Bloco Me Gusta: 5 anos de música eletrônica 0800 no Carnaval do Rio

Por Nazen Carneiro – Coluna Tudobeats

Foto de abertura: divulgação

Foi-se o tempo em que apenas as marchinhas embalavam os foliões do carnaval carioca. A cidade que é berço do samba é também multi-cultural, cosmopolita e abraçou diversos estilos musicais na sua maior festa.

Com esta visão que o Bloco Me Gusta surgiu no Carnaval da cidade maravilhosa, há cinco anos, trazendo para a rua DJs e compositores de música eletrônica. O bloco tem sua origem no evento de mesmo nome – Me Gusta – que, há dez anos, promove a cultura eletrônica na cidade. “Quando a gente começou não tinha nada de eletrônico na rua praticamente, hoje, isso é normal, e o bloco nunca parou de crescer”, afirma Fernando Deperon, fundador do bloco e um dos sócios da marca.

De lá para cá, mais de 80 artistas passaram pelo Bloco Me Gusta que, de tanto crescer, saiu da Lapa e este ano fará seu evento no Passeio Ernesto Nazareth, bairro do Santo Cristo da capital fluminense, em parceria com o Núcleo de Ativação Urbana, o NAU. Além de um lugar maior, o bloco se dividiu em dois para comportar mais apresentações. A curadoria do evento conta, cada vez mais, com a participação feminina na produção de cultura eletrônica e convocou mais de vinte artistas nacionais.

nzpr_2020_02____bloco_me_gusta_2_500
Foto: divulgação

São diversas presenças ilustres de dentro e fora do Rio de Janeiro, como Flow & Zeo e Leo Janeiro, que tocaram no Rock in Rio 2019; Luthier que tocou no Universo Paralello deste ano além, da presença de Andreller, Aryella, Auad, Beatype, Belch, Beranger, Branca Trentin, Digital X, Facchinetti, Flo Masse, Live Motel, Malky, Marcello Vor, Pachu, Pedro Piu, Ravi Furnari, Saddam, Tata Ogan, T_Pazos, Toxxina, Victor Costa. Separamos dois destaques para você conhecer mais!

nzpr_2020_02___amanda_chang_no_dedge_500
Amanda Chang – Foto: divulgação

Amanda Chang

Moog Mother e DFAM, Modular System, Arp Sequencer, Arturia Mini Brute 2S e Impact, entre outros fazem parte da parafernália tecnológica sonora explorada por Amanda Chang. A artista adora usar sons inarmônicos,imprimindo uma característica – digamos assim – “extra-terrestre” nos seus sons sequenciados pelo ARP sequencer. Moog Mother para os baixos são bastante explorados, assim como TC electronic delay para dar uma bela cor no som. Não entendeu nada? Vale a pena ouvir o som que Amanda Chang traz às pistas, resultado de intensa pesquisa com alguns dos maiores especialistas do Brasil, Argentina e Europa. Esta pesquisa sonora intensa levou Amanda Chang a ministrar um workshop sobre “Sintetizador Modular: Onde Começar”, no Amsterdam Dance Event em 2019, um dos maiores eventos de música eletrônica de dança do mundo.

nzpr_2020_02___ella_de_vuono___foto_recreioclubber_500
Ella de Vuonno – Foto: divulgação

Ella De Vuono é uma das residentes da festa Capslock e seu nome tem ganhado cada vez mais força dentro da cena paulistana. O circuito nacional também a recebe bem e a artista soma passagens por endereços como Club Vibe, Warung Beach Club e Universo Paralello, além de algumas passagens por destinos da Latino América e Europa. Nos estúdios, ela transita entre labels como Krafted Records, Pro-File Recordings e Perception Corp, onde figurou no primeiro VA brasileiro 100% composto por mulheres, o Potyra Brasileira. Ella [de Rafaella] de Vuono venceu, no ano passado, o BURN Residency realizado no Brasil.

O bloco sai para a rua no domingo, dia 23 de fevereiro, às 16h, e segue noite adentro até o sol raiar com diversas sonoridades como house, tech house, acid, trance, prog, black, tropical, entre outras. O acesso é gratuito, mediante retirada pelo Sympla

Fique por dentro