Select Active fala sobre o poder das redes sociais no crescimento artístico

Por Marllon Gauche

Foto de abertura: divulgação

Não é de hoje que batemos nessa tecla: as redes sociais são ferramentas poderosíssimas para ajudar no crescimento artístico e atrair novas pessoas com o trabalho executado. Há algum tempo, o protagonista era o Facebook, mas hoje não é novidade para ninguém que a maior parte das atenções estão voltadas para o Instagram. Mas se você acha que isso começou agora, está muito enganado.

Desde a época do Orkut, que bombou há mais ou menos 10 anos e foi praticamente extinto em 2014, a plataforma já servia de apoio para artistas da música eletrônica. Select Active, por exemplo, logo no início da carreira, em 2010, já fazia uso do Orkut para divulgar seu trabalho. “Lembro que tinha uma comunidade muito boa chamada ‘New Electro-Prog Downloads’ do Pedro Mamprim, diversos artistas divulgavam o trabalho por lá: Vintage Culture, KVSH, FlexB, Groove Delight, Gustavo Mota, Chemical Surf e mais uma galera. Foi uma comunidade muito importante para a cena, principalmente pelo networking que rolava”, lembra Kennedy.

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Essas comunidades faziam parte ativamente da sua rotina, sempre que lançava algo, divulgava e pedia para os amigos comentarem nas publicações, fazendo com que ficasse no topo. A visibilidade foi tamanha que, com o tempo, Kennedy chegou a ficar no top chart do SoundCloud. De 2013 a 2016, ele encabeçou um projeto chamado Duo Freak, mas logo depois voltou com foco no Select Active, ano em que o Facebook estava em alta.

“Era visível a importância da rede social para o crescimento dos novos artistas, pois diferente do Orkut, o Facebook possibilitou alcançar muitas pessoas através dos anúncios. Eu fazia tudo sozinho, testava bastante e depois mensurava os resultados para entender o que havia funcionado melhor, com base nisso definia as próximas estratégias. Sempre investi nas publicações, principalmente nos lançamentos”, conta Kennedy, que trabalhou em uma empresa de e-commerce em 2015, experiência que o ajudou a conhecer mais sobre marketing digital.

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Foto: Rhoney Persike

Em 2017, o foco passou a ser no Instagram, após perceber a migração do público para a plataforma, muito pela dinâmica que ela passou a oferecer. “Pelo Instagram ficou mais fácil se aproximar do público, mostrar o dia a dia e manter uma conexão ativa. Ainda utilizo bastante o Facebook, mas para conteúdos mais específicos como vídeos de gigs e lançamentos de músicas. No Instagram, busco sempre me relacionar com eles, mostro a rotina, o processo de criação de uma track, novidades. Eles precisam se sentir como parte do projeto”, explicou Kennedy, que sempre reserva um momento também para responder comentários nas publicações e no direct.

Hoje, sem as gigs devido a pandemia, ele busca manter o mesmo planejamento de conteúdo, mas também busca novas formas de entregar conteúdo para quem o segue. “É importante estar atento aos formatos, todos trazem bons resultados, mas tudo depende do objetivo. Vídeo e áudio são ideais para se conectar com as pessoas, então, sempre que possível, é uma alternativa para sair do padrão de fotos”, disse ele, tendo como exemplo a espontaneidade de Vintage Culture e Illusionize.

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Foto: divulgação

Importante reforçar que, apesar das referências, é fundamental mostrar quem você é de forma criativa. “Acompanhe o que grandes artistas fazem, anote tudo e crie a sua própria estratégia a partir disso. Não tenha medo de errar. Estude sobre marketing digital, teste, erre e aprenda, é assim que você alcança resultados melhores. Indico as lives do Pedro Sobral, ele fala muito sobre campanhas no Instagram, Facebook e Google, e claro, o bom e velho YouTube está sempre à disposição”, finaliza.

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