Por Camila Giamelaro
Não é de hoje que presenciamos a abertura e fechamento de casas noturnas aqui no Brasil. Inclusive isso acontece com tanta frequência que nem damos conta do recado. Porém, sabemos que a nightlife européia é lendária e diversos clubs são muito tradicionais. Muitos deles estão localizados em Londres; uma das maiores capitais culturais do mundo; e ultimamente diversos veículos internacionais têm relatado o fechamento de casas noturnas em nível alarmante. Para reverter a situação, algo deveria ser feito, administrativa e politicamente falando.
O prefeito de Londres, Boris Johnson, encomendou recentemente uma pesquisa sobre a nightlife londrina e depois anunciou ter planos para a criação de uma Comissão Noturna na capital do Reino Unido. Atualmente estima-se que 1,3 milhões de pessoas trabalhem em empresas dedicadas à indústria noturna de Londres, com um valor estimado de £66 bilhões por ano. O relatório, encomendado pela Night Time Industries Association, diz que a investigação terá duração de seis meses e irá analisar “o que deve ser feito para proteger e gerir a economia noturna” e “fará recomendações sobre medidas de apoio à economia noturna”.
“Não há dúvida de que a economia noturna é extremamente importante para a prosperidade e a vida da nossa cidade, mas a supervisão atual é insuficiente para a forma como é gerida e os problemas são solucionados”, diz o prefeito. “É brilhantemente bem sucedido, mas à noite atividades podem ser vistas como causas de barulho e incômodo, enquanto as empresas queixam-se do aumento do valor das propriedades, a necessidade de habitação, requisitos de licenciamento e outros tipos de burocracia estão prejudicando suas operações, levando até mesmo ao encerramento de atividades. Se quisermos competir com outras cidades do mundo, é vital que sejam desenvolvidas políticas para conciliar as necessidades competitivas e preocupações”. A Comissão apresentará um relatório sobre as suas conclusões no Outono de 2016.
A declaração segue o anúncio feito na semana passada de uma nova legislação do governo para proteger casas musicais do Reino Unido a partir dos desenvolvedores, e as recentes notícias de que a taxa de inscrição para clubs foram removidas a partir das estatísticas de inflação no Reino Unido, devido a diversos fechamentos recentes de casas noturnas.
