Por: Pollyanna Assumpção
O Lollapalooza é um dos festivais mais completos do Brasil. Ele é construído para agradar a todos os públicos, desde o rockeiro clássico até o frito serroteiro do EDM. E esse ano ele não poderia ser diferente. Revisitando clássicos das antigas como Metallica e Duran Duran e clássicos recentes como The Strokes, o Lolla segue invicto em sua trajetória de inovar com artistas ainda pouco celebrados pelo mainstream e causar surpresas em seu line up. E todo ano o festival inova trazendo nomes da cena eletrônica que estão prestes a estourar de verdade e serão os próximos grandes hits comerciais, mas que tocam no palco Perry ali no limite de tempo antes de virarem estrondos mercadológicos, como foi por exemplo o DJ Snake em 2015.
Eu costumo dizer que o Lollapalooza é o melhor festival não eletrônico com um palco de música eletrônica que existe. O festival foi corajoso colocando DJs em seu segundo maior palco por anos, trazendo nomes como Deadmau5, Calvin Harris, Skrillex e Jack U, que um ano antes tocava apenas no Lolla Lounge. O festival também já percorreu caminhos arriscados convocando ANNA e sua techneira em pleno BOOM do big room. A curadoria do Lollapalooza não me decepciona e é por isso que tantos fãs compram seus ingressos antes de sequer saberem a line up.
Em 2017 não podia ser diferente. Ligados no que o público brasileiro anda dançando por aí, o festival trouxe pra gente cinco dos principais nomes do cenário nacional e que lotam todas as festas por onde tocam: Chemical Surf, Vintage Culture, Illusionize, Gabriel Boni e Victor Ruiz. Do grupo, Illusionize e Boni são os estreantes da vez. Chemical Surf e Vintage Culture voltam aos palcos no braço do povo. E obviamente não poderia faltar um som mais underground, também super bem representado por Victor Ruiz. Mas o mais importante disso tudo, é que a cada ano que passa a quantidade de DJs brasileiros no festival cresce mostrando a importância dos nomes nacionais na cena que já viveu somente de super star DJs de cachês inflacionados, hoje vive um momento de ouro e expansão.
E por falar em atrações internacionais, o Lolla segue em sua clarividência de trazer nomes que estão virando monstros pouco antes de fazerem a transformação mercadológica, e o grande nome desse ano é o Marshmello, que vem ao Brasil pela primeira vez desfalcando o time do Ultra Miami e deixando muitos fãs decepcionados lá na América do Norte. Podemos contar ainda com Flume e seu som experimental e imperdível no palco AXE levando nossa música eletrônica pro público dos outros palcos. E se unindo ao time ainda temos os reis do future house, Oliver Heldens, Tchami e Don Diablo.
Mas e aquela farofada boa que a galera curte? Esse ano a missão de fazer o público colocar a mão pra cima e tirar o pé do chão fica por conta das meninas do duo Nervo, sempre tão lembradas e solicitadas pelos nossos sommelier de line up nos comentários das fanpages de festivais, The Chainsmokers e todos os seus hits que disputam no tapa a colocação na lista do Top 40 da Billboard e o atual DJ #1 do mundo, o queridinho Martin Garrix que tem sido figura mais que festejada nos festivais brasileiros nos últimos meses
Então se alguém ainda tinha dúvidas de que o Lollapalooza é o festival mais completo do Brasil, agora não existe mais nenhuma. Visite o espaço gourmet e coma o prato de um chefe renomado enquanto caminha do Palco Perry para o Palco Skol. Descanse nas tendas e redes espalhadas pelo festival enquanto aguarda sua atração favorita. Corra nas pistas de Interlagos e tire foto na frente do letreiro do festival e no s do Senna. Mas não deixe de ter uma das melhores experiências de festival que temos atualmente no país. Nos vemos la!
