Zerky e Fernandez lançam Dark Side

Por Marllon Gauche

Foto de abertura: divulgação

“A união faz a força”. Essa provavelmente é uma das frases mais clichês que conhecemos, mas que não deixa de ser verdade, concorda? Foi o que rolou no mais novo lançamento de Zerky e Fernandez, “Dark Side”. A track, que já estava parada há algum tempo, foi finalizada quando os dois decidiram somar forças para deixá-la com nova roupagem.

O resultado? Uma faixa contagiante! Vocais, bassline, bateria, tudo parece conversar perfeitamente, tanto que a track foi parar nas mãos de Vintage Culture e já está sendo reproduzida pelo astro em diversos lugares. Para saber mais detalhes, nós trocamos algumas figurinhas com Zerky e Fernandez em uma entrevista exclusiva. Dá o play e segue com a gente!

HM – Olá, Zerky e Fernandez, obrigado por toparem essa entrevista. “Dark Side” acabou de ser lançada, a primeira collab de vocês juntos. Como foi produzi-la e qual é a ideia por trás dessa faixa?

Zerky: Olá! Obrigado pelo convite. Foi bem fácil, a hora que eu peguei o feeling da track não parei mais, a ideia foi fazer diferente, algo mais house.

Fernandez: Produzi esse som em um momento que vi que o cenário eletrônico estava pra mudar, queria trazer umas características não “comerciais” como já havia no mercado, queria algo diferente. Criei a ideia e mandei pro Zerky, que tem uma identidade muito forte e muito talento, sabia que ele agregaria muito na track, ele deu outra cara pra ela e ficou bem legal.

HM – Existem referências musicais por trás de “Dark Side”? Por quais projetos é formado o background musical de vocês?

Zerky: Eu sinto que a “Dark Side” bebeu muito da fonte do Purple Disco Machine, Claptone. Eu sou um cara muito aberto para música, então eu gosto de tudo que for bom para meus ouvidos.

Fernandez: Quando comecei ela, minha visão era misturar elementos de várias tracks aleatórias [risos]. Atualmente, ando escutando muito house melódico, techno, mas, as vezes, uso samples de outros gêneros, como disco house, indie dance. Creio que essa seja a melhor maneira de criar algo diferente, absorver um pouco de cada.

HM – A track já tem suporte de Vintage Culture e outros grandes DJs. Pra vocês essa estética sonora é o que está “bombando” no Brasil neste momento? Como vocês enxergam a cena nacional atualmente?

Zerky: Ela com certeza é um potencial de nova identidade para eu e o Fernandez, tem muito a ser explorado nisso ainda. Acho que o cenário nacional agora esta em um momento muito aberto, tudo é possível agora, não vejo um estilo que nos defina, e isso é ótimo.

Fernandez: Sim, creio que vai bombar muito ainda e estou gostando demais dessa mudança. Creio que é o cenário que mais me agradou até hoje, muita música diferente, muitos produtores talentosos e que estão buscando outras referências, estão deixando de fazer mais do mesmo.

HM – Vamos além da música. Contem pra gente como cada um iniciou a carreira e o que mais os motivou?

Zerky: Em 2013, depois de ver o set do Dimitri Vegas & Like Mike no Tomorrowland, me apaixonei pelo universo da música eletrônica, mas só em 2014 comecei a produzir. Quando comecei ja tinha várias outras referências, tanto brasileiras quanto gringas.

Fernandez: Eu comecei a estudar e produzir em 2012. Na época, o EDM estava em alta, eu sempre amei música eletrônica, já havia tentado algo no FL Studio antes, mas não saia nada além de bateria [risos]. Um dia decidi parar a faculdade pra aprender a produzir, o amor pela música, os familiares, meus amigos, todos me motivaram e continuam me motivando!

HM – Quais dicas são fundamentais para que estão começando agora e entrando num mercado cada vez mais concorrido? 

Zerky: Produzir, produzir, produzir. Sem parar, todo dia, foi isso que eu fiz.

Fernandez: A dica que dou é estudar bastante, de tudo, escutar outros estilos de músicas e tentar absorver um pouco de cada. Com a concorrência atual, devemos mostrar diferencial e, o principal, acreditar em você e na sua música.

HM – Temos muitos  DJs e produtores talentosos aqui no Brasil. Quais mais inspiram vocês no momento, além do próprio Vintage Culture? 

Zerky: Tem muita gente boa hoje em dia, mas meus favoritos são: Mochakk, Fancy Ink, MKJAY, Ownboss, Bruno Be.

Fernandez: Gosto muito do som do Gui Boratto, Victor Ruiz, Gabe, Rocksted, Fancy Inc, Bruno Be, Meca, Ownboss, do próprio Zerky, vixe, tem uma galera mandando uma sonzeira!

HM – Como estão os planos para 2020? O que vem pela frente nos projetos de vocês?

Zerky: Bastante música, podem ter certeza. Valeu!

Fernandez: Já tenho alguns projetos prontos, em andamento, lançamentos. Esse ano quero pegar firme e tentar inovar a cada música, chegar em sonoridades diferentes! Obrigado pelo bate-papo!

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