Por: Flávio Lerner
A crise da cena eletrônica portenha segue aumentando. Depois de a prefeitura de Buenos Aires proibir os festivais de dance music até segunda ordem, em detrimento das seis mortes no Time Warp, uma nova medida proibitiva foi tomada: o juiz municipal Roberto Andrés Gallardo determinou, nessa sexta-feira, o fechamento de todos clubs noturnos da capital argentina.
Segundo a Reuters, a ordem judicial de Gallardo é suspender “todas as atividades comerciais que envolvam dança, com música ao vivo ou gravada”. A ideia, porém, visa a música eletrônica, na qual os fechamentos devem durar até que a prefeitura instaure uma nova política de combate ao tráfico de drogas e o uso destas nas festas e festivais.
Os donos dos clubs, porém, não têm levado a decisão a sério — não só porque as mortes se deram num festival e não numa casa noturna, mas também porque, segundo eles, o fechamento seria inconstitucional. Tão incostitucional que a ordem já foi suspensa pelo juiz Lisandro Fastman. Esperamos que a rica cena de Buenos Aires não seja ainda mais prejudicada e que consigam se fortalecer.
Organizadores do Timw Warp foram presos
De acordo com o Resident Advisor, três organizadores do Time Warp Argentina foram presos. As acusações referentes às seis mortes — como “facilitar um lugar para a compra de substâncias ilícitas e negligência” — recaem sobre a Dell Producciones, empresa que produziu o festival. Maximilliano Avila, procurador da companhia, e Carlos Maria Garat, funcionário responsável pelas saídas de emergência do evento, foram levados sob custódia; já o presidente da Dell, Adrian Conci, se entregou à polícia.
