Música eletrônica é sinônimo de dança. Com tantas vertentes e culturas diferentes pelo mundo amando a música eletrônica, o número de passos de dança é imenso. Veja 9 deles que foram adaptados e desenvolvidos nesse contexto e como se dança!
1. Shuffle: Originado na Austrália nos anos 1980, o shuffle é um estilo fluido da cena rave, caracterizado por deslizes suaves no chão e passos rítmicos como o “Running Man” e o “T-Step”. Sincronizado com batidas de hardstyle, trance ou house, foca nas pernas, com braços relaxados, criando um visual leve e dinâmico, popularizado globalmente pelo YouTube.
2. Jumpstyle: Surgido na Bélgica em 1997, o jumpstyle é enérgico, com pulos e chutes sincronizados com hardstyle. Inclui variações como OldSchool (simples), Freestyle (truques) e RealHardJump (intenso), sendo dançado solo ou em duplas, exigindo coordenação e resistência para acompanhar batidas rápidas de 140-150 BPM.
3. Hakken: Desenvolvido na Holanda nos anos 1990, o hakken é um estilo visceral do hardcore, com chutes rápidos e agressivos no chão, sincronizados com batidas pesadas (160-200 BPM). Menos coreografado que o jumpstyle, tem postura rígida e ênfase na energia bruta, com improvisação predominante.
4. Popping: Nascido nos EUA nos anos 1970, o popping usa contrações musculares (pops) para criar um efeito robótico, com técnicas como waving e tutting. Adaptado às raves, é fluido e controlado, sincronizado com funk, electro house ou dubstep, destacando isolamentos corporais e musicalidade.
5. Freestyle Rave: Popular no Brasil, o freestyle rave mistura shuffle, jumpstyle e breakdance, com improvisação, giros e movimentos livres. Dançado em “rachas” competitivas, é expressivo e criativo, acompanhando house, psytrance ou electro house, com forte influência do rebolation.
6. Drum and Bass Step: Surgido na Inglaterra nos anos 1990, o DNB step é leve e fluido, com passos rápidos e deslizantes sincronizados com as batidas quebradas do drum and bass (160-180 BPM). Incorpora elementos de shuffle e freestyle, com foco na leveza e improvisação em espaços abertos.
7. Sarrinho: Dança com matriz brasileira, o sarrinho é sensual e improvisado, com rebolado e passos curtos, influenciado por danças urbanas e raves locais. Dançado em electro house, tech house, bass house e várias outras vertentes. É expressivo, mas menos estruturado, com variações regionais. A dança permite diversas coreografias inventadas na hora de acordo com a vibe da música, por exemplo.
8. Industrial Dance: Originado na subcultura gótica/industrial dos anos 1980, é teatral, com movimentos mecânicos, marchas e poses dramáticas, inspirados em estética cyberpunk. Dançado solo ou em grupo, tem ênfase visual e pouca sincronia rítmica.
9. Free Step: Muito popular no Brasil nos anos 2000, o Free Step é um estilo derivado do rebolation e do freestyle rave, caracterizado por movimentos livres e improvisados que misturam elementos de shuffle, jumpstyle, C-Walk e breakdance. Com foco na expressão pessoal, inclui giros, deslizes e passos criativos, muitas vezes dançados em ‘’disputas’’ em raves.
Por Adriano Canestri