A intimidade do DJ e produtor Bruno Be em uma homenagem a filha Helena

Por Luiza Serrano

Foto de abertura: divulgação

Para quem está acostumado a ver o rei do #deepsexual agitando as pistas por todo o Brasil, lançando moda com seu look roupão e meias, uma surpresa!

Como os fãs já sabem, Bruno Be, além de DJ, produtor e figura divertida e alto astral da cena de música eletrônica brazuca, é pai da Helena. Quem acompanha as mídias sociais do Bruno sabe que a sua maior fã é a filhota que, inclusive, conhece todas as tracks e, claro, tem as suas preferidas.

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Bruno Be e Helena – Foto: acervo pessoal

Com certeza, a preferida do momento é “Hot Sun”, lançada na última sexta-feira em parceria com o músico Tom Bailey, com o qual Bruno já trabalhou em outras produções.

O lançamento saiu pela HUB Records e apresenta uma face musical diferente do que a que esperamos do Bruno. Com bpm mais baixo, vocal delicado e a participação da Helena, que emprestou as suas risadas cativantes para a track, o produtor lançou mais do que uma produção, mas uma homenagem a filha, um sonho já antigo. “Nesta música a ideia foi ser um presente para a minha filha, 100% pensando nela. Então não me prendi a estilo, bpm, sonoridades, foi por isso que ela veio diferente”, explica.

“Hot Sun” ganhou também um clipe com imagens pessoais e que têm um significado muito forte para Bruno, que contou com a importante aprovação da homenageada, que fez questão de liberar pessoalmente o lançamento. Conversamos com ele para sabermos mais sobre essa música tão importante na sua carreira.

HM – Há quanto tempo você veio trabalhando nesta música para homenagear a pequena Helena?

Essa história começou antes mesmo da situação que a gente está vivendo hoje. Esse projeto vem desde do ano passado. Eu estava conversando com o Tom Bailey sobre outra música minha, a “Best Friends” – que era a música que quando eu tocava nos shows, aparecia imagens minhas com a minha filha no telão. E eu falei para ele sobre a minha vontade de fazer uma música 100%, do início ao fim, dedicada a Helena.

HM – Sabemos que encontrar uma voz que se encaixe na composição e na produção não é tarefa fácil. Como foi esse trabalho com Tom Bailey?

O Tom já trabalha comigo há algum tempo. Para quem não sabe, ele é um músico muito bom. Ele é um multi-instrumentista que sempre me atende quando eu preciso de algum instrumento gravado, com qualidade. Ele sempre trabalhou muito rápido nas entregas. E ele me falou que também cantava, só que o timbre dele não se encaixa em qualquer tipo de música. A gente já estava procurando alguma coisa para fazer juntos, do início ao fim, e dessa vez encaixou.

HM – O clipe realmente é emocionante e mostra um pouco mais da sua intimidade, da sua família. Como foi reunir cada momento especial?

Metade do clipe foi feito do celular e a outra metade em um, dois dias de gravação com o Harley, que já é aqui de casa, do nosso time. Eu quis fazer um clipe passando realmente a nossa verdade. E eu acho que o público, atualmente, está se identificando mais com isso. Eu sempre fui de mostrar os meus relacionamentos, minha família, amigos, as coisas simples da vida para as pessoas. Gosto muito de valorizar isso.

HM – Estamos todos muito fragilizados com a situação atual em todo mundo. Parece que colocaram uma lupa nos nossos sentimentos, e esse lançamento traz uma face ainda mais humana, que vai além de ídolo, mas pai, família. Como tem sido esse período ainda mais próximo da Helena, da sua casa? O que essa quarentena tem proporcionado de bom para você?

Não é fácil, pois eu estava acostumado a viajar todo fim de semana. Ir aos eventos do Só Track Boa, ver meus colegas, ver meu front que são meus fãs, que já viraram meus amigos. Mas eu sentia muita falta de ter tempo de ficar em casa, ter tempo de verdade para ficar com a minha filha. Então é ruim por um lado, porém, me deu umas férias que eu não sabia, mas, estava precisando. Está dando pra focar no estúdio, nos meus sentimentos e no valor para as coisas que sempre estiveram do meu lado mas talvez eu nunca tenha dado o devido valor.

HM – A pergunta que não quer calar: e a Helena, aprovou? Qual foi o feedback da principal homenageada?

A Helena tinha que aprovar. A música foi feita para ela e ela tinha que gostar se não o projeto não ia para frente. Para mim, o melhor feedback é esse. Eu ia pegar ela na casa da mãe e a primeira coisa que ela perguntava quando entrava no carro era para colocar essa música, como já aconteceu com outras músicas minhas que ela gostou e acabaram virando sucesso. O feedback de uma criança é sempre puro, sempre de verdade, e dessa vez foi assim também.

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