Entrevistamos Arno Cost, nome quente do progressive house que está lançando um novo EP hoje

Por: Camila Giamelaro

Imagina que você é produtor de música eletrônica, certo? Muitos não sabem como é duro o caminho que leva um artista à fama. É uma caminhada longa, cheia de altos e baixos. E um belo dia, BUM! Você criou um hit e as oportunidades começam a aparecer. Ganha o apoio de grandes artistas da house music, como Pete Tongue, Tom Novy, Steve Angello e Sebastian Ingrosso. Tem uma de suas músicas consideradas por Axwell como a melhor de 2013. É remixado por Sébastien Léger e te convidam pra fazer uma collab com John Dahlbäck.

Poderia ter acontecido com qualquer um, mas aconteceu com o jovem francês Arno Cost, um dos produtores de progressive house mais badalados do momento.

Depois de muitos anos na luta, Arno Cost lançou seu primeiro single, “Let U Go” em 2006 pela Serial Records e desde então não parou mais. Lançou em grandes labels como Ministry of Sound, Refune e Mixmash. Hoje, “Coming Alive”, seu mais novo lançamento, sai pelo Protocol Records, de Nicky Romero.

Aqui no Brasil, ele já faz sucesso há alguns anos. Arno Cost já se apresentou em clubs como Green Valley e P12, e em festivais como o Wonderland Brazil. E dia 22 de abril ele estará por aqui novamente, se apresentando no Tomorrowland Brasil, pelo palco da Protocol Stage by Green Valley.

No meio de toda a loucura da agenda do cara, conseguimos uma entrevista exclusiva e o Arno Cost fala pra gente sobre sua carreira, próximos projetos, cena brasileira e internacional.

HOUSE MAG – Nós sabemos que o EDM é um som considerado uma porta de entrada para quem não conhece muito sobre música eletrônica, poder se ambientaR. Já vi muitos artistas migrarem para este estilo pra poder aparecer na mídia e ser escalado para festivais e outros eventos. Você sempre se manteve forte dentro do progressive house. Qual foi o segredo pra se manter firme nas suas convicções?

ARNO COST – Bom, eu sou e sempre fui um verdadeiro fã de house music. No começo as pessoas desta indústria não estavam aqui pelo dinheiro, mas pelo amor pela música. Não tenho segredos, apenas faço o que amo.

HM – Você recebeu o apoio de muitos grandes artistas ao longo da sua trajetória, mas sempre tem uma citação ou um elogio especial de alguém que faz a gente ser enxergado pelo mundo com outros olhos. De quem é que veio esse apoio que foi o essencial pra sua carreira deslanchar?

AC – Eu diria que ter o apoio de pessoas que gostam ou tocam minhas músicas como David Guetta, Pete Tong, Axwell, Nicky Romero, Steve Angello.. Cada uma dessas pessoas foram muito importantes em cada passo da minha carreira.

HM – Você já se apresentou em alguns dos melhores palcos brasileiros, como o Green Valley por exemplo. Pra você, como é a sensação de voltar se apresentando no Tomorrowland Brasil?

AC – Sim, também já toquei no Creamfields em Belo Horizonte. Que lembrança maravilhosa! A maioria das gigs que tive no Brasil foram maravilhosas, o público tem essa vibe louca e especial. Brasileiros amam e sabem curtir uma boa festa! Você não faz ideia de quão animado estou por voltar praí.

HM – Na sua opinião, quem são os destaques do progressive house no Tomorrowland Brasil? Você acha que ficou faltando alguém ou o gênero está bem representado?

AC – Alesso, Nicky Romero or Axwell são os destaques do festival pra mim, em termos de progressive house. Na minha opinião o lineup está muito bom e todos os gêneros parecem estar bem representados.

HM – Quais são os artistas brasileiros que você conhece e tem vontade de trabalhar junto?

AC – Eu adoro o trabalho do Gui Boratto e seria incrível trabalhar com ele um dia, mesmo que nossas músicas sejam um pouco diferentes uma da outra. Esse cara tem um toque mágico e especial em cada uma de suas músicas, com muita emoção. Sou um grande fã.

HM – Hoje você está lançando mais um EP pela Protocol Records. Quais são seus próximos passos?

AC – Sim, eu estou muito orgulhoso por assinar um EP por este selo. As duas músicas são muito bacanas na minha opinião e não via a hora de lançá-las. Também lançarei uma outra música em Maio, mais progressiva. Mas no geral eu quero levar minhas músicas pra um caminho voltado pro House. De volta às raízes!

HM – Ainda existe algum lugar no mundo que você ainda não tenha tocado e que tem muita vontade de conhecer?

AC – Sim, o México! É uma loucura eu não ter tocado por lá ainda, onde eu tenho uma base grande de fãs. Mas espero que isso aconteça logo.

HM – Vamos falar um pouco sobre produção musical. Você é um cara que começou na música ainda bem jovem. O que você mudou no seu processo ao longo dos anos? 

AC – Eu acho que melhorei minha técnica no processo de mixagem e masterização. Claro que as ferramentas que temos hoje não são as mesmas de 10 anos atrás mas ainda assim levou um tempo pra eu entender cada aspecto do processo. A música mudou muito também e eu não produzo do mesmo jeito nem o mesmo estilo de antes, eu realmente senti uma evolução do meu estilo com o passar dos anos, mas sempre dei um toque especial com a minha cara. 

HM – Quais softwares e hardwares você utiliza pra criar e finalizar suas músicas?

AC – Eu uso o FL Studio 11. É um excelente software, muito poderoso quando você sabe usá-lo da forma apropriada.

HM – Qual o melhor conselho que você pode dar para os produtores que estão começando a investir em suas carreiras agora?

AC – Seja esperto, seja diferente e trabalhe muito!

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