Por: Rodrigo Airaf
O Tomorrowland Brasil aconteceu entre a última quarta e domingo e levou cerca de 150 mil pessoas pra curtir a chave para a felicidade, que embalou o tema desta edição. Line up de primeira, conceito imersivo, palcos oméricos e frozen de Skol Senses fizeram parte da magia. Ao contrário do ano passado, decidi curtir o festival no camping oficial do Tomorrowland, o Dreamville, e trago aqui 5 motivos que fizeram o Dreamville ser uma parte importantíssima na experiência do Tomorrowland Brasil.

A vibe de comunidade
O Dreamville leva pelo menos 15 mil pessoas fãs de música eletrônica para conviver em um só lugar. Sabemos que a união é uma das características mais fortes da nossa cultura — especialmente para quem vai a festivais — e no Dreamville não foi diferente. As pessoas lá se tratam como irmãos, e a convivência é realmente muito agradável. Uma mão lava a outra, seja porque você precisou de um alicate, ou uma toalha, ou um pouco de gelo. Você pode chegar em qualquer barraca e dar um oi que em menos de meia hora você já está na sombra deles comendo um pacote de doritos e falando sobre os shows do dia anterior.
A carol voltou
O grande meme do ano passado no Dreamville foi a tal da Carol. Todos chamavam por ela, mas ninguém sabia onde ela estava. Uma das teorias era sobre um gringo ter conhecido ela e ela ter sumido no dia seguinte. De qualquer forma, as madrugadas no acampamento, pelo segundo ano seguido, eram preenchidas por gritos pela Carol. Vai virar tradição?
A fuga do sol
No Dreamville, você é obrigado a ficar acordado após as 8h da manhã. O sol não deixava ninguém dormir. Algumas pessoas se refugiavam em espaços com sombra espalhados pelo acampamento, enquanto outras improvisavam pequenas tendas amarrando sacos de dormir ou lençóis entre uma barraca e outra. Era a melhor desculpa possível para beber cerveja gelada antes que os shows começassem. E o bom era que
a água era gratuita la (em todo o festival) – dessa vez tinham bebedouros em todos os banheiros e não apenas em alguns, como no ano passado.

Os afters
A grande alma de um acampamento com jovens em um festival de música eletrônica são as próprias pessoas. Em cada canto havia uma afterparty improvisada, seja o cara que levou uma mochila com caixas de som para animar a galera, seja o grupo de amigos jogando beer pong no gramado (pode entrar com até 12 latas de acoólicos e mais 12 de não alcoólicos, além das comidas lacradas ilimitadas), sejam os meus vizinhos que colocaram rock clássico para tocar no Easy Tent ou as várias festas no camping regular que viravam a noite. Não existe sono no Tomorrowland.
A área do The Gathering
O The Gathering, área do Dreamville dedicada à festa oficial do camping que aconteceu um dia antes do Tomorrowland, era também a área do marketplace. Isso fez com que tudo virasse um grande chillout durante os dias do festival. A dance music mais leve tocava em volume humilde no palco enquanto as pessoas sentavam em suas cangas para comer, beber e relaxar. Era como ir no parque da cidade em um domingo de sol.
E PRA FINALIZAR UMA SUPER-HISTÓRIA BONUS QUE ACONTECEU BEM LÁ E ENVOLVE A NOSSA FOTO DE CAPA… UM PEDIDO DE CASAMENTO PRA LÁ DE ESPECIAL:
Tudo aconteceu assim: Alex Cangussu, 27, DJ/fotografo, resolveu fazer uma pequena surpresa para sua namorada, Rafaela Franklin, 23 anos, estudante: “Eu comprei as alianças antes do evento e lá fiz contato com a galera que entregava o jornal no Dreamville. Eles conseguiram um fotografo do evento e um mega fone para eu falar bem alto! Por volta de 13:40 eles me chamaram, eu liguei a sirene do mega fone e comecei a falar chamando a atenção dela. De repente ajoelhei e fiz o pedido. Ela aceitou e fizemos essa outra foto em frente a entrada do tomorowland :) Eu tremia para colocar as alianças, e ela também”.
Vida longa ao casal e a todos os que participaram desses momentos mágicos que foram o Dreamville e o Tomorrowland!