Cinco gravadoras chave para um bom warm up na opinião do DJ e produtor Leonardo Ceviche

Por Marllon Gauche

Foto de abertura: divulgação 

Entre as características mais importantes para quem deseja se posicionar como um excelente DJ estão versatilidade, pesquisa musical, mixagem precisa, leitura de pista e timing musical. Todo artista em início de carreira sabe que o mercado é concorrido e é necessário se adaptar e saber lidar com diferentes situações, uma delas é estar preparado para abrir os trabalhos de uma noite em um club, o famoso warm up.

Quando este momento chega, possuir um background musical avançado é fundamental para escolher as tracks certas e ir criando o clima ideal do local, aquecendo a pista para os DJs que se apresentarão na sequência. Apesar do DJ de warm up ainda ser pouco valorizado aqui no Brasil, essa é, sem dúvidas, uma posição de muita responsa para o artista que está se apresentando.

Para dar uma mãozinha na pesquisa musical dos artistas que buscam faixas que se encaixem neste momento, nós convidamos o paranaense Matheus Kuck aka Leonardo Ceviche para recomendar cinco gravadoras que possuem bons lançamentos para as horas iniciais do evento. Ele, que antes se apresentava como Kuk, decidiu por uma nova guinada em sua estética sonora e hoje transita muito bem pelo minimal, house, deep house e deep tech, buscando afirmação na posição de DJ de warm up.

Ceviche traz texturas hipnóticas, lineares e aquáticas em suas produções e sets e prova que não é preciso exagerar nos elementos para construir músicas imponentes. Bons exemplos são seus releases pela Milimetric, Tonic D Records e Fine Music, do Peru, label que o levou em 2019 para uma tour no país, a sua primeira com caráter internacional; por lá ele tocou no Dragon Del Barranco, em Lima, e no EClub, em Cusco.

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Leonardo Ceviche – Foto: divulgação

Hoje, com quase uma década de experiência de pista, ele tem gabarito para nos entregar uma seleção de excelentes gravadoras para explorar no momento de warm up.

Dirt Crew Records

“Selo houseiro, puro. No catálogo deles você consegue encontrar sons tanto direcionados para momentos de pico na pista, quanto para warm ups. Uma que gosto muito é ‘Step by Step’”.

Heist Recordings

“Fundada em 2013 pelo duo Detroit Swindle, a gravadora também firma identidade no house e mantém uma quantidade absurda em termos de qualidade musical. Texturas cromáticas e noventistas, somadas a baixos orgânicos e baterias mais sujas são a marca registrada da Heist”.

hedZup Records

“Selo francês que é um dos precursores do house/minimal ‘French Touch’ e realiza lançamentos tanto em formato físico, quanto digital. É obrigatória na case de quem trabalha com essa linha de som, assim como eu. O bacana é que dá para encontrar produções mais ‘tranquilas’, ótimos para warm up, tanto para momentos quentes de pista”.

PIV Records

“Resolvi deixá-la no final da lista para ‘fugir do óbvio’, mas, uma coisa é certa, o selo holandês é hoje uma das maiores referências para os artistas que pretendem seguir uma linha de house bem original. Ainda que de vanguarda, a PIV apresenta fortes raízes no house noventista”.

Rendr Records

“A gravadora britânica representa o crescimento exponencial do gênero deep house e minimal house no Reino Unido. Depois de selos de países como Holanda e França terem mostrado um trabalho muito consistente dentro do gênero, a Rendr evidencia a expansão do gênero na Grã-Bretanha”.

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