

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Foto: divulgação

HM – Estamos falando do sucesso da sua trajetória, que com imenso talento vem conquistando várias coisas em um período curto de tempo, como citamos acima. O que mais te marcou nesses anos de projeto?

Eu criei o DEADLINE em 2014, mas só no final de 2018 consegui entrar de cabeça no projeto e começar a construir a jornada que me levou até aqui! Esses dois momentos foram divisores de águas: em 2019, com o EP “The Light” com o Pontifexx, e em 2020, com o convite do Vintage Culture para remixar “Deep Inside Of Me”, com direito a suporte no EDC México.

HM – Sabemos que foi difícil para você tomar a decisão de largar seu trabalho e apostar 100% do seu tempo na música (mas agradecemos por ter feito essa mudança!) Qual foi a virada de chave? Qual dica você daria aos produtores hoje?

Eu percebi que se eu não tomasse coragem, iria viver sonhando e passar o resto da vida infeliz fazendo coisas desalinhadas com o meu propósito de vida! Minha maior dica aos novos produtores é que se você sente essa mesma coisa, se bate no seu coração como única opção de vida, siga o seu sonho, tenha muita paciência, fé, estude, e comece aos poucos a construir a sua história.

HM – Para finalizar: um legado que você quer deixar à música eletrônica.

Que o mundo reconheça o som do DEADLINE, sem precisar ler o nome da música.

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