dimmish

Falamos com Dimmish antes de sua nova tour pela América do Sul. No Brasil ele passa no Surreal e D-EDGE SP e RJ

Se você é daqueles que gosta de ouvir um som elegante, mas ao mesmo tempo divertido, pra frente e com muito groove, Dimmish é o cara certo! O DJ e produtor italiano estudou produção musical e sound design por muitos anos e hoje colhe os frutos de todo esse conhecimento, sendo um dos artistas mais vendidos do Beatport dentro do gênero Minimal / Deep Tech, com uma ascensão gigantesca desde 2016, quando surgiu na cena. “Definitivamente, o caminho educacional de certa forma moldou meu fluxo de trabalho, uma mistura entre analógico e digital”, destacou na entrevista.

Desde então, ele não para de emplacar faixas que são tocadas no mundo todo e recebem suporte dos mais variados artistas, desde Marco Carola a Michael Bibi, até Joris Voorn e Paco Osuna, mostrando o quão versátil o seu som pode ser, se encaixando nas mais diferentes propostas. Gravadoras como WYLD, Deeperfect, Eastenderz, Solid Grooves e a sua própria DENSER são algumas por onde ele já emplacou grandes faixas, incluindo “Rave”, que chegou a bater o Top #1 quando lançada.

Com o Brasil, ele tem construído uma conexão cada vez mais forte, tanto que tem comprado passagens com certa recorrência pra cá. Ele já havia tocado no país ano passado, em setembro, e agora em menos de um ano já está de volta para gigs no Rio de Janeiro, São Paulo e Camboriú, passando novamente no Surreal Park. Desta vez, a ocasião é ainda mais especial, já que ele irá tocar na Bells para celebrar o 1 ano da label curitibana Laguna Music, junto do live do argentino Guti, do trio Laguna Sound Department, e do b2b entre os estreantes Diogo Lima Kling.

Confira a conversa que tivemos com ele poucos dias antes de ouvirmos novamente o seu groove pelas pistas!

HM: Olá, Dimmish! É um prazer falar com você. Bom, eu já tinha escrito esta matéria em agosto do ano passado, quando você veio ao Brasil para tocar no Surreal, fato que irá se repetir dentro de algumas semanas. E desde 2019, quando você veio ao nosso país pela primeira vez, ele tem sido um roteiro recorrente nas suas turnês. Podemos dizer que você criou um laço mais forte com o Brasil e com o nosso público? Quais suas melhores lembranças das gigs anteriores por aqui?

Dimmish: Olá, pessoal. É um prazer também!

A minha última turnê no Brasil foi realmente incrível e mal posso esperar para voltar. Desta vez, vou tocar no Rio de Janeiro, São Paulo e, claro, Camboriú. A conexão com o público da última vez foi realmente next level; estou ansioso para sentir essa conexão novamente!

HM: Aliás, o primeiro vídeo fixado do seu Instagram é em um after na Argentina, então não posso deixar de te perguntar sobre isso: você é daqueles que adora estender a festa o máximo possível? A vibe de um after é diferente de uma festa “normal”? O que te faz ir ou não para um after?

Sim, quando a festa é boa, geralmente flui naturalmente para um after. A vibe sul-americana é realmente incrível para esse tipo de atmosfera; eu adoro a energia que a pista de dança entrega. Geralmente, afters costumam ser mais intimistas do que os eventos noturnos, e isso faz eu me sentir mais conectado com o público. Há uma conexão forte que só essa atmosfera mais íntima pode proporcionar.

HM: Antes de vir para o Brasil novamente para tocar no Rio, em São Paulo e em Camboriú, você tem uma gig em Zurich, na Suíça. Serão atmosferas bem diferentes… você acredita que seu set muda muito de um lugar para o outro? Há uma diferença clara nisso ou não exatamente? 

Sim, vou tocar em uma festa ao ar livre em Zurique, que é uma das melhores cidades para festas na Suíça. O público lá tende a ser um pouco diferente se comparado ao da América do Sul. De qualquer forma, eu costumo tocar um set diferente a cada apresentação. Minha música depende do meu humor, do clube e até do clima, então é meio imprevisível às vezes.

HM: Agora mudando um pouco de assunto e indo para a produção musical. Li em uma outra entrevista que você disse que gostaria de colaborar com o Bonobo algum dia. Isso ainda se mantém? Quais outros nomes te atraem para uma possível collab e por quê? 

Sim, definitivamente! Bonobo é um dos meus artistas favoritos, embora a gente não produza o mesmo gênero musical. De qualquer forma, estou geralmente aberto a colaborações e atualmente estou trabalhando em algo interessante com alguns cantores. Vamos ver o que acontece nos próximos meses…

HM: Aproveitando, gostaria de saber se você tem mantido um relacionamento mais próximo com algum produtor brasileiro… Quem você tem gostado de acompanhar e que, na sua opinião, tem se destacado dos demais produtores, seja aqui do Brasil ou de qualquer outro lugar do mundo? 

Gosto de alguns DJs/produtores brasileiros como Mochakk, Classmatic, Beltran, Ratier; somos amigos e estou feliz que eles estão abrindo caminho para muitos outros DJs brasileiros, a cena está incrível no momento no Brasil.

HM: Aliás, você pode nos contar um pouco mais sobre seu estúdio? Quais equipamentos ou plugins você tem mais utilizado nas suas produções? Porque percebemos que a sua identidade sonora tem ficado muito mais forte e reconhecível a cada novo lançamento… 

Estudei produção musical e design de som, e definitivamente, o caminho educacional de certa forma moldou meu fluxo de trabalho, uma mistura entre analógico e digital. Certamente, há algumas peças de hardware das quais não posso prescindir. Se eu tivesse que escolher algum hardware, eu diria:

Akai MPC Live: Leve e portátil, tem todos os recursos que facilitam o processo criativo. Adoro trabalhar com este hardware para gravar ideias rapidamente, fazer jam sessions e experimentar novos ritmos. Provavelmente é meu instrumento favorito no momento.

Orbit 9090: Uso tanto a versão analógica quanto a de plugin, é essencial para qualquer coisa relacionada ao aspecto melódico.

Yamaha AN200: Um excelente sintetizador de mesa que oferece acesso rápido a uma variedade de sequências percussivas para inspiração.

Modular: Nos últimos anos, me apaixonei pelo mundo da síntese modular e comecei a usar meu rack na fase de produção musical. Gosto particularmente dos módulos da Mutable Instruments e Intellijel.

Push: Não é analógico com certeza, mas é um ótimo compromisso para adicionar ‘humanidade’ ao processo criativo dentro da caixa.

HM: Falando em lançamentos, eu gostaria de dizer que também escrevi sobre ‘Rave’ quando você a lançou em abril do ano passado, faixa que se tornou uma das minhas favoritas de todos os tempos, além de também ter performado muito bem no Beatport, não foi? Você e a Deeperfect formam uma dupla muito interessante… há planos de lançar por lá novamente? 

Sim, “Rave” alcançou o número 1 no Beatport no ano passado. No momento, não tenho mais lançamentos com os caras, mas talvez algo novo saia antes do final do ano. A propósito, no dia 28 de junho, meu próximo EP será lançado, e estou empolgado porque é o terceiro com o selo inglês Eastenderz. Mal posso esperar para que vocês ouçam.

HM: Inclusive, hoje, você como um artista já reconhecido e consolidado, ainda busca gravadoras específicas para lançar? Tem alguma que você ainda quer ter seu nome atrelado e ainda não teve oportunidade? Ou os convites partem mais das próprias gravadoras e você avalia se faz sentido lançar por lá ou não? 

Atualmente, faço parte de algumas famílias/equipes, então geralmente lanço minha música com os mesmos selos. No entanto, espero lançar algo em breve na Defected; esse é um bom objetivo para mim.

HM: E como estão os trabalhos com a DENSER, sua gravadora? Faz algum tempo que você não lança por lá… a ideia é ser um espaço dedicado mais aos outros produtores? Você hoje participa ativamente da curadoria? Como funciona?

Criei meu próprio selo para fornecer uma plataforma para produtores promissores que admiro, além de mostrar minha própria música. Vou lançar meu próximo EP na DENSER em dezembro.

Passion é o seu EP mais recente, lançado em fevereiro pela Moxy Muzik

HM: Para finalizarmos, gostaria que você resumisse sua apresentação em uma frase ou três palavras. O que o público brasileiro pode esperar de sua nova passagem por aqui? Obrigado!

Esperem as melhores vibes possível! Até breve, pessoal. Obrigado <3

Por assessoria

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