Por Marllon Gauche
Foto de abertura: divulgação
O paulista Juan Santos aka Chappier é uma figurinha conhecida entre os releases da Prisma Techno, já tendo assinado por lá duas faixas originais e outros dois remixes. Agora, o artista ganhou espaço para lançar uma obra 100% autoral batizada de Cosmic Egg, entregando quatro faixas originais que casaram perfeitamente com a estética sonora da gravadora. O disco carrega um som atmosférico, sombrio e progressivo que é capaz de te levar às estrelas em questão de segundos.
Juan idealizou o projeto em 2016 e, desde então, vem construindo uma identidade sonora que transita por variações melódicas, apresentando timbres rústicos, texturas hipnotizantes e uma estética futurista que funciona muito bem nas pistas. “Aiyra”, sua estreia na Prisma, fez barulho entre alguns players da cena e alcançou suporte de Fideles em seu podcast pela Afterlife Records e, também, de Nicolas Masseyeff, headlabel da Systematic Records.
Neste novo episódio de sua história com a gravadora capixaba, nós fomos atrás de depoimentos de alguns artistas que já lançaram pela Prisma em torno do EP e recebemos reviews de Hopper, Spuri, Vallent, Algebra, Mau Maioli e Toigo. Ouça o disco e confira as palavras de quem entende sobre o que está falando!
“Cosmic Egg EP talvez seja o trabalho mais coeso do Chappier! A faixa-título já demonstra a sofisticação do techno melódico a que seremos submetidos em seguida. Com a base fincada em uma progressão de graves contínua e hipnótica, bem natural do estilo, `Cosmic Egg` mescla melodias e peso com foco na pista.
`Reborn` vem quase monocórdica, mas se desenvolve de forma constante e desconcertante até explodir em diversos estilhaços sonoros. `Golden Womb` cria uma sensação de um casulo introspectivo e sombrio, muito comum ao techno mais inteligente, quando se nota ecos de sons de Aphex Twin e Plastikman. “Atmosférica` é quebrada na medida certa. Inclusive, toquei essa track em minha livestream, no estúdio, no início de abril.
Para finalizar, `Primordial Waters` sustenta a calmaria e a simplicidade melódica de um belo trabalho autoral. Sintetizadores cortantes se casam perfeitamente com as batidas e novamente explodem em cores sonoras que podem causar diferentes sensações nas mais diversas pessoas na pista.”
“Cosmic Egg como um todo segue uma identidade sonora muito característica da Prisma, é atmosférico com um groove na medida! Gostei no geral do EP, mas a `Primordial Waters` tem uma pegada moderna com um tema bem interessante, então é a minha favorita.”
“Que som é esse? Muito bom! Gostei muito da `Cosmic Egg`, tem um groove muito bom. Ela é melódica na medida que eu gosto e carrega uma identidade sonora bem impressa, com certeza eu tocaria.”
“Esse EP mostra a evolução constante do Chappier, as quatro faixas nos mantém interessados do início ao fim, com uma ótima levada, bem dançante, mas sem perder o peso do techno e a profundidade nas melodias e ambientações. Nota 10 para o EP! Adoramos, principalmente, a evolução de `Reborn`, a parte harmônica nos transmite uma sensação muito boa.”
“É muito legal ver a visão do label boss da Prisma conseguir ser impressa nos artistas que acabam criando e unindo com a ideia do Thito. No ano passado, quando estive em Vitória, tivemos longas conversas e ele comentava muito sobre essa evolução da gravadora e de como ele via e ouvia a nova estética do som da Prisma.
Ouvindo o EP inteiro do Chappier consegui lembrar de vários momentos dessa conversa. Minha música favorita é a `Primordial Waters`, gostei muito da forma como ela se constrói e como a história da música foi contada, traz uma ideia mais experimental que me impressionou. Acho que isso se deve muito a bateria. Ótimo trabalho!”
“Curti muito o EP e gosto mais da `Cosmic Egg`, que dá nome ao trabalho. Achei ela com camadas muito interessantes e uma volta do drop bem enérgica. As melodias do EP são cativantes e cheia de layers e synths marcantes. Lindo trabalho!”
