A cena eletrônica no Japão continua tímida, mas esperançosa: confira as novidades pós Olimpíadas!

Por DJ Adriano Cortez – DJ, produtor e correspondente oficial da House Mag no Japão

Foto de abertura: Tauseef Mustafa – AFP

Olá, pessoal! Sou Cortez, DJ e produtor musical que vive no Japão há dois anos e seis meses. Nesse período pude acompanhar de perto todas as fases da pandemia — como já escrevi anteriormente. O que achávamos que seriam tempos prósperos com o início da vacinação, infelizmente têm se tornado uma das piores fases da cena eletrônica e da área de entretenimento.

O Japão iniciou em julho a vacinação populacional de forma conservadora, organizada e lenta, faltando poucos dias para o início das Olimpíadas, evento que causou divisão de opiniões na sociedade. Com o início dos jogos, o número de casos de infecções começou a aumentar devido à chegada da variante Delta. A principal cidade do país, Tóquio, se manteve em estado de emergência durante toda a competição e 100% dos eventos sofreram com mais restrições, que incluem proibição de venda de bebidas alcoólicas, quantidade de público nos locais e horários diurnos para alguns eventos.

Muitos organizadores optaram por fazer eventos durante o dia e em locais a céu aberto, seguindo os cuidados com o número de pessoas presente. Em cidades que estavam fora do estado de emergência, tudo voltou quase ao normal, festas sem limitações de público começaram a pipocar e muitas casas voltaram a atingir sua capacidade normal. Porém, em pleno verão, os números de infectados voltou a subir e com isso as restrições retornaram.

Festivais que iriam acontecer com atrações internacionais confirmadas foram adiados. Outros optaram por realizar somente os shows, sem a presença do público, como foi o caso do Fuji Rock, o “Rock in Rio” japonês, que foi transmitido pelo YouTube.

Teve também um outro festival ao ar livre, em Aichi, que foi severamente criticado pela população de Aichi e pelo prefeito da cidade, já que não cumpriu com as determinações e exigências de segurança


 

Porém, com o fim dos jogos, incluindo as Paraolimpíadas, que terminaram no dia 5 de setembro, o clima é de esperança, já que os números começaram a cair e a vacinação segue a todo vapor. Seguimos acompanhando.

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