Giovana Feltrin Lummertz, 22 anos, nos escreveu sugerindo uma entrevista com o menino prodígio Zabot. Nós adoramos e concordamos que está na hora de batermos um papo com este artista cujo crescimento se mostrou consistente nos últimos tempos. Como se não bastasse, ele fez aniversário há 2 semanas, no dia 16 de março. Por isso fizemos um convite à estudante de Administração de Empresas de Florianópolis, SC: Ela mesma entrevistaria o seu ídolo. Ela topou e assim inauguramos no site da House Mag uma nova coluna hoje: Heroes, onde fãs aproveitam para saber tudo o que sempre quiseram sobre seus ídolos.
Com a palavra, a Giovana:
Oi Zabot!!!
Primeiramente, gostaria de parabenizá-lo pelo artista maravilhoso que és. Toda tua dedicação, comprometimento e profissionalismo é algo muito admirável e dá pra ver de longe!
Conheci você meio sem querer… Minhas amigas me influenciaram a ir em uma festa, em novembro de 2013. Eu não estava muito animada, mas acabei indo por elas. Quando cheguei lá, anunciaram que o (na época) Rafael Zabot, entraria para tocar. Não sabia quem era, nem nada, mas quando começou a tocar, veio uma energia em mim de outro mundo! O entusiasmo deste DJ contagiou a festa toda. Animou quem não estava e quem já estava ficou ainda mais.
Desde então não parei de ir a nenhuma festa em que o Zabot tocava. Acompanhava ele em todas as redes sociais. Quando tinha festa, chamava todos os meus amigos para irem comigo porque sabia que lá, íamos nos divertir muito. A cada festa, uma sensação diferente. Fui aprendendo a amar ainda mais a música eletrônica graças a você, Zabot.
Mesmo acompanhando sempre o seu trabalho, gostaria de fazer algumas perguntinhas e agradecer à House Mag pela oportunidade:
GIOVANA / HOUSE MAG – Qual foi a maior dificuldade pela qual que você já passou para chegar aonde está?
ZABOT – Já passei algumas dificuldades nessa carreira. Quem nunca, né? A vida é feita de dificuldades, e você tem que aprender a superá-las e se tornar cada vez mais forte. Mas eu sou um cara que valoriza demais as pessoas, e infelizmente nesse ramo existem muitas pessoas que são aproveitadoras. Acho que a maior dificuldade que eu ainda enfrento, é de lidar com pessoas assim.
Muitas pessoas já sabem, você largou o curso de Engenharia da Automação para se dedicar à música. Se pudesse voltar no tempo, mudaria a opção que fez?
Não me arrependo jamais. Aliás, arrependimento é um dos piores sentimentos do mundo, ainda mais quando você se arrepende de coisas que você não fez. Mas eu agradeço todos os dias por ter tomado essa decisão. Ser músico, ser DJ, é a única coisa que eu me vejo fazendo pro resto da minha vida. Poder se expressar através da música, oferecer sentimentos às pessoas, não tem preço no mundo que pague.
Como é ser um incentivador para várias pessoas que sonham em ser um dj profissional?
Nunca imaginei chegar a esse ponto. Até porque, a gente nunca sabe o dia de amanhã. Mas ser inspiração para as pessoas é uma sensação inexplicável. É um dos pontos que me encorajam a continuar nessa estrada. É engraçado como o incentivo vale para os dois lados, né?
Eu sempre tive ídolos durante toda a minha vida, por isso que é extremamente gratificante poder estimular as pessoas com o meu trabalho. Espero continuar servindo de inspiração para todos os futuros DJs ou até mesmo para aqueles que já estão nessa carreira.
Em relação à Pacha Floripa, onde você foi residente, sente saudades de tocar lá?
Ser residente da Pacha Floripa foi um dos melhores momentos da minha carreira. Me sentia literalmente parte do club. Era como se eu fosse um membro do seu corpo. Conheci inúmeras pessoas, diversas amizades que vou levar pro resto da minha vida e com certeza, incontáveis festas inesquecíveis. Não tenho palavras pra descrever o quanto foi incrível essa passagem pela Pacha Floripa. O carinho que eu recebi de todos os fãs é uma memória que vou levar comigo pra sempre.
Toda vez que volto para tocar na Pacha é sempre diferente. Um carinho, um amor por essa pista… Por isso, essa saudade de tocar lá não vai passar nunca!
Você já abriu shows para nomes muito conceituados da música eletrônica, como Dimitri Vegas & Like Mike, Deadmau5, Fatboy Slim, Kaskade, entre outros… Qual sua sensação de poder passar a pista para esses mestres?
É muito legal poder passar a pista para esses mestres, ainda mais quando eles são os seus ídolos. Poder ver de perto esses feras, poder dar um aperto de mão, trocar algumas ideias, conversar, receber apoio de pessoas assim é muito gratificante. Então a sensação não podia ser melhor. Você percebe que no fundo, todos somos pessoas normais, com objetivos, felicidades, medos, anseios, sentimentos e etc… Fatboy Slim também come, sabia?
Qual foi a maior loucura que você já fez pra poder tocar em uma festa?
Já fiz várias loucuras, mas tem uma que consegue se superar. Foi no Carnaval de 2015, onde eu estava indo tocar no Music Park junto com Dimitri Vegas & Like Mike. O único problema (como se fosse pouco), foi que eu peguei uma fila astronômica de carro. A fila não andava, literalmente. Fiquei quase 1h30 na fila com o carro desligado, sem ter o que fazer. Comecei a ficar muito nervoso porque já estava chegando o horário de eu tocar e eu não fazia ideia do que fazer. Pensei em largar o carro ali mesmo e ir andando, correndo. Até que surgiu um estralo na minha mente, e eu liguei para um amigo meu que estava de moto no próprio Music Park e falei pra ele: “Digão, você tem que me ajudar!! Preciso que você me pegue de moto agora e traga algum amigo pra dirigir meu carro até o estacionamento.” Dito e feito. Ele veio de moto e trouxe um amigo para dirigir meu carro. Acho que nunca fiquei tão nervoso na minha vida. Nervoso pelo horário de tocar e por ter que andar de moto com o meu amigo maluco, passando por cima das tartarugas de trânsito, cortando os carros, buzinando. Mas no fim deu tudo certo. To vivo até hoje. Cheguei a tempo de tocar e foi uma das melhores festas da minha vida.
Qual música você sempre toca em seus shows e faz todo mundo sair do chão?
Sempre tem aquela música que todos curtem e que está na cabeça de todo mundo, né? Por muito tempo foi a Tremor, mas ultimamente tenho tocado muito a minha nova música Calling, que vai ser lançada em breve em todas as plataformas de música.
Qual foi o maior evento que você já tocou?
Já toquei em grandes eventos pelo Brasil, mas o que mais me marcou foi a Creamfields 2015. Acredito que por ser esse festival incrível conhecido mundialmente. Poder ter meu nome num festival desse, junto com tantos outros feras da música eletrônica é muito gratificante. Foi incrível a vibe, a festa. Ver todas as 18 mil pessoas dançando e curtindo na sua frente é realmente algo surreal.
Quando não está tocando, costuma ir em festa para se divertir?
Antigamente eu ia mais em festas. Hoje eu tento dividir a minha diversão em todos os meus hobbies. Claro que festa é um hobbie e tanto, mas tento me dividir pra poder me divertir de todas as formas possíveis. Estou tentando até aprender a surfar. Quem diria!!
O que te motiva a continuar nessa carreira?
Servir de inspiração para as pessoas é uma motivação e tanto. E não tem preço que pague, você poder proporcionar sentimentos nas pessoas através da música. Seja amor, alegria, saudade… A música tem essa capacidade única. Agora, receber mensagens de carinho de seus fãs é a maior motivação que eu poderia ter.
Qual teu objetivo pra 2016?
Tenho alguns objetivos para esse ano. Lançamentos de várias tracks, que já estão prontas para o lançamento. Em breve estarei lançando um podcast mensal para todos os meus fãs, que irá se chamar Zabot Essentials. E tenho um objetivo maior de expandir meu nome nacionalmente, ou quem sabe mundialmente. Sonhar grande e sonhar pequeno tem o mesmo custo. Queria deixar essa mensagem para todos que estão lendo. Pra não desistir jamais dos seus sonhos e das suas vontades… Até porque o impossível é só questão de opinião.
GIOVANA – Gostaria de agradecê-lo por responder essas perguntas e mais uma vez, parabenizar você pelo profissional excelente!!! Sei que vais crescer muito ainda, tem muita coisa para ser conquistada e você alcançará tudo o que almeja!!!! E nós, os fãs, sempre estaremos aqui te ajudando, apoiando e fazendo esse #TeamZabot crescer a cada dia!!!