
VINTAGE CULTURE – RANK 54
Autodidata, Lukas Ruiz, mais conhecido como Vintage Culture, trouxe à cena brasileira mais do que algumas tracks novas – ele foi o pioneiro no país em desenvolver um estilo do comercial, mais conceitual e marcado, com graves mais presentes e, muitas vezes, vocais conhecidos.
Dessa forma, em uma época onde o EDM (e principalmente o bigroom) se mostrava um estilo cada vez mais saturado, o artista conseguiu “estourar” um novo modo de fazer (e até de curtir) música eletrônica, aliando elementos do deep house e do nu disco a vocais de musicas famosas. Esses remixes chamaram atenção na cena, conseguindo o garoto entrar para o casting da Entourage no começo de 2014.
A partir daí, sua carreira foi estourou expoencialmente, visto que um criterioso e amplo trabalho foi feito em sua imagem, em suas redes sociais e em suas gigs. O artista chegou a ser convidado pelo próprio Dimitri Vegas para tocar no palco Smash The House na Tomorrowland Brasil 2015. O artista tem enchido as pistas por todo o Brasil, conseguindo fechar com grandes gravadoras como a Spinnin Records, com hits como “Wild Kidz”. O empreendedorismo é evidente na carreira de Lukas, que é dono da label “Só Track Boa”. Outro highlight foi o convite que o artista recebeu para tocar no mainstage do Ultra Miami, o que infelizmente não ocorreu por questões de saúde.
Ano passado o artista ficou em #118, estando de fora do ranking do top 100. Esse ano o dj conseguiu a posição de 54, feito ainda mais impressionante se considerarmos que é a primeira vez dele na lista!
ALOK – RANK 25
Filho de DJs muito bem consolidados na cena do trance nacional (DJ Swarup e Ekanta), Alok Petrillo teve contato desde cedo com a música eletrônica, começando a tocar aos 10 anos. Com muita influência dos pais, o DJ ponderava, inicialmente, enveredar pelo psytrance, mas depois de amadurecer sua sonoridade, encontrou seu lar na música: o low bpm. O DJ cresceu junto com sua marca, UP Club, que trouxe releases que em muito mudaram (para melhor) o jogo do low bpm no país.
Tocando por todo o Brasil e cativando uma legião de fãs, Alok chegou ao seu auge com o super hit “BYOB”, que se tornou a track mais tocada no Soundcloud em todo o mundo. E vai muito além: o baixo marcante e característico da track foi transformado em tendência, com o surgimento do que Alok chama de “Brazillian Bass” – som que é presença certa nas melhores pistas do país e inclusive nomeia seu palco assinatura na Tomorrowland Brasil. Sendo um pois um nome fortíssimo na cena nacional, Alok ja assumiu o mainstage da Tomorrowland Brasil nas edições 2015 e 2016, EDC Brasil, Ultra Brasil e Miami – além de ter tocado 2 vezes em palcos secundários na Tomorrowland Bélgica.
É a segunda vez que o DJ está no ranking da DJ MAG, tendo ficado em #44 ano passado – e alcançado #25 atualmente.
Nosso saldo, portanto:
Dezembro de 2015 – Alok ficou em 1º, Vintage em 2º e Felguk em 3º no TOP 50 HOUSE MAG
Em outubro de 2016 – Alok ficou em 25 (1º brasileiro), Vintage em 54 (2º brasileiro) e Felguk em 67 (3º brasileiro) no TOP 100 DJ MAG
E ai, o que muda daqui pra frente? A resposta é: não “muda”. Na verdade, já “vem mudando”. Os DJs brasileiros como um todo vem quebrando barreiras, alcançando metas que antes eram impensáveis no cenário nacional. Temos grandes gravadoras como a holandesa Spinnin` Records lançando tracks de produtores brasileiros, grandes festivais mundiais como Tomorrowland, EDC e Ultra de olho nos djs e fãs brasileiros. Surgem cada vez mais exemplos de djs de nosso país tocando em festivais internacionais, seja no palco principal como nos palcos secundários. Era muito mais raro ocorrer algum desses fatos há alguns anos.