Redação House Mag
Quando falamos do carioca Marcelo CIC não falamos de mais um DJ brasileiro querendo ser igual a todos os DJs estrangeiros, e sim de um produtor que trilhou seu próprio caminho fazendo as coisas a seu jeito.
Depois de tocar em dezenas de países levando o nome do Brasil para o resto do mundo, em 2013 foi convidado para ser residente do Green Valley em Santa Catarina e em 2015 do Laroc em São Paulo, ambos considerados dois dos maiores clubes brasileiros.
Em 2014 CIC chamou a atenção da Universal Music e foi o primeiro brasileiro a assinar um contrato global como artista exclusivo pelo selo Aftercluv, o braço da música eletrônica da gravadora na América Latina e parte da Europa. Desde então seu som vem passando por mudanças e CIC segue forte em surpreender a cada release.
Nesta última sexta, dia 23, não foi diferente: sua faixa “Toy Soldier” foi disponibilizada nas principais plataformas digitais e já mostrou parte deste novo posicionamento. Este lançamento é emblemático para o artista, pois marca uma nova fase em sua carreira. Conversamos rapidamente com ele para saber um pouco mais sobre isso.
1) Você é um nome com experiência no cenário, acumulado nos 18 anos como DJ. A produção musical foi um passo natural para satisfazer os seus objetivos como artista?
Na real eu produzo há bastante tempo, muito antes dessa febre toda de DJs virarem produtores musicais. Foi algo natural que aconteceu para mim, sempre fui muito interessado e nerd em softwares. Comecei produzindo no DancEJay e logo corri atrás de informação para fazer cursos e me dedicar ainda mais nessa atividade. Produzir algo próprio, sempre foi uma grande vontade, então busquei realiza-la. Uma curiosidade que poucas pessoas sabem, é que produzo de tudo um pouco, adoro desafios. Hoje mesmo estou trabalhando em um reggaeton com um cantor panamenho. Está divertido fazer isso! Indo pro lado da discotecagem, semana que vem estreio um podcast em que farei questão de receber material dos produtores brasileiros. Podem enviar para: demos@cic.live
2) É seu primeiro trabalho assinando apenas como CIC. Quais são as expectativas para essa nova fase da sua carreira?
Sou movido a desafios. Há muito tempo todos me chamam de CIC, até mesmo meu pai me chama assim, então nada mais natural que deixar apenas o CIC, nessa nova fase musical. A expectativa é continuar servindo meus fãs e ouvintes com mais musicalidade e priorizando muito a qualidade do produto que chega ao mercado. Quero me aventurar em novos mercados, quero me arriscar mais como produtor e chutar para longe a zona de conforto que vivi entre 2013 e 2016. Para essa nova fase, preparei material novo, comunicação visual e diversas outras coisas que vocês vão ver aos poucos, no decorrer das próximas semanas. Estou aberto a parcerias, muitas delas já estão em andamento. Será incrível poder circular em novos mercados, principalmente o latino que vem forte. Esse ano estou com muitos lançamentos confirmados e ansioso para mostrar para vocês. Estejam abertos a novas sonoridades.
3) “Toy soldier” apresenta vários elementos que fazem dela um lançamento que merece atenção especial. Conte-nos como se deu o processo criativo por trás dela.
Acredite se quiser, mas essa música tem quase um ano que está “pronta”. O toque final fizemos aqui mesmo no Brasil, no estúdio Rastro em Ipanema. Até chegar na sua versão final, trabalhei com diversas pessoas pelo mundo. O vocal final foi gravado no Abbey Road Studios, em Londres, estúdio lendário conhecido como “a casa dos Beatles”, foi um privilégio conseguir um horário neste lugar emblemático para a música mundial.
4) Paralelamente – e para complementar este novo single – foi lançado um videoclipe da faixa. A história retratada é um pouco do que sentiu ao produzi-la e o sentimento que gostaria de transmitir?
A história do clipe é baseada em fatos reais, fatos que eu mesmo vivi há alguns anos. Tenho certeza que vocês conhecem pessoas que já passaram por problemas similares. O clipe retrata um problema social, como o desemprego e o alcoolismo. No final, quis deixar uma mensagem positiva e de superação para todos. Vale a pena assistir, foi feito com muito carinho por mim. “Seja sempre um guerreiro, não desista”.