Por Marllon Gauche
Foto de abertura: Dilson Ferreira
De grandes festivais a pequenos palcos. Não importa se o público é de 500 ou 10 mil pessoas, quando o duo Breaking Beattz assume a cabine, a tarefa mais difícil para quem está na pista é ficar parado. O projeto não tem nem cinco anos de estrada e o sucesso que a dupla vem fazendo é algo realmente impressionante. As carreiras individuais de Lauro Viotti e Rafael Zocrato no passado até podem explicar um pouco disso, mas fato é que o trabalho desenvolvido de forma conjunta tem seu brilho próprio.
Pavimentando sua própria estrada, os mineiros conseguiram alcançar grandes gravadoras logo cedo, como Bunny Tiger e Up Club Records, produzindo faixas lado a lado com grandes nomes da cena eletrônica como Bhaskar, Chemical Surf, Hot Bullet e Sharam Jey. Ano passado, viram o projeto ganhar novos horizontes com apresentações inesquecíveis por grandes clubs da eletrônica nacional, entre eles Green Valley e Laroc.
Mas a agenda lotada de gigs não impediu que o duo separasse parte de seu tempo para falar com exclusividade conosco. Confira a entrevista e conheça um pouco mais do background da carreira do BBeattz.
HM – Olá, Lauro e Zocrato, tudo bem? É um prazer falar com vocês! Apesar de não possuir nem cinco anos de projeto, o sucesso já é algo eminente na jornada do Breaking Beattz. Ao que vocês creditam isso?
Olá, pessoal, tudo ótimo. O prazer é todo nosso! Apesar do projeto ser mais novo, nossa carreira já vem de antes, temos aproximadamente 10 anos de história em projetos distintos e de quatro anos e meio pra cá que nos juntamos, isso foi muito importante pra gente poder ter uma ideia concreta do que queríamos, conhecer o mercado e também criar uma identidade sonora, juntando as semelhanças e diferenças dos nossos gostos e estilos, além de contatos e amizades com pessoas que já estavam na cena durante o mesmo tempo ou mais.
HM – Quais as vantagens e desvantagens de estar baseado em Minas Gerais?
A vantagem é que somos daqui, nossa base está aqui, amigos, família, pessoas próximas, além de BH ser com certeza uma das melhores cidades pra se viver no Brasil. A grande desvantagem é a logística, que na maioria das vezes é mais cara do que se morar em SP, por exemplo. Também é mais desgastante por ser na maioria das vezes com conexões em outros aeroportos. Como em qualquer outro mercado o centro de tudo está também em SP, então temos que constantemente fazer umas visitas por lá. Passa por nossas cabeças um dia nos mudarmos, mas não por agora.
HM – Em 2017, ano do último top 50 DJs pela House Mag, vocês alcançaram a posição #36, uma colocação bem representativa para um projeto com relativamente pouco tempo de estrada na época. De lá para cá, quais outras conquistas ficaram marcadas?
De lá pra cá muita coisa aconteceu, entramos para uma das maiores agências do país, tocamos em clubs e festas como Kaballah, Laroc, Green Valley, XXXPerience, conhecemos quase todo o país, viajamos para fora e nosso som alcançou locais inimagináveis! Boas amizades também vieram com pessoas que antes eram vistas por nós apenas por redes sociais e, o mais importante, conseguimos consolidar nosso nome que antes era uma aposta como um projeto de respeito e com um futuro promissor.
HM – Bunny Tiger, HUB e Up Club Records são algumas gravadoras que se renderam à sonoridade de vocês. Como o #bassdevagabundo pode ser definido? Quais as principais características e influências que o som do Breaking Beattz possui?
#Bassdevagabundo é uma brincadeira que fizemos para definir não só o nosso som mas todos aqueles que a gente se identifica e curte, tanto que virou o nome do nosso podcast! Temos muita influência do tech house, deep house, gangsta house, bass house, hip hop, disco.
HM – Confirmações na XXXPerience, Rock in Rio, parece que nem mesmo o céu será o limite para o projeto. Qual o maior sonho de vocês enquanto artistas neste momento?
Nosso desejo é de continuarmos firmes na caminhada e cada vez mais nos consolidando no Brasil, junto disso iniciarmos uma carreira fora também, acreditamos que nosso som também é bem aceito por lá e estamos iniciando um trabalho para esse mercado.
HM – No final do ano passado vocês estrearam no El Fortin e em breve estarão retornando ao club. O que de melhor vocês lembram da passagem por lá? Qual expectativa para esse retorno?
O El Fortin nos surpreendeu bastante, o famoso “trevas tem uma das melhores pistas do país e durante o nosso set a vibe estava infinita! A expectativa para o retorno está alta, já vimos muita gente comentando nas redes sociais sobre nosso retorno e prometemos mais um set daqueles!
HM – Para fechar. Qual o recado que vocês deixam para quem está começando na indústria musical e ainda busca espaço e reconhecimento? O que não pode faltar de maneira alguma para que os objetivos sejam alcançados? Obrigado por falarem com a gente!
Nunca esquecer que o maior propósito de tudo tem que ser a música! Ter uma identidade é muito importante, receber feedbacks e procurar melhorar também, depois disso todo o restante vem e é tão importante quanto, mas nada disso é possível sem ter o principal que é o som. Persistência, perseverança e dedicação são coisas que você vai ouvir durante muito tempo e pode soar repetitivo, mas não tem verdade maior do que essas palavras. Obrigado pelo espaço!
Foto: divulgação